A possibilidade social de recuperação do Rio Tietê por meio da abordagem da tragédia

Data
2021-02-18
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Com base nos estudos realizados por Garret Hardin e seu icônico artigo “A Tragédia dos Comuns”, questiona-se a abordagem do autor em relação à proteção de recursos naturais. Procura-se provar com o trabalho realizado por Elinor Ostrom e sua abordagem sobre a Lógica da Ação Coletiva que a solução dada por Hardin, pela privatização ou intervenção do Estado sobre o bem comum é simplista e equivocada, que as comunidades têm condições de proteger um recurso natural. A partir dos princípios levantados por Ostrom em seus estudos empíricos e os aspectos psicológicos para a proteção dos bens comuns desenvolvidos por Mark Van Vugt, foram elaborados sete princípios sociais que apresentam enorme importância para analisar o projeto de despoluição do Rio Tietê e como a ação coletiva afeta o projeto. O modelo foi aplicado na próxima fase do Projeto Tietê, que visa a ampliação na infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo e promete um Rio Tietê limpo até 2024. Os sete princípios do modelo foram consagrados ao se analisar o Projeto Tietê IV, evidenciando que o BID reconhece a importância da participação comunitária e que os paulistanos serão beneficiados. Em vinte anos de projeto o rio apresentou melhoras, porém continua poluído, fétido e inabitável, a participação social é tímida em meio a tantas instituições do poder público e cai por terra os esforços realizados pelos cidadãos em 1992 que exigiam do governo a revitalização do rio. Os estudos de Ostrom mostram que a participação ativa da comunidade unida ao governo geram frutos e a possibilidade de um gerenciamento sustentável de recursos naturais. Para um rio saudável para todos é imprescindível a participação popular no monitoramento, exigindo a realização e o cumprimento das promessas feitas pelo governo e o Projeto Tietê IV.
Based on the studies published by Garret Hardin and his iconic article “Tragedy of the Commons”, his view over the natural resources phenomenon is questioned. Then, Elinor Ostrom’s research about Logic of Collective Action shows that Hardin’s solution by privatization or full State control is excessively simplistic and therefore wrong. Communities have the necessary prowess to protect natural resources. From Ostrom’s social principles and Mark Van Vugt’s psychological aspects for common goods management, seven principles were developed and shows a major role to analyse River Tietê’s restoration project, along with the importance of the Collective Action. The model containing those seven principles were applied in the next phase of Project Tietê, which aims at the enlargement of the São Paulo Metropolitan Area sewage system infrastructure and promises a clean river until 2024. The model’s seven principles were consecrated by analysing Project Tietê IV, showing that IDB acknowledges the importance of community participation, and the citizens of São Paulo will be benefited. In twenty years of the project, the river got better, but still polluted, smelly and inhabitable. Social participation is shy among so many public institutions, and the efforts of the 1992’s civilians to demand the river restoration are now withering out. Ostrom’s studies shows that active community participation together with the government is very productive and allows sustainable resources management. For a healthy river it’s imperative the peoples’ participation upon the monitoring, demanding fulfillment of projects and promises made by the government and Project Tietê IV.
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