Suplemento artesanal oral: uma proposta para recuperação nutricional de crianças e adolescentes com câncer
Data
2010-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Objective The aim of this study was to evaluate the impact of homemade oral supplements on the nutritional recovery of patients with mild or severe malnutrition or at nutritional risk. Methods Eight recipes of homemade oral supplements containing 30% to 35% of the total energy expenditure were proposed. The patients with severe malnutrition (group B) received the oral supplement for 2 weeks and the others for 4 weeks (group A). Oral supplementation with homemade supplements was compared with oral supplementation with store-bought supplements, investigated earlier with a protocol with the same design. Results Homemade oral supplements contain much lower amounts of certain micronutrients but are five times cheaper than store-bought supplements. In group A, 88% of the patients taking homemade oral supplements and 84% of the patients taking store-bought supplements responded positively to supplementation. In group B, 22% of the patients taking homemade oral supplements and 25% of the patients taking store-bought supplements recovered. The difference was not significant. The impact of store-bought supplementation on the triceps skinfold thicknesses and arm circumferences of the patients in group A was greater than that obtained with homemade supplements. In group B, the effect on triceps skinfold thickness was not significant (p=0.16). Patients taking homemade or store-bought oral supplements presented similar protein and energy intakes and improvements in nutritional status. Only the body composition of patients in group A taking store-bought oral supplements was better. Conclusion The results obtained by this study suggest that the therapeutic use of homemade oral supplements is an alternative capable of promoting the nutritional recovery of cancer patients, especially those who cannot afford store-bought supplements.
Objetivo Avaliar o impacto do suplemento oral artesanal na recuperação do estado nutricional de pacientes com desnutrição leve, grave e com risco nutricional. Métodos Propuseram-se oito receitas de suplementos visando ofertar entre 30,0% e 35,0% do gasto energético total. Os pacientes com desnutrição grave (grupo B) receberam o suplemento oral por duas semanas, e os demais pacientes (grupo A), por quatro semanas. Para a comparação dos resultados obtidos com o emprego do suplemento oral artesanal, foram utilizados dados referentes a um protocolo anterior, com o mesmo desenho, entretanto, com a utilização de suplemento oral industrializado. Resultados O suplemento oral artesanal fica muito aquém no que diz respeito a alguns micronutrientes, entretanto é cinco vezes mais barato do que a preparação com o suplemento oral industrializado. Os pacientes do grupo A com suplemento oral artesanal apresentaram 88,0% de resposta positiva na semana de avaliação, enquanto os com suplemento oral industrializado tiveram 84,0%. No grupo B, foram recuperados 22,0% dos pacientes com suplemento oral artesanal e 25,0% do grupo com suplemento oral industrializado, não apresentando, portanto, diferença significante. Comparando o impacto do industrializado com o do artesanal na prega cutânea tricipital e circunferência do braço, verificou-se que o suplemento oral industrializado no grupo A apresentou melhores resultados que o suplemento oral artesanal, e no grupo B, esse efeito observado na prega cutânea não foi significante (p=0,16). Os consumos de energia e de proteína, assim como a evolução nutricional, foram semelhantes entre suplemento oral industrializado e suplemento oral artesanal. Apenas a composição corpórea no grupo A com suplemento oral industrializado apresentou melhores resultados. Conclusão Os resultados apresentados neste estudo sugerem que o emprego da terapia com suplemento artesanal seja uma opção capaz de auxiliar na recuperação nutricional de pacientes oncológicos e uma opção para populações financeiramente desfavorecidas.
Objetivo Avaliar o impacto do suplemento oral artesanal na recuperação do estado nutricional de pacientes com desnutrição leve, grave e com risco nutricional. Métodos Propuseram-se oito receitas de suplementos visando ofertar entre 30,0% e 35,0% do gasto energético total. Os pacientes com desnutrição grave (grupo B) receberam o suplemento oral por duas semanas, e os demais pacientes (grupo A), por quatro semanas. Para a comparação dos resultados obtidos com o emprego do suplemento oral artesanal, foram utilizados dados referentes a um protocolo anterior, com o mesmo desenho, entretanto, com a utilização de suplemento oral industrializado. Resultados O suplemento oral artesanal fica muito aquém no que diz respeito a alguns micronutrientes, entretanto é cinco vezes mais barato do que a preparação com o suplemento oral industrializado. Os pacientes do grupo A com suplemento oral artesanal apresentaram 88,0% de resposta positiva na semana de avaliação, enquanto os com suplemento oral industrializado tiveram 84,0%. No grupo B, foram recuperados 22,0% dos pacientes com suplemento oral artesanal e 25,0% do grupo com suplemento oral industrializado, não apresentando, portanto, diferença significante. Comparando o impacto do industrializado com o do artesanal na prega cutânea tricipital e circunferência do braço, verificou-se que o suplemento oral industrializado no grupo A apresentou melhores resultados que o suplemento oral artesanal, e no grupo B, esse efeito observado na prega cutânea não foi significante (p=0,16). Os consumos de energia e de proteína, assim como a evolução nutricional, foram semelhantes entre suplemento oral industrializado e suplemento oral artesanal. Apenas a composição corpórea no grupo A com suplemento oral industrializado apresentou melhores resultados. Conclusão Os resultados apresentados neste estudo sugerem que o emprego da terapia com suplemento artesanal seja uma opção capaz de auxiliar na recuperação nutricional de pacientes oncológicos e uma opção para populações financeiramente desfavorecidas.
Descrição
Citação
Revista de Nutrição. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, v. 23, n. 5, p. 731-744, 2010.