Hipertensão arterial autorreferida em adultos residentes em Campinas, São Paulo, Brasil: prevalência, fatores associados e práticas de controle em estudo de base populacional

Data
2018
Tipo
Artigo
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Resumo
Objectives: Evaluate the prevalence of self-reported hypertension in adults aged 20 to 59 years as well as identify associated factors, the use of health services and disease control practices according to the possession or not of a private healthcare plan. Methods: A population-based, cross-sectional study was conducted in the city of Campinas, Brazil, involving 957 adults. Results: The prevalence of self-reported hypertension was 14.1%, with greater frequencies found among women, individuals aged >= 40 years, those who declared their skin color to be black, those with less schooling, those who did not practice active leisure activities, ex-smokers, overweight or obese individuals and those who rated their own health as not being excellent/very good. No inequalities were detected between individuals with hypertension covered by a private healthcare plan or the Brazilian public healthcare system with regard to access to services, the use of disease-controlling medications and having received counseling on how to manage the disease. However, differences were found regarding the practice of physical activity and diet. Conclusion: Despite the equity disclosed in access to health care, the present findings demonstrate that an insufficient proportion of adults adopt changes in lifestyle to control hypertension, underscoring the central role of public health administrators.
O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência de hipertensão arterial autorreferida em adultos de 20-59 anos, identificar os fatores associados, o uso dos serviços de saúde e as práticas de controle da doença segundo posse ou não de plano de saúde. Estudo transversal de base populacional realizado em Campinas-SP, em que foram analisados 957 adultos. A prevalência de hipertensão arterial autorreferida foi de 14,1%, revelando-se mais elevada em mulheres, em indivíduos com ≥ 40 anos, nos que se declararam de cor preta, com menor escolaridade, nos inativos no lazer, ex-fumantes, naqueles com sobrepeso ou obesidade, nos que relataram duas ou mais doenças e que autoavaliaram a saúde como não sendo excelente/muito boa. Não foram detectadas desigualdades entre hipertensos cobertos por planos de saúde e os SUS dependentes quanto ao acesso ao serviço, uso de medicamentos para controle da doença e ser orientado sobre os cuidados com a doença, mas houve diferenças quanto a prática de atividade física e o uso de dieta. Apesar da equidade revelada quanto ao acesso à atenção à saúde, é incipiente a proporção de adultos que adota mudanças no estilo de vida para o controle da doença, reafirmando o papel central da gestão das políticas de saúde, que precisam trabalhar intersetorialmente.
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Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 23, n. 4, p. 1221-1232, 2018.
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