Validade da versão em português da Clinical Dementia Rating
Data
2005-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To evaluate the validity of the Portuguese version of the Clinical Dementia Rating for classifying the cognitive function among the elderly. METHODS: The Mini Mental State Examination was utilized as a screening method for cognitive deficit among a cohort of 424 elderly. All those who scored <26 points (108 elderly) and 48 elderly with scores >26 were included in the study. The 156 subjects selected were submitted to clinical evaluation and neuropsychological tests for the diagnosis of dementia. Afterwards, both cases and non-cases were classified, according to the Portuguese version of the Clinical Dementia Rating, in the categories normal, borderline, mild, moderate and severe dementia. RESULTS: Among the 156 subjects selected, 122 were non-cases, 62 (51%) were classified as normal (CDR=0) and 60 (49%) as borderline (CDR=0.5). Among the 34 cases of dementia, 17 (50%) were classified as mild dementia (CDR=1), eight (23%) as moderate (CDR=2) and six (18%) as severe dementia (CDR=3). Only three (9%) of the cases were considered borderline cases by the Clinical Dementia Rating. Its sensibility was 91.2% and the specificity was100%. The positive predictive value was 100% and the negative predictive value was 97.6%. The Mini Mental State Examination scores declined significantly according to the degree of dementia. CONCLUSIONS: The Portuguese version of the Clinical Dementia Rating is a valid instrument for classifying the dementia status of the elderly. Almost half the cases considered normal by the diagnostic criteria of the Mini Mental State Examination were borderline cases according to the Clinical Dementia Rating and might correspond to cases of mild cognitive impairment, with an increased risk of conversion to dementia cases.
OBJETIVO: Analisar a validade da versão em português da Clinical Dementia Rating para classificar a função cognitiva de idosos. MÉTODOS: Utilizou-se o instrumento Mini-Mental State Examination para rastreamento de déficit cognitivo em coorte composta por 424 idosos. Foram selecionados todos que obtiveram escores <26 (108 idosos) e 48 idosos com escores >26. Os 156 idosos selecionados foram submetidos a uma avaliação clínica e testes neuropsicológicos para diagnóstico de casos de demência. Tanto os casos como os não-casos foram classificados segundo a versão em português da Clinical Dementia Rating em: normais, casos questionáveis e casos de demência leve, moderada ou grave. RESULTADOS: Entre os 156 avaliados, 122 eram não-casos, destes 62 (51%) foram classificados como normais (CDR=0) e questionáveis 60 (49%) (CDR=0,5). Entre os 34 casos de demência, 17 (50%) foram classificados como demência leve (CDR=1), 8 (23%) moderada (CDR=2) e 6 (18%) grave (CDR=3). Apenas três (9%) dos casos foram considerados questionáveis pelo Clinical Dementia Rating. Sua sensibilidade foi de 91,2% e a especificidade de 100%, com valor preditivo positivo de 100% e negativo de 97,6%. As pontuações no Mini-Mental State Examination declinaram significativamente conforme o grau de demência. CONCLUSÕES: O Clinical Dementia Rating mostrou ser instrumento válido para classificar o grau de demência entre idosos. Quase metade dos não-casos foram casos questionáveis pelo Clinical Dementia Rating e podem corresponder a casos de transtorno cognitivo leve, com maior risco de conversão em demência.
OBJETIVO: Analisar a validade da versão em português da Clinical Dementia Rating para classificar a função cognitiva de idosos. MÉTODOS: Utilizou-se o instrumento Mini-Mental State Examination para rastreamento de déficit cognitivo em coorte composta por 424 idosos. Foram selecionados todos que obtiveram escores <26 (108 idosos) e 48 idosos com escores >26. Os 156 idosos selecionados foram submetidos a uma avaliação clínica e testes neuropsicológicos para diagnóstico de casos de demência. Tanto os casos como os não-casos foram classificados segundo a versão em português da Clinical Dementia Rating em: normais, casos questionáveis e casos de demência leve, moderada ou grave. RESULTADOS: Entre os 156 avaliados, 122 eram não-casos, destes 62 (51%) foram classificados como normais (CDR=0) e questionáveis 60 (49%) (CDR=0,5). Entre os 34 casos de demência, 17 (50%) foram classificados como demência leve (CDR=1), 8 (23%) moderada (CDR=2) e 6 (18%) grave (CDR=3). Apenas três (9%) dos casos foram considerados questionáveis pelo Clinical Dementia Rating. Sua sensibilidade foi de 91,2% e a especificidade de 100%, com valor preditivo positivo de 100% e negativo de 97,6%. As pontuações no Mini-Mental State Examination declinaram significativamente conforme o grau de demência. CONCLUSÕES: O Clinical Dementia Rating mostrou ser instrumento válido para classificar o grau de demência entre idosos. Quase metade dos não-casos foram casos questionáveis pelo Clinical Dementia Rating e podem corresponder a casos de transtorno cognitivo leve, com maior risco de conversão em demência.
Descrição
Citação
MONTAÑO, Maria Beatriz Marcondes Macedo; RAMOS, Luiz Roberto. Validade da versão em português da Clinical Dementia Rating. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 39, n. 6, p. 912-917, dez. 2005