A autopercepção da voz do adolescente

Data
2009-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To verify the self-perception of adolescents concerning their own voice. METHODS: A questionnaire regarding voice and communication was applied to 80 volunteer adolescents, 58 female (72.5%) and 22 male (27.5%), with ages ranging from 10 to 19 years, participants of the Program of Adolescent Healthcare of the State of São Paulo. Subjects answered the questionnaire themselves, and data were statistically analyzed. RESULTS: The main age range was from 16 to 17 years (23 - 28.8%). Half of the subjects (41 - 51.3%) reported positive vocal characteristics, classifying it as normal (42 - 52.5%); in addition, 33 (41.3%) did not detect vocal modifications during adolescence, demonstrating satisfaction with their production (65 - 81.3%), referring that their voices matched their personality (27 - 33.8%) and, therefore, they did not wish to modify it (61 - 76,3%). The three most frequently reported negative vocal habits were: yelling (30 - 37.5%), drinking cold beverages (20 - 32.5%), and smoking (22 - 27.5%). In turn, the subjects reported as beneficial vocal habits: drinking water (31 - 38.8%), singing (30 - 37.5%) and not yelling (20 - 25%). Young men reported vocal problems related to pitch (54.5%, p<0.001), and young women, to loudness (32.1%, p<0.001). These problems were pointed out as impairing factors to their communication. CONCLUSION: The perception of adolescents about their voice and communication interferes in their relationship with others, in their way of thinking and acting, and the way they interact with reality and the society.
OBJETIVO: Verificar a autopercepção dos adolescentes em relação à própria voz. MÉTODOS: Aplicou-se um questionário com perguntas relacionadas à voz e comunicação a 80 adolescentes voluntários, de 10 a 19 anos, 58 (72,5%) do gênero feminino e 22 (27,5%) do masculino, participantes do Programa de Saúde Integral do Adolescente do Estado de São Paulo. Os próprios estudantes responderam ao questionário, cujos dados foram analisados estatisticamente. RESULTADOS: A faixa etária predominante dos voluntários foi de 16-17 anos (23 - 28,8%). Metade deles (41 - 51,3%) atribuiu características positivas a sua voz, classificando-a como normal (42 - 52,5%); muitos (33 - 41,3%) não perceberam nenhuma modificação vocal na adolescência; a maioria demonstrou satisfação com sua emissão (65 - 81,3%), referindo que sua voz combina com a personalidade (27 - 33,8%) e, portanto, não desejava modificá-la (61 - 76,3%). Os três hábitos mais apontados como nocivos à voz foram: gritar (30 - 37,5%), tomar bebida gelada (26 - 32,5%) e tabagismo (22 - 27,5%); por sua vez, foram mencionados como hábitos benéficos: beber água (31 - 38,8%), cantar (30 - 37,5%) e não gritar (20 - 25%). Os rapazes referiram problemas vocais relacionados ao pitch (54,5%, p<0,001) e as moças, em relação a loudness (32,1%, p<0,001), apontados como fatores de comprometimento na comunicação. CONCLUSÃO: A percepção do adolescente sobre a sua voz e comunicação interfere na sua interação com o outro, no seu ato de pensar, agir, fazer e na sua articulação com a realidade e a sociedade em que vive.
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Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v. 14, n. 2, p. 186-191, 2009.
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