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- ItemAcesso aberto (Open Access)Brasil em transformação: o impacto da crise climática. Caderno Técnico I, 2024: o ano mais quente da história(Unifesp/IMar, 2024-12-27) Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; Martinez, Aline Sbizera [UNIFESP]; Pardal, André [UNIFESP]; Takahashi, Camila Keiko [UNIFESP]; Martins, Ivan Machado [UNIFESP]; Bumbeer, Janaína; Ribeiro, Juliana Baladelli; Alberti, Liziane; Almeida, Willian De Avila; http://lattes.cnpq.br/4170381439518486; http://lattes.cnpq.br/4622328317588092; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; http://lattes.cnpq.br/7290494491562404; http://lattes.cnpq.br/1014635429140800; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, coordenada pelo Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a UNESCO, em parceria com a Fundação Grupo Boticário, apresenta o primeiro documento da série “Brasil em transformação: o impacto da crise climática”. Esta série reunirá dados sobre a crise climática no Brasil, abordando a evolução dos desastres ao longo das décadas, os impactos econômicos e sociais e destacando a importância das Soluções baseadas na Natureza (SbN) como caminho para a mitigação e adaptação. O principal objetivo é apoiar jornalistas, comunicadores e tomadores de decisão dos setores público e privado, que atuam nas esferas municipais, estaduais e federais, além de disseminar informações acessíveis à sociedade em geral. Neste primeiro caderno técnico da série, “2024: o ano mais quente da história”, analisamos dados oficiais que confirmam 2024 como o ano mais quente já registrado desde o período pré-industrial (1850–1900). As temperaturas médias do ar e do oceano continuam elevadas em relação às médias históricas, acompanhadas de um aumento significativo no número de desastres relacionados ao clima, com um crescimento médio de 100 ocorrências por ano no Brasil. Para cada aumento de 0,1 °C na temperatura média global do ar, estima-se um acréscimo de R$5,6 bilhões nos prejuízos econômicos decorrentes desses desastres no país. Além disso, os impactos sobre a população brasileira têm se intensificado de forma alarmante, com quase 78 milhões de pessoas afetadas nos últimos quatro anos — o que corresponde a 70% do total contabilizado no período de 2010 a 2019. Paradoxalmente, os recursos destinados a medidas emergenciais e de prevenção de desastres têm diminuído, com uma redução média de quase R$200 milhões ao ano, agravando ainda mais a vulnerabilidade do país diante da crise climática. Sabemos que, em sua maioria, os dados apresentados não são os que gostaríamos de ver. No entanto, frente ao avanço acelerado dos impactos climáticos, é nossa responsabilidade sintetizar e tornar acessíveis essas informações. Queremos contribuir para que a sociedade conheça, debata e pense em soluções, incentivando a tomada de decisão e as mudanças de comportamento necessárias, tanto em nível individual quanto institucional, para reduzir os impactos climáticos e garantir um futuro sustentável para o Brasil. Queremos que a população compreenda a relação dos impactos climáticos com seu dia-a-dia, como, por exemplo, o aumento no custo de energia e alimentos, a escassez hídrica, e as doenças relacionadas ao calor, como a dengue. Queremos também destacar a relação entre a conservação da biodiversidade e áreas naturais com a maior resiliência das pessoas frente aos eventos climáticos extremos. As mudanças climáticas são resultado direto das atividades humanas, que têm alterado significativamente os sistemas do planeta. Neste documento, adotaremos o termo "desastres climáticos" para nos referirmos aos desastres naturais intensificados pelas mudanças climáticas, destacando seu papel no aumento da frequência e intensidade desses eventos que afetam diretamente a população. No entanto, é importante mencionar que, em bases de dados oficiais, os eventos aqui chamados de "desastres climáticos" são classificados como "desastres naturais".
- ItemAcesso aberto (Open Access)O declínio recorde do gelo marinho em 2023-2024: um alerta para o planeta(Unifesp/IMar, 2025-01-13) Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; Pardal, André [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4170381439518486; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Compreender que vivemos em um mundo em transformação é essencial para toda a sociedade. Não estamos mais diante de previsões, mas de fatos concretos: recordes de alterações climáticas estão sendo registrados, trazendo consequências severas, como o aumento na frequência e intensidade de desastres ambientais, incluindo ondas de calor, incêndios florestais, secas e inundações, que afetam diretamente a vida de pessoas ao redor do mundo. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023. Pela primeira vez, o aquecimento global ultrapassou o limite de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, conforme os dados do observatório europeu Copernicus. Esse marco é alarmante, pois o Acordo de Paris estabelece o limite de 1,5 °C como uma barreira crucial para evitar os efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas. Além das temperaturas recordes, 2023 e 2024 também marcaram reduções históricas na cobertura de gelo marinho nas regiões polares, com implicações profundas para o equilíbrio climático global. Este relatório, produzido pelo Projeto Com-ANTAR, do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), evidencia que a extensão de gelo marinho atingiu valores mínimos sem precedentes nesses dois anos. Em 2024, não se formaram 3.408.000 km² de gelo marinho globalmente, o equivalente a 37% do território dos Estados Unidos. Este total inclui um déficit de 1.414.000 km² na Antártica e 1.994.000 km² no Ártico em relação à média do período de referência (1981-2010), representando o maior valor de gelo não formado registrado em um único dia.
