Imagem por curtose da difusão no diagnóstico de pacientes com doenças desmielinizantes
Data
2019-08-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
INTRODUCTION: Diffusion kurtosis Diffusion Kurtosis Imaging - DKI has been tested in pathologies of the central nervous system. The objective was to review the literature on the use of DKI in the diagnosis of demyelinating diseases. METHODOLOGY: A systematic review study was conducted in the PubMed database. RESULTS: DKI was shown to be more sensitive to microstructural changes in the white matter (SB) and gray matter during the development of the central nervous system than the diffusion tensor (DTI). There was a correlation between lesion load and DKI values in BS and gray matter (SC) apparently normal in multiple sclerosis (MS). There is a difference in the kurtosis of the SB of the frontal, parietal and temporal lobes in MS in relation to the controls, with no statistically significant difference between MS and NMO. In lesions suggestive of MS, there was a correlation between DKI and age and the EDSS Scale. There was a statistically significant difference in MS between DKI values and axonal water fraction (AWF) in relation to healthy controls, with AWF more sensitive to chronic axonal loss and degeneration and correlated with functional loss by the Kurtzke Disability Expanded Scale ( EDSS). DKI identifies neuronal lesions and the involvement of areas with apparently normal spinal cord in the cervical spine of patients with MS. In MS with unilateral or bilateral injury to the optic nerve, the increase in medium diffusion kurtosis (MK) explains the possibility of microstructural damage in the optical path regardless of fiber orientation. CONCLUSIONS: DKI was more sensitive to identify lesions or disorders of microstructural development of the brain, in the apparently normal BS of patients with MS and NMO at specific sites in the brain, via optics or medulla, and in differentiation with healthy individuals. However, there is still no evidence for differentiation between MS and NMO. We suggest new studies with DKI considering more values of B, type and time of treatment; follow-up; subgroup analysis; and study of prognostic factors by magnetic resonance.
INTRODUÇÃO: A curtose da difusão (Diffusion Kurtosis Imaging - DKI) tem sido testada em patologias do sistema nervoso central. O objetivo foi revisar a literatura sobre a utilização do DKI no diagnóstico de doenças desmielinizantes. METODOLOGIA: Foi realizado estudo de revisão sistemática na base de dados PubMed. RESULTADOS: A DKI se mostrou mais sensível para mudanças microestruturais da substância branca (SB) e cinzenta durante o desenvolvimento do sistema nervoso central do que o tensor de difusão (DTI). Houve correlação entre carga lesional e valores do DKI na SB e substância cinzenta (SC) aparentemente normal na esclerose múltipla (EM). Há diferença na curtose da SB dos lobos frontal, parietal e temporal na EM em relação aos controles, não havendo diferença estatística significante entre EM e NMO. Em lesões sugestivas de EM houve correlação da DKI com idade e a Escala EDSS. Na EM houve diferença estatisticamente significante dos valores de DKI e da fração de água axonal (AWF) em relação aos controles saudáveis, com AWF mais sensível para perda e degeneração axonal crônica e correlacionada com perda funcional pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke (EDSS). A DKI identifica as lesões neuronais e o acometimento de áreas com medula aparentemente normal na coluna cervical de pacientes com EM. Na EM com lesão unilateral ou bilateral do nervo óptico, o aumento da curtose de difusão média (MK) explica a possibilidade de danos microestruturais na via óptica independente da orientação da fibra. CONCLUSÕES: A DKI foi mais sensível para identificar lesões ou distúrbios do desenvolvimento microestruturais do cérebro, na SB aparentemente normal dos pacientes com EM e NMO em sítios específicos no encéfalo, via óptica ou medula, e na diferenciação com indivíduos saudáveis. Contudo, não há ainda evidência para diferenciação de EM e NMO. Sugerimos novos estudos com DKI considerando-se mais valores de B, tipo e tempo de tratamento; seguimento; análise de subgrupos; e estudo de fatores prognósticos por ressonância magnética.
INTRODUÇÃO: A curtose da difusão (Diffusion Kurtosis Imaging - DKI) tem sido testada em patologias do sistema nervoso central. O objetivo foi revisar a literatura sobre a utilização do DKI no diagnóstico de doenças desmielinizantes. METODOLOGIA: Foi realizado estudo de revisão sistemática na base de dados PubMed. RESULTADOS: A DKI se mostrou mais sensível para mudanças microestruturais da substância branca (SB) e cinzenta durante o desenvolvimento do sistema nervoso central do que o tensor de difusão (DTI). Houve correlação entre carga lesional e valores do DKI na SB e substância cinzenta (SC) aparentemente normal na esclerose múltipla (EM). Há diferença na curtose da SB dos lobos frontal, parietal e temporal na EM em relação aos controles, não havendo diferença estatística significante entre EM e NMO. Em lesões sugestivas de EM houve correlação da DKI com idade e a Escala EDSS. Na EM houve diferença estatisticamente significante dos valores de DKI e da fração de água axonal (AWF) em relação aos controles saudáveis, com AWF mais sensível para perda e degeneração axonal crônica e correlacionada com perda funcional pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke (EDSS). A DKI identifica as lesões neuronais e o acometimento de áreas com medula aparentemente normal na coluna cervical de pacientes com EM. Na EM com lesão unilateral ou bilateral do nervo óptico, o aumento da curtose de difusão média (MK) explica a possibilidade de danos microestruturais na via óptica independente da orientação da fibra. CONCLUSÕES: A DKI foi mais sensível para identificar lesões ou distúrbios do desenvolvimento microestruturais do cérebro, na SB aparentemente normal dos pacientes com EM e NMO em sítios específicos no encéfalo, via óptica ou medula, e na diferenciação com indivíduos saudáveis. Contudo, não há ainda evidência para diferenciação de EM e NMO. Sugerimos novos estudos com DKI considerando-se mais valores de B, tipo e tempo de tratamento; seguimento; análise de subgrupos; e estudo de fatores prognósticos por ressonância magnética.