Estresse ocupacional, Saúde mental e qualidade de vida de médicos e enfermeiros intensivistas pediátricos e neonatais
Data
2008
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Nos últimos anos, houve mudanças no mundo do trabalho, sobre tudo em seu desenho, tipo "1 exigências, e estudos sobre estresse ocupacional, saúde mental e qualidade de vida passaram a ser um tema de grande interesse no âmbito da Saúde do Trabalhador. 0 estresse ocupacional, a saúde mental e a qualidade de vida de médicos e enfermeiros, têm destaque na literatura cientifica nacional e intencional. Estes profissionais por sua vez, parecem sofrer tensões especificas de estresse ocupacional. Ha. um preceito de que eles enfrentam altos níveis de estresse no trabalho, níveis estes que se elevam em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. Médicos e enfermeiros que trabalham nesses setores podem apresentar níveis de burnout, excessivas carga de trabalho, diminuição na satisfação do trabalho, alem de alterações psicol6gicas e na qualidade de vida. Dentro desta realidade, o presente estudo objetivou avaliar 0 estresse ocupacional, a saúde mental e a qualidade de vida de médicos e enfermeiros intensivistas pirelétricos e neonatais. Foi realizado um estudo transversal composto de 57 profissionais, de ambos os sexos, 37 médicos e 20 enfermeiros, do Hospital São Paulo (UNIFESP). Os instrumentos utilizados foram 0 Job Content Questionnarie (JCQ), 0 Effort-Reward Imbalance (ERI), 0 Questionario de Saúde Geral de Goldberg (QSG), 0 WHOQOL 100 e 0 Questionario S6cio-Ocupacional. Analises estatísticas apropriadas aos dados (teste Mann-Whitney U e coeficiente de correlação de Spearman) foram realizadas, utilizando-se nível de significância menor ou igual a 0,05. 0 estudo verificou que ambas as unidades apresentam ausência de distúrbios psiquiátricos e identificou fatores que interferem na dinâmica de trabalho e nas relações entre membros da equipe e familiares, alem da preocupação frente a fatores ocupacionais presentes nestas unidades. 0 ambiente de trabalho das respectivas unidades apresenta alta demanda psicol6gica e baixo controle sobre 0 trabalho, gerando tensão no ambiente organizacional. O ambiente organizacional da UTI Neonatal mostrou-se mais exigente para os médicos, determinando maior comprometimento com 0 trabalho, enquanto que para os enfermeiros de ambas as unidades a demanda pareceu ser a mesma. A avaliação da qualidade de vida de médicos e enfermeiros intensivistas pediátricos e neonatais, mostrou-se abaixo dos escores encontrados na literatura cientifica, quando comparados com estudos que avaliaram pacientes com dores crônicas e com prejuízos na saúde mental. A relação entre condições de trabalho e qualidade de vida dos profissionais avaliados mostrou-se prejudicada. Tanto médicos como enfermeiros apresentaram altos esforços, demandas psicol6gicas, físicas e insegurança no trabalho que repercutiram na qualidade de vida no trabalho. Nosso estudo ressalta a necessidade de realizar estudos longitudinais a fim de avaliar as condições de trabalho e suas repercussões sobre a qualidade de vida de médicos e enfermeiros intensivistas pediátricos e neonatais.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2008. 135 p.