RM das articulações sacroilíacas: novos parâmetros para diferenciação entre espondiloartrite axial e alterações mecânicas ou degenerativas
Data
2019-03-21
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: To evaluate SPARCC index score, Apparent Diffusion Coefficient (ADC) values and topography of Sacroiliac Joint (SIJ) lesions for ability to distinguish Axial Spondyloarthritis (AS) from Mechanical Sacroiliac Joint Disease (MSIJD). To compare the performance of detection of BME in Short Tau Inversion Recovery (STIR), Diffusion Weighted Imaging (DWI) and postcontrast T1 Fat-Saturated (T1FSGD) sequences. Method: SIJ MRI scans of 34 patients with subchondral BME conducted from 2012 to 2016 were analyzed retrospectively. Seventeen had been diagnosed with AS (Group I) and 17 with MSIJD (Group II). Two radiologists evaluated the presence and topographic distribution of the BME lesions in SIJ, calculated the SPARCC index score, the ADC values of the BME lesions and of the bone marrow of the interforaminal sacral region. They also assigned scores from 1 to 5 to the BME lesions by evaluating the signal or enhancement in the sequences described above. Results: SPARCC index cutoff value of ≥8.5 offered the best accuracy for differentiation between AS and MSIJD, with scores ≥8.5 indicating AS and scores <8.5 indicating MSIJD. Predictive values were: 79.4% accuracy, 64.7% sensitivity, 94.1% specificity, 91.7% positive predictive value and 72.7% negative predictive value. In AS, the frequency of inflammatory lesions was significantly higher on the iliac surfaces compared to the sacral surface (p=0.015). Among the AS iliac lesions, a significantly higher proportion was observed in the upper ilium third as compared to middle and lower thirds (p=0.040). Mean ADC values in the BME lesions were 1.16x10-3mm2/s and 1.03x10-3mm2/s in patients with AS and 1.06x10-3mm2/s and 1.03x10-3mm2/s in patients with MSIJD; on diffusion maps, 600 and 1000 respectively. The mean values of ADC of the bone marrow of the interforaminal sacral region were 0.50x10-3mm2/s and 0.39x10-3mm2/s, on each map. The mean value of the scores attributed by the examiners to the BME areas did not show significant differences in the Wilcoxon test. The intraclass correlation coefficients were high (0.791, 0.876, 0.880, 0.907 and 0.713 for STIR, DWI b=50s/mm2, DWI b=600s/mm2, DWI b=1000s/mm2 and postcontrast T1 FAT-SAT, respectively). The mean value of the scores attributed to the STIR sequence was the highest, followed by the decreasing order of DWI with b=50s/mm2, T1FSGD, DWI with b =600s/mm2 and DWI with b=1000s/mm2. The mean scores of the different sequences showed statistically significant differences, except between the DWI b=600s/mm2 and T1FSGD (p=0.059). The comparison between the mean scores attributed to the STIR sequence and the DWI sequence with b=50s/mm2 showed p=0.007; all other comparisons presented p<0.001. Conclusions: The SPARCC index can be used for the differentiation between EA and MSIJD. There was also a predominance of EA lesions on the iliac surface, more frequently on its upper third. Mean values of ADCs found in the areas of BME were greater than the mean values of the bone marrow of the interforaminal sacral region. However, these values did not allow the differentiation between EA and MSIJD. DWI presented better performance for detecting subchondral BME, as compared to T1FSGD.
Objetivo: Avaliar se os parâmetros índice SPARCC, distribuição topográfica e valores de Coeficiente de Difusão Aparente (ADC) nas áreas de edema medular subcondral (EMS) nas Articulações Sacroilíacas (ASIs) podem diferenciar Espondiloartrite Axial (EA) e Alterações Mecânicas e Degenerativas (AMD). Comparar o desempenho na detecção de EMS das sequências Short Tau Inversion Recovery (STIR), diffusion weighted imaging (DWI) e T1 com saturação de gordura e gadolíneo (T1FSGD). Método: Foram avaliadas ressonâncias magnéticas das ASIs de 34 pacientes, com suspeita de sacroileíte apresentando EMS. Dezessete pacientes foram diagnosticados como EA (grupo I) e dezessete como AMD (grupo II). Dois radiologistas avaliaram a presença e a distribuição topográfica das áreas de EMS nas ASIs, calcularam o índice SPARCC e aferiram os valores de ADC nas áreas de EMS e na região interforaminal do sacro. Também atribuíram notas de 1 a 5 às áreas de EMS, avaliando a intensidade de sinal ou padrão de realce nas referidas sequências para análise comparativa. Resultados: O valor de corte 8,5 para o índice SPARCC apresentou melhor acurácia para diferenciação entre EA e AMD. Índices ≥ 8,5 indicam EA e < 8,5 indicam AMD. Valores preditivos obtidos para este valor: acurácia de 79,4%, sensibilidade 64,7%, especificidade 94,1%, VPP: 91,7% e VPN: 72,7%. Foi observado maior número de lesões na superfície ilíaca nos pacientes do grupo I (p=0,15); com predomínio no terço superior (p = 0,040). Os valores médios de ADC nas áreas de EMS, nos mapas de difusão 600 e 1000 respectivamente, foram 1.16x10-3mm2/s e 1.03x10-3mm2/s nos pacientes com EA e 1.06x10-3mm2/s e 1.03x10-3mm2/s nos pacientes com AMD. Os valores médios de ADC na região interforaminal do sacro foram 0,50x10-3mm2/s e 0,39x10-3mm2/s nos respectivos mapas. O valor médio das notas atribuídas pelos examinadores às áreas de EMS não apresentaram diferenças significativas pelo teste de Wilcoxon. Os coeficientes de correlação intraclasse foram 0,791 para a sequência STIR; 0,876 para DWI com b=50s/mm2; 0,880 para DWI com b=600s/mm2; 0,907 para DWI com b=1000s/mm2 e 0,713 para T1FSGD. O valor médio atribuído à sequência STIR foi o maior, seguido em ordem decrescente pelos valores das sequências DWI com b=50s/mm2, T1FSGD, DWI com b=600s/mm2 e DWI com b=1000s/mm2. Os valores médios das notas das diferentes sequências apresentaram diferenças estatísticas significativas, exceto entre as sequências DWI com b=600s/mm2 e T1FSGD (p=0,059). A comparação entre a média das notas atribuídas à sequência STIR e à DWI com b=50s/mm2 apresentou valor p=0,007; todas as demais comparações apresentaram p<0,001. Conclusões: O índice SPARCC pode ser utilizado para a diferenciação entre EA e AMD. Houve predomínio de lesões de EA na superfície ilíaca, com predomínio no terço superior. Os valores médios de ADC encontrados nas áreas de EMS são maiores que o valor médio de ADC nas regiões interforaminais do sacro. Entretanto, estes valores não permitiram a diferenciação entre EA e AMD. A sequência DWI b=50s/mm2 apresentou melhor desempenho para detecção de edema subcondral, comparada à sequência T1FSGD.
