Maio de 1968, o acontecimento que não ocorreu? uma análise à luz de Deleuze e Guattari
Data
2024-10-02
Autores
Zacharias, Bernardo Marcondes 
Orientadores
Sales, Alessandro Carvalho
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Seguindo a provocação dos pensadores Gilles Deleuze e Félix Guattari contida no título do texto Maio de 1968 Não Ocorreu, este trabalho busca apresentar possíveis sentidos quanto ao que eles desejavam colocar em questão nessa afirmação. Para isso, a princípio, recorre-se a uma reflexão sobre o conceito de acontecimento e como historicamente diferentes linhas de pensamento construíram uma certa noção hegemônica de tratamento do conceito, tendo em vista sobretudo a discussão realizada pelo historiador das ideias François Dosse; depois, parte-se para uma análise do acontecimento de Maio de 1968, em que são retomados conflitos e paradoxos que constituem a própria trama do acontecimento, assim como também são demonstradas as insuficiências das tradicionais leituras do acontecimento e, por fim, analisa-se o acontecimento de Maio de 1968 a partir da teoria do acontecimento de Gilles Deleuze, a fim de buscar segundo quais sentidos podemos compreender a provocação dos pensadores e como este acontecimento está sujeito a novas atualizações, ou seja, continua a produzir efeitos até a contemporaneidade.
Following the provocation by thinkers Gilles Deleuze and Félix Guattari contained in the title of the text May 1968 Didn’t Happen, this work seeks to present possible interpretations of what they aimed to question with this statement. To that end, it first turns to a reflection of the concept of the event and how, historically, different lines of thought have constructed a certain hegemonic notion of how this concept is treated, particularly focusing on the discussion conducted by historian of ideas François Dosse; then, it proceeds to an analysis of the May 1968 event, revisiting the conflicts and paradoxes that constitute the very weave of the event, as well as demonstrating the insufficiencies of traditional readings of the event. Finally, the May 1968 event is analyzed through the lens of Gilles Deleuze's evental theory, in order to explore in which ways we can understand the thinkers' provocation and how this event remains subject to new updates, meaning that it continues to produce effects into the present day.
Following the provocation by thinkers Gilles Deleuze and Félix Guattari contained in the title of the text May 1968 Didn’t Happen, this work seeks to present possible interpretations of what they aimed to question with this statement. To that end, it first turns to a reflection of the concept of the event and how, historically, different lines of thought have constructed a certain hegemonic notion of how this concept is treated, particularly focusing on the discussion conducted by historian of ideas François Dosse; then, it proceeds to an analysis of the May 1968 event, revisiting the conflicts and paradoxes that constitute the very weave of the event, as well as demonstrating the insufficiencies of traditional readings of the event. Finally, the May 1968 event is analyzed through the lens of Gilles Deleuze's evental theory, in order to explore in which ways we can understand the thinkers' provocation and how this event remains subject to new updates, meaning that it continues to produce effects into the present day.