Orientação nutricional através da mídia digital para controle glicêmico de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional

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Data
2023-11-13
Autores
Valença, Marlene Carvalho Teixeira [UNIFESP]
Orientadores
Traina, Evelyn [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) acomete cerca de 18% das gestações. O tratamento do DMG se baseia em dieta adequada, prática de atividades físicas e terapia farmacológica, quando necessária. A orientação e adesão à dieta são pontos fundamentais no manejo de doença e estratégias que otimizem esse cuidado podem ter papel fundamental na assistência à essa população. Objetivos: Comparar a efetividade da orientação nutricional ambulatorial complementada por mídia digital com a orientação nutricional ambulatorial em gestantes com DMG. Pacientes e métodos: ensaio clínico randomizado, cegado para paciente, realizado no ambulatório de diabetes e gravidez da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP entre fevereiro de 2021 e janeiro de 2023. Incluídas gestantes com DMG randomizadas através de sorteio em dois grupos: grupo controle (GC): recebeu orientação e seguimento nutricional ambulatorial; grupo intervenção (GI): além das orientações ambulatoriais recebeu também lembretes por WhatsApp. Foram avaliados: controle glicêmico, necessidade de terapia farmacológica e consumo alimentar (calorias, carboidratos, lipídios, proteínas e fibras) através da realização de recordatório alimentar de 24h (R24h). As análises estatísticas foram calculadas no programa SPSS 22.0. Para as variáveis numéricas foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para as categóricas o teste exato de Fisher ou Qui-quadrado. O nível de significância adotado foi p≤0.05. Resultados: foram incluídas 86 mulheres, sendo 5 excluídas por não completarem o seguimento. Trinta e quatro foram randomizadas para o GC e 47 para o GI. Os grupos foram homogêneos quanto às características clínicas e sociodemográficas. As pacientes foram seguidas por um período de 4 a 8 semanas. A porcentagem de mulheres que atingiu controle glicêmico adequado foi maior no GI na terceira, quarta, quinta, sexta e sétima semanas de seguimento. Não houve diferença quanto à necessidade de tratamento medicamentoso. Foram realizados 188 R24 no GC e 290 no GI. Houve aumento no consumo de lipídios no GI ao longo do seguimento, com diferença estatisticamente significante em relação ao GC (p<0.001). Conclusões: não houve diferença na necessidade de insulina, mas o controle glicêmico foi melhor no GI em determinadas semanas. Houve aumento do consumo de lipídios em ambos os grupos, mais pronunciado no GI.
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