Análise da densidade mineral óssea através da absorciometria por dupla emissão de raios x na avaliação dos efeitos ósseos tardios de pacientes tratados de acordo com os protocolos gbtli lla-93 e lla- 99 do grupo cooperativo brasileiro para tratamento da l
Data
2013-08-28
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objectives: To evaluate the impact of therapy on bone mineral density in acute lymphoblastic leukemia survivors treated according to the Brazilian Cooperative Childhood protocols – GBTLI LLA-93 and 99. Methods: Bone mineral density (BMD) by dual energy X-ray absorptiometry was performed in 101 treated patients in a crosssectional study. Bone densitometry were interpreted according to the age group and they were compared with reference population. BMD values were evaluated according to clinical and treatment characteristics and body composition. Correlations between BMD values and all variables were tested using χ2 test , Fisher’s exact test, likelihood ratio and t-Student test with significancy level of 5%. Results: Sixty patients were female and 78% were white, mean age was 17 ± 4,7 years, 94% had common ALL and 8,9% had central nervous system leukemia. The mean initial white blood cells (WBC)was 38.305μ/L and 79% of patient had less than 50.000 μ/L WBC. Fourty-four patients were treated according to GBTLI LLA-93 protocol and 54,5% were classified as low risk. Fifty seven patients were treated according to GBTLI LLA-99 protocol and 54% were classified as low risk. Twenty patients (19,8%) received cranial radiotherapy: 17 received prophylatic dose of 18 Gy and three received therapeutic dose of 24 Gy. The distribuition of nutritional diagnosis was 22,8% overweight and 15,8% obesity. There was no relationship between these diagnosis and radiotherapy exposure. There were 2% of fractures and 2% of osteonecrosis. In group younger than 20 years of age, three patients had low BMD: two patients had low lumbar spine BMD and one had low total body BMD. In the risk group for low BMD (Z-score between -1,1 and -1,9), 20,3% had risk values for lumbar spine BMD and 8,9% had risk values for total body BMD. In the group older than 20 years of age, ten patients (45,5%) had osteopenia: 31,8% in the lumbar spine and 13,6% in the proximal femur. The risk group had lower lumbar spine (p=0,01) and total body (p=0,005) BMD compared to the group wih normal values. Moreover that group had lower lean body mass (p=0,03). Patients with lumbar spine osteopenia had lower BMD compared to patients with normal values (p=0,000) and those with proximal femur osteopenia were older than patients with normal values (p=0,001). Conclusion: Bone late effect were represented by 2% of fracture, 2% of osteonecroses and 2,9% of low BMD in survivors of acute lymphoblastic leukemia treated with Brazilian protocols. It was characterized a risk group for low BMD comprising 15,8% that presented significant low values of BMD. The study suggest that this group needs a better attention in monitoring bone loss and they may be benefit through preventive actions to avoid bone loss and to promote good habits of life. Furthermore it encourages the development of protocols for longitudinal monitoring of these patients.
Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento como efeito adverso tardio na densidade mineral óssea (DMO) de um grupo de pacientes portadores de leucemia linfóide aguda (LLA) tratados segundo os protocolos do Grupo Brasileiro para Tratamento da Leucemia Linfóide Aguda na Infância - GBTLI LLA-93 e LLA-99. Métodos: Em estudo transversal com 101 pacientes, avaliou-se a DMO pela absorciometria por dupla emissão de raios X e interpretou-se conforme a faixa etária, comparando-se à população de referência. Compararam-se os valores da DMO com as características clínicas e tratamento recebido, além da composição corporal. Foram utilizados os testes qui-quadrado, exato de Fisher, razão de verossimilhança e t-Student para comparar os valores da DMO com as variáveis acima descritas, com nível de significância de 5%. Resultados: Sessenta pacientes eram do sexo feminino, 78% da raça branca, com idade média de 17 ± 4,7 anos; 94,1% tiveram o diagnóstico de LLA comum e 8,9% apresentaram infiltração leucêmica do sistema nervoso central. A média da leucometria inicial foi de 38.305 células/mm3, sendo que 79% apresentaram valores menores que 50.000 células/mm3. Quarenta e quatro pacientes foram tratados com o protocolo GBTLI LLA-93, sendo que 54,5% foram classificados com baixo risco de recaída. No grupo do GBTLI LLA-99, 57 foram tratados, sendo 54,4% de baixo risco. Vinte pacientes (19,8%) receberam radioterapia craniana, sendo 17 com dose profilática de 18 Gy e três com dose terapêutica de 24 Gy. No diagnóstico nutricional, 22,8% apresentaram sobrepeso e 15,8% obesidade; não houve relação entre estas condições e a exposição à radioterapia e corticóides. Foi encontrado 2% de fraturas e 2% de osteonecrose. Na avaliação da DMO nos menores de 20 anos, três pacientes apresentaram baixa DMO, sendo dois de coluna lombar L1-L4 e um de corpo total. No grupo de risco para baixa DMO, definidos como z-score entre -1,1 e -1,9 (23 pacientes), 20,3% apresentaram esta classificação para DMO de coluna L1-L4 e 8,9% para corpo total. Nos maiores ou iguais a 20 anos, dez pacientes (45,5%)apresentaram osteopenia, sendo 31,8% em coluna lombar L1-L4 e 13,6% em cabeça de fêmur. O grupo de risco apresentou valores menores de DMO em relação ao grupo com DMO normal de coluna lombar L1-L4 (p=0,01) e corpo total (p=0,005). Além disso, na composição corporal apresentaram valores menores de massa magra (p=0,03). Na relação entre o grupo com osteopenia de coluna L1-L4 e DMO normal, o primeiro apresentou valores menores de DMO (p=0,000). Os pacientes com osteopenia de cabeça de fêmur apresentaram maior idade que o grupo com DMO normal (p=0,001). Conclusão: Neste grupo de pacientes tratados de LLA infantil, a toxicidade óssea tardia foi representada por 2,9% de baixa DMO, 2% de fraturas e 2% de osteonecrose. Foi caracterizado um grupo de risco para baixa DMO, compondo 15,8% da população de estudo, com valores de DMO de corpo total e coluna lombar L1-L4 significativamente menores. Este estudo sugere que esta população de risco pode ser beneficiada através de ações para prevenção da perda óssea, estimulando o desenvolvimento de protocolo para seu acompanhamento longitudinal.
Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento como efeito adverso tardio na densidade mineral óssea (DMO) de um grupo de pacientes portadores de leucemia linfóide aguda (LLA) tratados segundo os protocolos do Grupo Brasileiro para Tratamento da Leucemia Linfóide Aguda na Infância - GBTLI LLA-93 e LLA-99. Métodos: Em estudo transversal com 101 pacientes, avaliou-se a DMO pela absorciometria por dupla emissão de raios X e interpretou-se conforme a faixa etária, comparando-se à população de referência. Compararam-se os valores da DMO com as características clínicas e tratamento recebido, além da composição corporal. Foram utilizados os testes qui-quadrado, exato de Fisher, razão de verossimilhança e t-Student para comparar os valores da DMO com as variáveis acima descritas, com nível de significância de 5%. Resultados: Sessenta pacientes eram do sexo feminino, 78% da raça branca, com idade média de 17 ± 4,7 anos; 94,1% tiveram o diagnóstico de LLA comum e 8,9% apresentaram infiltração leucêmica do sistema nervoso central. A média da leucometria inicial foi de 38.305 células/mm3, sendo que 79% apresentaram valores menores que 50.000 células/mm3. Quarenta e quatro pacientes foram tratados com o protocolo GBTLI LLA-93, sendo que 54,5% foram classificados com baixo risco de recaída. No grupo do GBTLI LLA-99, 57 foram tratados, sendo 54,4% de baixo risco. Vinte pacientes (19,8%) receberam radioterapia craniana, sendo 17 com dose profilática de 18 Gy e três com dose terapêutica de 24 Gy. No diagnóstico nutricional, 22,8% apresentaram sobrepeso e 15,8% obesidade; não houve relação entre estas condições e a exposição à radioterapia e corticóides. Foi encontrado 2% de fraturas e 2% de osteonecrose. Na avaliação da DMO nos menores de 20 anos, três pacientes apresentaram baixa DMO, sendo dois de coluna lombar L1-L4 e um de corpo total. No grupo de risco para baixa DMO, definidos como z-score entre -1,1 e -1,9 (23 pacientes), 20,3% apresentaram esta classificação para DMO de coluna L1-L4 e 8,9% para corpo total. Nos maiores ou iguais a 20 anos, dez pacientes (45,5%)apresentaram osteopenia, sendo 31,8% em coluna lombar L1-L4 e 13,6% em cabeça de fêmur. O grupo de risco apresentou valores menores de DMO em relação ao grupo com DMO normal de coluna lombar L1-L4 (p=0,01) e corpo total (p=0,005). Além disso, na composição corporal apresentaram valores menores de massa magra (p=0,03). Na relação entre o grupo com osteopenia de coluna L1-L4 e DMO normal, o primeiro apresentou valores menores de DMO (p=0,000). Os pacientes com osteopenia de cabeça de fêmur apresentaram maior idade que o grupo com DMO normal (p=0,001). Conclusão: Neste grupo de pacientes tratados de LLA infantil, a toxicidade óssea tardia foi representada por 2,9% de baixa DMO, 2% de fraturas e 2% de osteonecrose. Foi caracterizado um grupo de risco para baixa DMO, compondo 15,8% da população de estudo, com valores de DMO de corpo total e coluna lombar L1-L4 significativamente menores. Este estudo sugere que esta população de risco pode ser beneficiada através de ações para prevenção da perda óssea, estimulando o desenvolvimento de protocolo para seu acompanhamento longitudinal.
Descrição
Citação
MOLINARI, Poliana Cristina Carmona. Análise da densidade mineral óssea através da absorciometria por dupla emissão de raios x na avaliação dos efeitos ósseos tardios de pacientes tratados de acordo com os protocolos gbtli lla-93 e lla- 99 do grupo cooperativo brasileiro para tratamento da l. 2013. 100 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.