Viabilidade técnico econômica da incorporação dos resíduos do copolímero de Etileno Acetato de Vinila da indústria de calçados na produção de blocos estruturais de cimento

Data
2023-06-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Nas últimas décadas houve um crescente progresso técnico e econômico no segmento da engenharia Civil. Nesse contexto, a área da engenharia de materiais ganha grande evidência mundial na perspectiva de encontrar não apenas ferramentas alternativas, mas também, novos materiais visando impulsionar ainda mais esses avanços tendo como embasamento a redução dos impactos ambientais. A indústria calçadista é responsável pela geração de diversos resíduos sólidos durante seu processo de fabricação. O copolímero de Etileno-Acetato de Vinila (EVA) é um exemplo de resíduo que não pode ser reciclado, em função da reticulação. Com isso, estudos vêm sendo desenvolvidos visando a utilização desse material na construção civil, haja vista, que os copolímeros à base de EVA se destacam por sua boa resistência às intempéries e maior durabilidade em ambientes alcalinos. Este trabalho teve como principal objeto analisar a incorporação de resíduo de EVA em argamassas utilizadas na fabricação de blocos de cimento em substituição à areia, por meio de ensaios para caracterizar o desempenho desse material. A metodologia adotada consistiu em produzir argamassas nas proporções 1:3:3:1 (respectivamente, cimento, areia, pó de pedra e água) para confecção de blocos de cimento utilizando diferentes porcentagens de resíduo de EVA em pó em substituição parcial à areia, sendo 20%, 40%, 60% e 80% em volume. Foram moldados 11 blocos de cimento para cada percentual de amostra. As principais técnicas de caracterização utilizadas foram: análise granulométrica, termogravimetria, Microscopia Eletrônica por Varredura (MEV), resistência à compressão axial e absorção de água. Os resultados demonstraram que os blocos com substituição de 20% e 40% de areia por resíduo de EVA apresentaram resultados de resistência à compressão de 4,72 e 4,14 MPa, respectivamente, sendo o bloco de referência 5,12 MPa. Além disso, absorção de água dentro dos limites estabelecidos pela norma NBR 6136, sendo a absorção de água menor ou igual a 10%. Portanto, foi possível viabilizar a substituição em termos de redução de custos, conservação de propriedades mecânicas e mitigação de impactos ambientais, haja vista a utilização dos resíduos de EVA que constantemente são despejados no meio ambiente de maneira irregular e que podem acarretar diversos desequilíbrios ao ecossistema.
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