Laboratórios do Comum: experimentações políticas de uma ciência implicada

Data
2020-08-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Apresentamos uma sistematização provisória e em movimento sobre a experiência do Laboratório do Comum, entendido enquanto prática de uma dupla experimentação, simultaneamente ontoepistêmica e política, dispositivo de pesquisa e intervenção. Apontamos algumas definições que o caracterizam como uma prática de investigação coletiva e produção de conhecimento que se pretende, ao mesmo tempo que situada, produtora de outras possibilidades de modos de existências. Em seguida apresentamos algumas delimitações sobre o Comum, fundamento ontológico e princípio político que orienta as práticas do Laboratório. A partir da experiência de criação do Laboratório do Comum Campos Elíseos (bairro da região central de São Paulo), desenvolvemos reflexões sobre uma ciência aberta e implicada, sobre a passagem de uma política da reivindicação para outra da experimentação, sobre a fabricação de uma comunidade provisória ontoepistêmica habitada por saberes minoritários em relação a um território, sobre a criação de arranjos sociotécnicos e infraestruturas que permitem experimentar um conjunto de práticas e saberes orientados para a criação e sustentação dos Comuns urbanos. O Laboratório do Comum é um espaço de experimentação democrática fundado na cumplicidade entre diferenças, atuando para conferir a devida centralidade ao trabalho de visibilização do terreno sempre pressuposto, e ainda assim oculto, que sustenta toda prática política e também científica: corpos e suas marcas, uma ética do cuidado que cria e sustenta relações.
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Citação
MORAES, Alana & PARRA, Henrique Z.M. Laboratórios do Comum: experimentações políticas de uma ciência implicada. Revista do Centro de Pesquisa e Formação – SESC/SP, n.10, agosto de 2020. Disponivel em: https://www.sescsp.org.br/files/artigo/c23b1355/8dcc/4d12/8fb7/710c54c6d10b.pdf
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