Avaliacao de escores prognosticos e de resposta ao tratamento com acido ursodesoxicolico em pacientes com diagnostico de colangite biliar primaria

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Data
2019-12-18
Autores
Gomes, Nathalia Mota De Faria [UNIFESP]
Orientadores
Ferraz, Maria Lucia Cardoso Gomes [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
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Resumo
Introduction: Primary biliary cholangitis (PBC) is a chronic autoimmune liver disease that affects predominantly women in the postmenopausal period. Ursodeoxycholic acid (UDCA) is the election treatment that leads in those who has biochemical response to a reduction in disease progression and increased transplant-­free survival. Objective: To describe epidemiological characteristics and clinical and laboratory presentation of PBC population in a reference service, to apply the response criteria to UDCA treatment and prognostic criteria;; to apply pretreatment response score and analyze clinical and laboratory factors that are correlate with prediction of biochemical response. Material and methods: This is an observational, cross-­sectional and descriptive epidemiological study conducted at the Hepatology Outpatient Clinic of Hospital São Paulo (EPM/ Unifesp), where were included patients with PBC from July 1999 to March 2019. The data were obtained through medical records analysis and entered into a database and analyzed using the IBM SPSS program. Results: 83 individuals were included, with a proportion of 96.4% (80) women with a mean age of 53.46 years. The main presentation-­related symptom was pruritus, present in 51.8% (43) of the patients. We had positive ANA in 88% of cases with disease-­specific pattern in 55.4% (46). The AMA was positive in 86.7% (72) of the individuals. Regarding the biochemical response, 74.7% (62) answered by the Paris II criteria. Characteristics such as ascites (p = 0.01), splenomegaly (p = 0.003), signs of portal hypertension (p = 0.003) and ductopenia (p = 0.003) were related to worse biochemical response. In binary logistic regression analysis we identified age (p = 0.043) and alkaline phosphatase x UNL levels (p = 0.012) as relevant to predict response to treatment with UDCA and that provided us with the construction of a new index for predict biochemical response, the IFA index. The IFA index shows the same accuracy of the UDCA -­ Response Score with an AUROC of 0.883 and a positive correlation with rho=0.956. Conclusion: Those patients with signs of advanced liver disease require close clinical surveillance and rigorous biochemical evaluation of response. The response prediction model has shown diagnostic accuracy comparable to the UDCA -­ Response Index for estimating biochemical response at 1 year and can be used in future studies to assess the impact of combination therapies on patients with low probability of response to UDCA monotherapy.
Introdução: A colangite biliar primária (CBP) é uma doença hepática crônica autoimune que acomete de forma mais frequente mulheres no período após a menopausa. O ácido ursodesoxicólico (UDCA) é o tratamento de eleição nessa condição e naqueles que respondem ao tratamento leva a redução na progressão de doença e aumento da sobrevida livre de transplante. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas e apresentação clínico-­laboratorial da população com CBP de um serviço de referência, aplicar os critérios de resposta ao tratamento com ácido UDCA e os critério de prognósticos;; aplicar o escore de resposta pré tratamento e analisar fatores clínico laboratoriais que se correlacionem com predição de resposta bioquímica. Material e métodos: Trata-­se de um estudo observacional epidemiológico, transversal e descritivo realizado no ambulatório de Hepatologia do Hospital São Paulo (EPM/Unifesp) onde foram avaliados pacientes portadores de CBP no período de julho de 1999 a março de 2019. Os dados foram retirados através de análise de prontuários e inseridos em um banco de dados e analisados com o programa IBM SPSS. Resultados: Foram incluídos 83 indivíduos, com uma proporção de 96,4% (80) de mulheres com média de idade 53,46 anos. O principal sintoma relatado na apresentação foi prurido, presente em 51,8% (43) dos pacientes. Obtivemos FAN positivo em 88% dos indivíduos com padrão específico para doença em 55,4% (46). O AMA foi positivo em 86,7% (72) dos indivíduos. Em relação a resposta bioquímica, 74,7% (62) apresentaram resposta segundo o critério de Paris II. Características como ascite (p=0,01), esplenomegalia (p=0,003), sinais de hipertensão portal (p=0,003) e ductopenia (p=0,003) foram relacionados a pior resposta bioquímica. Em análise de regressão logística binária identificamos as variáveis idade (p=0,043) e níveis de fosfatase alcalina x LSN (p=0,012) como relevantes para predizer resposta ao tratamento o que nos proporcionou a construção de um novo índice para predizer resposta bioquímica, o índice IFA. O índice IFA apresentou acurácia semelhando ao UDCA -­ Response Score com uma AUROC de 0,883 e uma correlação positiva com rho de 0,956. Conclusão: xiv Aqueles pacientes com sinais de doença hepática avançada necessitam de melhor vigilância e avaliação rigorosa de resposta bioquímica. O modelo de predição de resposta mostrou acurácia diagnóstica comparável ao UDCA – Response Score para estimar resposta bioquímica em 1 ano e poderá ser utilizado em estudos futuros para avaliar o impacto de terapias combinadas em pacientes com baixa probabilidade de resposta a monoterapia com UDCA.
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