Criando recursos para professores da educação infantil: proposta de classificação da complexidade linguística de livros e categorização de técnicas de ensino de vocabulário

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Data
2022-05-31
Autores
Sousa, Helena [UNIFESP]
Orientadores
Puglisi, Marina Leite [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: O Programa de Promoção da Linguagem Infantil (PROLIN) é um programa de intervenção de linguagem voltado para professores no contexto escolar. Ele tem como foco desenvolver habilidades de linguagem oral das crianças por meio de atividades de leitura compartilhada de livros, ampliação do vocabulário, compreensão e reconto de histórias, memória auditiva e consciência fonológica. Para tal, não somente é importante a escolha adequada dos livros e materiais a serem utilizados, mas também da forma mais efetiva de ensinar estas habilidades para as crianças. Objetivo: Desenvolver recursos que permitam ao professor: 1) explorar métodos para classificar livros infantis de acordo com diferentes níveis de complexidade linguística; 2) organizar técnicas de ensino de linguagem de acordo com seu uso ou aplicabilidade em contexto de sala de aula. Método: Para o ranqueamento dos livros (Estudo 1), foram utilizados dois métodos de classificação linguística: um não automatizado e outro automatizado. A classificação não automatizada foi realizada subjetivamente por cinco especialistas seguindo os seguintes critérios: complexidade lexical, complexidade gramatical, extensão e estilo literário. Já a classificação automatizada foi realizada pelo NILC-Metrix, uma ferramenta computacional com 200 parâmetros disponíveis, dos quais foram selecionados: complexidade lexical, complexidade gramatical, extensão e coesão entre sentenças. Para a organização das técnicas de ensino de linguagem (Estudo 2), foram feitas discussões em grupos focais para levantamento da literatura científica e categorização com base na prática clínica fonoaudiológica e seu potencial uso no contexto educacional. Resultados: No Estudo 1, foi possível observar que houve coerência entre as juízas quanto aos critérios linguísticos usados na análise da classificação não automatizada, gerando assim um ranking final, utilizado na aplicação do PROLIN. No entanto, não houve correlação entre os critérios da análise não automatizada e as métricas automatizadas do NILC-Metrix. No Estudo 2, não somente foram compiladas as técnicas de ensino, como também organizadas de acordo com o estágio de aprendizado da criança (conceituação, correção e consolidação) e com a natureza do processo de aprendizagem (implícita ou explícita). Conclusão: Diferentes especialistas em linguagem analisaram a complexidade linguística de livros infantis de forma consensual, porém discrepante da análise das métricas automatizadas. Estudos futuros precisam explorar com mais qualidade quais dimensões do conteúdo linguístico são melhor captadas pelas análises computacionais e se há outros métodos mais adequados para classificar o conteúdo linguístico e literário de livros infantis. Quanto ao Estudo 2, conseguimos compilar e organizar as técnicas de ensino de linguagem, além de elaborar diferentes recursos para apresentá-las e exemplificar seu uso, facilitando sua aplicabilidade no contexto escolar.
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