Em favor do conteúdo semântico das raízes
Data
2017
Tipo
Artigo
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Resumo
This paper aims at defending the presence of a conceptual semantics content in roots. Harley (2014) presents two arguments against the individualization of roots by their semantics in List 1: (i) the fact that it is difficult to find a common shared meaning in some hebrew words formed by the same root and (ii) the existence of roots like - ceive (as in deceive and receive) and gred- (in regredir and progredir), which are formally identifiable but apparently meaningless out of a morphosyntactic context. We argue that Harley's conclusions are based on wrong assumptions, since: (i) not all hebrew words are root derived: there are words derived from words in which the identification of a root from the tri-consonantal system is impossible and, (ii) in relation to bound roots, the formal identity does not guarantee that the forms share the same root, since the reanalysis option is not attempted and, besides of that, it is possible to identify a common meaning for some subparadigms. From this perspective, Harleys' examples are not arguments against the presence of semantic content in the roots of List 1.
O presente artigo tem como objetivo defender a presença de um conteúdo semântico conceitual nas raízes. São dois os argumentos presentes em Harley (2014) contra a individualização das raízes por meio da semântica na Lista 1: (i) a dificuldade de encontrar uma semântica comum em algumas palavras do hebraico formadas por uma mesma raiz e (ii) a existência de algumas raízes como, por exemplo, -ceive (de deceive e receive) e gred- (de regredir e progredir), que podem ser formalmente identificáveis, mas são aparentemente destituídas de significado fora de seu contexto morfossintático. Argumentamos que as conclusões de Harley se baseiam em pressupostos equivocados, uma vez que: (i) nem todas as palavras da língua hebraica são formadas por meio de raízes: há palavras formadas a partir de outras palavras, em que a identificação de uma raiz nos moldes do sistema tri-consonantal é impossível e, (ii) em relação às bases presas, a identidade formal não garante que se trate de fato da mesma raiz, pois a opção de reanálise não é considerada e, além disso, é possível identificar uma semântica comum para alguns subparadigmas. A partir dessa perspectiva, os exemplos de Harley deixam de servir como argumentos contra a presença de conteúdo semântico nas raízes na Lista 1.
O presente artigo tem como objetivo defender a presença de um conteúdo semântico conceitual nas raízes. São dois os argumentos presentes em Harley (2014) contra a individualização das raízes por meio da semântica na Lista 1: (i) a dificuldade de encontrar uma semântica comum em algumas palavras do hebraico formadas por uma mesma raiz e (ii) a existência de algumas raízes como, por exemplo, -ceive (de deceive e receive) e gred- (de regredir e progredir), que podem ser formalmente identificáveis, mas são aparentemente destituídas de significado fora de seu contexto morfossintático. Argumentamos que as conclusões de Harley se baseiam em pressupostos equivocados, uma vez que: (i) nem todas as palavras da língua hebraica são formadas por meio de raízes: há palavras formadas a partir de outras palavras, em que a identificação de uma raiz nos moldes do sistema tri-consonantal é impossível e, (ii) em relação às bases presas, a identidade formal não garante que se trate de fato da mesma raiz, pois a opção de reanálise não é considerada e, além disso, é possível identificar uma semântica comum para alguns subparadigmas. A partir dessa perspectiva, os exemplos de Harley deixam de servir como argumentos contra a presença de conteúdo semântico nas raízes na Lista 1.
Descrição
Citação
Revista Letras. Parana, v. 96, p. 152-173, 2017.