Preditores de sucesso na utilização de pessário vaginal para tratamento de prolapso de órgãos pélvicos após seguimento de um ano

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Data
2018-02-28
Autores
Niigaki, Danielle Ikeda [UNIFESP]
Orientadores
Castro, Rodrigo De Aquino [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: To identify factors contributing to successful pessary use for treatment of pelvic organ prolapse for periods longer than one year. Methods: A prospective observational study was performed with 247 women evaluated for symptomatic pelvic organ prolapse at Urogynecology clinic of Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), who accepted the treatment with the pessary during October 2012 to October 2016. We compared the characteristics of those who continued pessary usage for over a year with those who discontinued. The data were analyzed using the following statistical methods: Student's T-test, Wilcoxon Mann-Whitney test, multivariate logistic regression and decision tree. Results: 247 patients tested the pessary, only 236 were included in the analysis; of these, 110 patients (46.6%) continued to use the pessary for more than one year. Through multivariate logistic regression we identified the factors associated to the use of the pessary for periods longer than one year, such as: hysterectomy (OR=3.40, IC: 3.23-3.57, p=0.007). Factors related to the higher odds of discontinued usage are: vulvovaginitis (OR=0.11, IC: 0.10-0.12, p=0.0002), higher parity (OR=0.865, IC: 0.85-0.87, p=0.029) and topic vaginal estrogen use (OR=0.39, IC: 0.38-0.41, p=0.019). The presence of complications with the use of the pessary was not associated with a higher dropout rate (OR = 1.74, CI: 1.69-1.79, p = 0.030). Evaluation was also performed through the decision tree that corroborated with logistic regression findings. Conclusion: The presence of vulvovaginitis was highly predictive of non-success of pessary use. Hysterectomy is a good predictor for long-term use. The presence of complications, with the exception of vulvovaginitis, did not interfere with the withdrawal of long-term treatment. The use of vaginal estrogen was not a good predictor of treatment maintenance. There was improvement in patients' quality of life.
Objetivo: Identificar fatores que contribuem para utilização do pessário para tratamento de prolapso de órgãos pélvicos por períodos maiores que um ano. Métodos: Realizado estudo prospectivo observacional com 247 mulheres que apresentavam prolapso genital sintomático avaliadas no ambulatório de Uroginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que aceitaram o tratamento com o pessário durante outubro de 2012 a outubro de 2016. Comparamos as características daquelas que utilizaram o pessário por mais de um ano com aquelas que desistiram antes desse período. Avaliamos também se houve melhora na qualidade de vida por meio de questionário de qualidade de vida (PQol). Os dados foram analisados através dos seguintes métodos estatísticos: Teste de Student, teste de Wilcoxon Mann-Whitney, regressão logística multivariada e árvore de decisão. Resultados: Das 247 pacientes que testaram o pessário, somente 236 foram incluídas no estudo; dessas, 110 pacientes (46,6%) continuaram utilizando o pessário por mais de um ano. Através da regressão logística multivariada identificamos fatores associados à utilização do pessário por períodos maiores que um ano como: histerectomia anterior (OR=3,40, IC: 3,23-3,57, p=0,007). Os fatores relacionados a maior chance de desistência são presença de vulvovaginite (OR=0,11, IC: 0,10-0,12, p=0,0002), pacientes com maior paridade (OR=0,865, IC: 0,85-0,87, p=0,029) e utilização de estrogênio vaginal tópico (OR=0,39, IC: 0,38-0,41, P=0,019). A presença de complicações com a utilização do pessário não foi associada a maior taxa de desistência (OR=1,74, IC: 1,69-1,79, p=0,030). Foi realizado também avaliação através da árvore de decisão que corroborou com os dados da regressão logística. Conclusões: A presença da vulvovaginite foi altamente preditiva para o não sucesso da utilização do pessário. A histerectomia é um bom fator preditivo para utilização a longo prazo. A presença de complicações, excetuando-se a vulvovaginite, não interferiu na desistência ao tratamento a longo prazo. A utilização do estrogênio vaginal não foi um bom fator preditivo para manutenção do tratamento. Houve melhora na qualidade de vida das pacientes.
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