O preconceito entre os adolescentes em escolas do municã-pio de guapiaã§u/SP

Data
2013-11-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This descriptive research with quantitative orientation aimed at characterizing the teenager population of Guapiaçu (SP), identifying the presence of prejudice in the school environment, identifying the types of prejudice among teenagers, identifying the prejudicial and discriminatory behavior and attitudes among teenagers and knowing the differences in prejudice expressed for boys and girls. The study field was Guapiaçu, in the state of São Paulo. For data collection, we used a semi-structured questionnaire containing ten questions, among them structured questions addressing social data (quantitative variables: age, attendance number in the classroom; ordinal qualitative variable: grade; nominal qualitative variables: gender, name of the school); stories about fictitious teenagers containing variables corresponding to the studied topic (nominal qualitative variables: prejudice against gender, social class, skin color, religion, sexual orientation and physical appearance) and unstructured questions about the types of prejudice experiences suffered in the school environment and the emerging feelings from that experience of prejudice. There were 1315 teenagers in the survey. The data showed that the percentage of female teenagers who suffered prejudice in school was statistically equal to male ones, at an average age of 13.6 years old; this information shows that teenagers are vulnerable to suffer prejudice in the school environment. It was observed that both boys and girls identified themselves with the "fictitious stories experienced by teenagers" involving, in descending order, prejudice against gender, sexual orientation, social class and physical appearance. Among the most frequent prejudices in the narratives of these teenagers there were: prejudice against physical appearance, skin color, sexual orientation, gender and social class. It is possible to conclude that sexism, homophobia and bullying are present in these teenagers’ lives, which could lead to violence, thus favoring the vulnerability of the teenagers. These situations permeated by prejudice, cause the teenagers to suffer both mentally (psychological), physically and socially. They expressed their feelings when facing a prejudicial situation: offense, sadness, anger, prejudice as a natural fact, feeling of being alone, thinking of dropping out of school, loss of interest in school, willingness to fight and take revenge (killing, beating, swearing, setting the school on fire, humiliate and hurt the others) and prejudicial reaction (calling people names, among others); these characterize acts of violence in the school environment (aggression and bullying). It is evident that the teenager is gregarious to what cultures, experiences, and socialization among others are concerned;, they are a reflection of the education they receive at home, in society, which happens to be perpetuated within the school, therefore the necessity for the school to be an open environment for discussions and debates against discrimination, prejudice and bullying.
O presente estudo, o qual se trata de uma pesquisa descritiva com orientação quantitativa, teve como objetivo geral a caracterização da população de adolescentes em idade escolar do município de Guapiaçu (SP) e como objetivos específicos: identificar a presença de preconceito no ambiente escolar, identificar os tipos de preconceitos existentes entre os adolescentes, identificar os comportamentos e atitudes preconceituosas e discriminatórias entre os adolescentes e conhecer as diferenças de preconceitos manifestados entre meninos e meninas. O campo de estudo foi o município de Guapiaçu, interior do estado de São Paulo. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário semiestruturado contendo dez questões, sendo elas questões estruturadas abordando dados sociais (variáveis quantitativas: idade, número da chamada; variável qualitativa ordinal: série em curso; variáveis qualitativas nominais: sexo, nome da escola onde estuda); histórias sobre adolescentes fictícios contendo variáveis correspondentes à temática estudada (variáveis qualitativas nominais: preconceito contra gênero, social, contra a cor da pele, religioso, sexual e físico), além de questões não estruturadas acerca de vivências dos tipos de preconceitos sofridos no ambiente escolar e os sentimentos emergentes durante a vivência dos preconceitos. Foram pesquisados 1315 adolescentes. Os dados mostraram que a porcentagem dos adolescentes do sexo feminino que sofreram preconceito na escola foi estatisticamente igual aos adolescentes do sexo masculino, sendo a média etária de 13,6 anos; assim, conclui-se que os adolescentes são vulneráveis a sofrer preconceito no ambiente escolar. Observou-se que tanto meninos quanto meninas se identificaram com as “histórias vividas por adolescentes fictícios” envolvendo, por ordem decrescente, preconceito contra gênero, preconceito contra orientação sexual, preconceito social e preconceito físico. Dentre os preconceitos com maior frequência nas narrativas desses adolescentes foram encontrado: o preconceito físico, preconceito contra a cor da pele, preconceito contra a orientação sexual, preconceito contra gênero e preconceito social. Observa-se que o machismo, a homofobia e o bullying estão presentes no quotidiano desses adolescentes, os quais podem ser geradores de violência, favorecendo a vulnerabilidade do adolescente. Assim, constatou-se o sofrimento dos adolescentes, seja ele mental (psicológico), físico ou social em decorrência das situações permeadas por preconceitos. Os sentimentos apontados pelos adolescentes foram: ofensa, tristeza frente aos acontecimentos, raiva, o preconceito como fato natural, sensação de estarem sozinhos, pensamento de abandono escolar, perda de interesse pela escola, vontade de brigar, vingança (matar, espancar, xingar, atear fogo na escola, humilhar e machucar o próximo) e reação preconceituosa (inventar apelidos, dentre outros); a agressão e o bullying são atos de violência dentro do ambiente escolar. Sabe-se que o adolescente é um ser gregário de culturas, vivências, socializações, dentre outros; ele é reflexo da educação que recebe em casa, na sociedade, passando a ser perpetuado dentro da escola. Logo, a escola deve ser um ambiente aberto para discussões e debates contra a discriminação, preconceito e bullying.
Descrição
Citação
TADINI, Aline Cassia. O preconceito entre os adolescentes em escolas do municã-pio de guapiaã§u/SP. 2013. 147 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.