Objetivo: Avaliar se os parâmetros índice SPARCC, distribuição topográfica e valores de Coeficiente de Difusão Aparente (ADC) nas áreas de edema medular subcondral (EMS) nas Articulações Sacroilíacas (ASIs) podem diferenciar Espondiloartrite Axial (EA) e Alterações Mecânicas e Degenerativas (AMD). Comparar o desempenho na detecção de EMS das sequências Short Tau Inversion Recovery (STIR), diffusion weighted imaging (DWI) e T1 com saturação de gordura e gadolíneo (T1FSGD). Método: Foram avaliadas ressonâncias magnéticas das ASIs de 34 pacientes, com suspeita de sacroileíte apresentando EMS. Dezessete pacientes foram diagnosticados como EA (grupo I) e dezessete como AMD (grupo II). Dois radiologistas avaliaram a presença e a distribuição topográfica das áreas de EMS nas ASIs, calcularam o índice SPARCC e aferiram os valores de ADC nas áreas de EMS e na região interforaminal do sacro. Também atribuíram notas de 1 a 5 às áreas de EMS, avaliando a intensidade de sinal ou padrão de realce nas referidas sequências para análise comparativa. Resultados: O valor de corte 8,5 para o índice SPARCC apresentou melhor acurácia para diferenciação entre EA e AMD. Índices ≥ 8,5 indicam EA e < 8,5 indicam AMD. Valores preditivos obtidos para este valor: acurácia de 79,4%, sensibilidade 64,7%, especificidade 94,1%, VPP: 91,7% e VPN: 72,7%. Foi observado maior número de lesões na superfície ilíaca nos pacientes do grupo I (p=0,15); com predomínio no terço superior (p = 0,040). Os valores médios de ADC nas áreas de EMS, nos mapas de difusão 600 e 1000 respectivamente, foram 1.16x10-3mm2/s e 1.03x10-3mm2/s nos pacientes com EA e 1.06x10-3mm2/s e 1.03x10-3mm2/s nos pacientes com AMD. Os valores médios de ADC na região interforaminal do sacro foram 0,50x10-3mm2/s e 0,39x10-3mm2/s nos respectivos mapas. O valor médio das notas atribuídas pelos examinadores às áreas de EMS não apresentaram diferenças significativas pelo teste de Wilcoxon. Os coeficientes de correlação intraclasse foram 0,791 para a sequência STIR; 0,876 para DWI com b=50s/mm2; 0,880 para DWI com b=600s/mm2; 0,907 para DWI com b=1000s/mm2 e 0,713 para T1FSGD. O valor médio atribuído à sequência STIR foi o maior, seguido em ordem decrescente pelos valores das sequências DWI com b=50s/mm2, T1FSGD, DWI com b=600s/mm2 e DWI com b=1000s/mm2. Os valores médios das notas das diferentes sequências apresentaram diferenças estatísticas significativas, exceto entre as sequências DWI com b=600s/mm2 e T1FSGD (p=0,059). A comparação entre a média das notas atribuídas à sequência STIR e à DWI com b=50s/mm2 apresentou valor p=0,007; todas as demais comparações apresentaram p<0,001. Conclusões: O índice SPARCC pode ser utilizado para a diferenciação entre EA e AMD. Houve predomínio de lesões de EA na superfície ilíaca, com predomínio no terço superior. Os valores médios de ADC encontrados nas áreas de EMS são maiores que o valor médio de ADC nas regiões interforaminais do sacro. Entretanto, estes valores não permitiram a diferenciação entre EA e AMD. A sequência DWI b=50s/mm2 apresentou melhor desempenho para detecção de edema subcondral, comparada à sequência T1FSGD.
Descrição
Citação
CASTRO JUNIOR, M.R. RM das articulações sacroilíacas: novos parâmetros para diferenciação entre espondiloartrite axial e alterações mecânicas ou degenerativas. 2019. 50f. Tese (Doutorado em Radiologia e Ciências Radiológicas) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.