Perfil inflamatório de tecidos neural e periféricos de ratos jovens e sua relação com o comportamento do tipo ansioso após consumo e retirada de dieta com alto teor de sacarose e lipídios
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Data
2020-03-20
Autores
Casagrande, Breno Picin [UNIFESP]
Orientadores
Estadella, Debora [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Globally, about a fifth of deaths can be attributed to low food quality, typical of a dietary pattern with obesogenic potential, which culminates in the development of obesity and its comorbidities. The excess of nutrients such as saturated fatty acids and simple carbohydrates and the lack of foods such as whole grains, fruits, vegetables, and seeds are related as cause of several metabolic complications, neuroinflammation, and behavioral changes, mainly of an inflammatory nature. The consumption of diets with obesogenic potential (ODs) promotes an increase in proinflammatory signaling in several sites, such as gut, adipose tissues, liver, hypothalamus, and hippocampus. In order to inhibit or improve the changes induced by ODs, it is necessary to interrupt its consumption. Withdrawing from these diets has an anxiogenic effect, despite improving metabolic parameters. Thus, the use of a withdrawal protocol would induce a phenotype with both positive and negative changes. The present study aimed to investigate the effects of the withdrawal of a hyperglycidic and hyperlipidic diet (HSHF) on the inflammatory profile of central and peripheral tissues and its relationship with possible behavioral changes in the anxious type of young male Wistar rats. For this, animals with 60 days of age were fed a control diet or HSHF for 30 days, and one group underwent a withdrawal of 48 hours after consuming the modified diet. The consumption of HSHF promoted an increase in fat and body mass; serum glucose and triacylglycerol; and inflammation of adipose tissue, liver and hypothalamus. The withdrawal normalized most of these parameters, but at the same time, it increased serum and hippocampal inflammation and anxiety-like behavior, which were associated with alteration of AMPK phosphorylation, production of BDNF in the dentate gyrus and CA1 of the hippocampus, and lower locomotor activity. Analyzes of brain, peripheral tissues, and serum parameters; and of behavioral and histopathological parameters revealed a contrasting phenotype, with more negative than positive changes in the scope of withdrawal. In general, we could suggest that the changes observed in the withdrawal characterized a protective metabolic and emotional behavior.
Globalmente, cerca de um quinto das mortes podem ser atribuídas à baixa qualidade alimentar, característica de um padrão dietético com potencial obesogênico, que culmina no desenvolvimento da obesidade e suas comorbidades. O excesso de nutrientes como os ácidos graxos saturados e carboidratos simples e a carência de alimentos como grãos integrais, frutas, vegetais e sementes são relacionados como causa de diversas complicações metabólicas, neuroinflamação e alterações comportamentais, principalmente de cunho inflamatório. O consumo de dietas com potencial obesogênico (DOs) promove o aumento da sinalização pró-inflamatória em diversos situs, como intestino, tecidos adiposos, fígado, hipotálamo e hipocampo. Visando inibir ou melhorar as alterações induzidas pelas DOs, é necessário a interrupção do consumo. A retirada dessas dietas, apesar de melhorar parâmetros metabólicos, tem efeito ansiogênico. Dessa forma, a utilização de um protocolo de retirada induziria um fenótipo com alterações tanto positivas quanto negativas. O presente trabalho visou investigar os efeitos da retirada de uma dieta hiperglicídica e hiperlipídica (HSHF) no perfil inflamatório de tecidos centrais e periféricos e sua relação com possíveis alterações de comportamento do tipo ansioso de ratos Wistar macho jovens. Para isso, animais com 60 dias de idade foram alimentados com dieta controle ou HSHF por 30 dias, e um grupo passou por uma retirada de 48h após o consumo da dieta modificada. O consumo da HSHF promoveu o aumento da massa adiposa e corporal; da glicose e triacilglicerol séricos; e da inflamação do tecido adiposo, fígado e hipotálamo. A retirada normalizou a maior parte desses parâmetros, mas ao mesmo tempo elevou a inflamação sérica e hipocampal e o comportamento do tipo ansioso; os quais se associam à alteração da fosforilação de AMPK, de produção de BDNF no giro denteado e CA1 do hipocampo e à menor atividade locomotora. As análises dos parâmetros cerebrais, de tecidos periféricos e séricos; de parâmetros comportamentais e histopatológicos revelou um fenótipo contrastante, com mais alterações negativas que positivas no âmbito da retirada. De forma geral, podemos sugerir que as alterações observadas na retirada caracterizaram um comportamento metabólico e emocional protetor.
Globalmente, cerca de um quinto das mortes podem ser atribuídas à baixa qualidade alimentar, característica de um padrão dietético com potencial obesogênico, que culmina no desenvolvimento da obesidade e suas comorbidades. O excesso de nutrientes como os ácidos graxos saturados e carboidratos simples e a carência de alimentos como grãos integrais, frutas, vegetais e sementes são relacionados como causa de diversas complicações metabólicas, neuroinflamação e alterações comportamentais, principalmente de cunho inflamatório. O consumo de dietas com potencial obesogênico (DOs) promove o aumento da sinalização pró-inflamatória em diversos situs, como intestino, tecidos adiposos, fígado, hipotálamo e hipocampo. Visando inibir ou melhorar as alterações induzidas pelas DOs, é necessário a interrupção do consumo. A retirada dessas dietas, apesar de melhorar parâmetros metabólicos, tem efeito ansiogênico. Dessa forma, a utilização de um protocolo de retirada induziria um fenótipo com alterações tanto positivas quanto negativas. O presente trabalho visou investigar os efeitos da retirada de uma dieta hiperglicídica e hiperlipídica (HSHF) no perfil inflamatório de tecidos centrais e periféricos e sua relação com possíveis alterações de comportamento do tipo ansioso de ratos Wistar macho jovens. Para isso, animais com 60 dias de idade foram alimentados com dieta controle ou HSHF por 30 dias, e um grupo passou por uma retirada de 48h após o consumo da dieta modificada. O consumo da HSHF promoveu o aumento da massa adiposa e corporal; da glicose e triacilglicerol séricos; e da inflamação do tecido adiposo, fígado e hipotálamo. A retirada normalizou a maior parte desses parâmetros, mas ao mesmo tempo elevou a inflamação sérica e hipocampal e o comportamento do tipo ansioso; os quais se associam à alteração da fosforilação de AMPK, de produção de BDNF no giro denteado e CA1 do hipocampo e à menor atividade locomotora. As análises dos parâmetros cerebrais, de tecidos periféricos e séricos; de parâmetros comportamentais e histopatológicos revelou um fenótipo contrastante, com mais alterações negativas que positivas no âmbito da retirada. De forma geral, podemos sugerir que as alterações observadas na retirada caracterizaram um comportamento metabólico e emocional protetor.