Avaliação da relevância clínica e densitométrica das medidas de 25 hidroxivitamina D (25OHD) biodisponível e livre em população com hiperparatiroidismo primário e em controles antes e após a suplementação com colecalciferol

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Data
2021-12-15
Autores
Santos, Lívia Marcela dos [UNIFESP]
Orientadores
Lazaretti-Castro, Marise [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Introdução: O hiperparatireoidismo primário (HPP) está associado à hipovitaminose D, apesar disso a maioria das publicações avalia apenas a 25OHD total. Objetivo: O objetivo principal desse projeto é avaliar os níveis de 25OHD biodisponível e livre em pacientes com HPP e indivíduos sem HPP (CTRL), antes e após a suplementação com vitamina D3 14.000 UI (unidades internacionais) por semana por 12 semanas. Métodos: Foram incluídos 70 indivíduos com HPP e 73 controles, desses 64 HPP e 63 CTRL realizaram a densitometria óssea e Trabecular Bone Score (TBS). Os indivíduos que cumpriram o protocolo foram 56 HPP e 63 CTRL. Foram avaliados pré e pós suplementação com vitamina D3 os níveis séricos de 25OHD total, proteína de ligação da vitamina D (DBP), paratormônio (PTH), cálcio total e marcadores de remodelação óssea. Além disso, a 25OHD biodisponível e livre, foram calculadas através da fórmula que utiliza a concentração de albumina, a concentração da DBP e a constante de afinidade que cada genótipo da DBP tem com a 25OHD determinada pelo SNP (1f-1f, 1f-1s, 1s-1s, 1f-2, 1s-2, 2-2), pré e pós uso de vitamina D3. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos na idade, no gênero e IMC. O grupo HPP apresentou mais nefrolítiase, osteoporose e uso de bisfosfonato. Na pré suplementação, os níveis de 25OHD total, biodisponível e livre não diferiram entre os HPP (22.1 ± 6.4 ng/mL, 1.39 ng/mL e 3.5 pg/mL) e os CTRL (20.7 ± 6.7 ng/mL, 1.18 ng/mL e 3.0 pg/mL), respectivamente. A fratura vertebral por fragilidade foi melhor diagnosticada pelo TBS, comparado a todos os sítios densitometricos. Os níveis de 25OHD total, biodisponível e livre se correlacionaram positivamente com TBS (r= 0.42, p<0.01; r=0.43, p=<0.01; r=0.42, <0.01) nos CTRL, mas não houve a mesma correlação nos HPP (r= 0.28, p<0.05; r=0.14, p=0.28; r=0.18, p=0.30). A distribuição dos haplótipos da DBP foi semelhante nos grupos. Após a suplementação com vitamina D3 houve elevação da 25OHD total, biodisponível e livre, em ambos os grupos. No grupo HPP não houve diferença no cálcio sérico e urinário pré e pós suplementação. O grupo CTRL teve uma elevação maior de 25OHD total comparado ao HPP. Apenas no grupo CTRL teve queda significativa do PTH. Conclusões: Concluímos que a reposição da vitamina D3 na dose de 14.000 UI semanais por 12 semanas foi segura e eficaz nos grupos analisados de pacientes com HPP. Não houve vantagem adicionais em dosar as formas livre e biodisponível em HPP comparada a 25OHD total em HPP e CTRL analisados nesse trabalho.
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