- ItemEmbargoResearch on Rocky Shores in Brazil: advances and contributions to International Fora(Springer Nature, 2024-10-08) Pardal-Souza, André Luiz [UNIFESP]; Jenkins, Stuart Rees; Navarrete, Sergio Andres; Wangkulangkul, Kringpaka; Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)In this chapter, we provide an overview of how rocky shore research in Brazil contributes to international fora. Here, we bring our perspectives on the advance of Brazil-based science on the theme and its impact on global discussions. Collaborating with international co-authors, we draw parallels with studies in other regions that, like Brazil, have begun to contribute to rocky shore discussions at a later stage. Particularly, this literature has expanded our knowledge beyond temperate regions in the northern hemisphere. We argue that, building upon the groundwork laid by pioneering marine scientists, Brazil-based rocky shore research has now established itself within the international community, making notable contributions to various discussions on coastal ecology. This is evident in the insights it provides into our remarkable biodiversity, ecological patterns and processes, and human pressures exerted upon these environments.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Urbanização e status de endurecimento costeiro no litoral paulista(Unifesp/IMar, 2024-06-26) Martinez, Aline Sbizera [UNIFESP]; Pardal-Souza, André Luiz [UNIFESP]; Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4622328317588092; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; http://lattes.cnpq.br/4170381439518486; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este relatório apresenta dados inéditos sobre construções na interface entre a terra e o mar (entremarés) no estado de São Paulo e informações que ajudam a identificar áreas potencialmente vulneráveis a eventos climáticos, como enchentes, ressacas e erosão costeira. O documento também apresenta indicadores referentes ao status da urbanização costeira e à perda de habitats naturais. O objetivo é auxiliar tomadores de decisão na formulação e implementação de políticas públicas de gestão costeira em áreas urbanas e não urbanas em prol da sustentabilidade e resiliência climática no litoral paulista, além de apoiar profissionais de engenharia, urbanismo e gestão costeira em projetos futuros de sustentabilidade na zona costeira. Este trabalho foi liderado por pesquisadores do Instituto do Mar (IMar) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus da Baixada Santista, e conta com o apoio da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica (UNIFESP, UNESCO e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação) para a interface entre a ciência e as políticas públicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Nota Técnica conjunta nº 001/2023 IMar/Unifesp – Fundação Florestal de São Paulo: descoberta do banco de rodolitos na Ilha das Couves, Ubatuba, SP(Pereira-Filho, Guilherme Henrique, 2023-03-21) Pereira-Filho, Guilherme Henrique [UNIFESP]; Candido, Lucas C.; Moreira, Priscila S.; Laranja, Diego Hernandes Rodrigues; Motta, Fabio dos Santos [UNIFESP]; Comin, Eric Joelico; http://lattes.cnpq.br/1211745530577271; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A partir de indicativos da ocorrência de bancos de rodolito no entorno da Ilha das Couves (Ubatuba, SP), obtidos a durante a Avaliação Ecológica Rápida realizada como condicionante impostas no licenciamento do Pré-sal etapa 3, a Fundação para Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo, por intermédio da Diretoria Regional do Litoral Norte, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Mantiqueira, formalizou um convite ao Dr. Guilherme H. Pereira Filho (Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha do Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo) para uma visita de checagem in loco do tipo de fundo marinho em tela. O Dr. Pereira-Filho desenvolve atividade de pesquisa em bancos de rodolitos há mais de 10 anos, já tendo contribuído no mapeamento e descrição desses habitats ao longo da costa brasileira, incluindo no entorno de ilhas e bancos oceânicos. Recentemente, este pesquisador foi responsável pela descrição do primeiro banco de rodolitos conhecido no Estado de São Paulo, na Ilha da Queimada Grande, associado a um recife de coral. A visita técnica ocorreu no dia 2 de março de 2023 e, além do Dr. Pereira-Filho (GHPF), participaram da atividade os Oceanógrafos Lucas C. Candido e Priscila S. Moreira, ambos servidores da Fundação Florestal do Estado de São Paulo. A seguir é apresentado um descritivo técnico que corrobora a presença de bancos de rodolitos no entorno da Ilha das Couves bem como se discute as implicações dessa descoberta para a ciência e conservação marinha.