Agentes Antiplaquetários Para O Tratamento Da Trombose Venosa Profunda: Revisão Sistemática Cochrane

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2017-12-20
Autores
Flumignan, Carolina Dutra Queiroz [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Jose Carlos Costa Baptista Da [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Antiplatelet agents (AA) may be useful in improving the treatment of deep vein thrombosis (DVT) along with best medical practice (BMP), which includes anticoagulation, graduated compression stockings and clinical care. These can minimize complications such as post-thrombotic syndrome (PTS) and pulmonary embolism (PE) and decrease recurrence of the disease, although this may increase the chance of bleeding events. There is potential in changing the morbidity and mortality related to DVT, PE and PTS with its use. Objectives: To evaluate the effects of AA in addition to the current BMP, compared to the effects of BMP (with or without placebo) for treatment of DVT through a systematic Cochrane review. Method: The search was carried out in a systematic way, according to the one recommended by Cochrane. All search was done to condense randomized controlled trials (RCTs) that evaluated the use of some type of AA as the only difference between groups in addition to BMP for DVT, with or without placebo. Results: Five studies with 1,042 participants were included. The results were presented for 24 months of follow-up. Of the four pre-specified comparisons, only one (AA with BMP vs. BMP plus placebo) for acute-phase DVT had no RCTs found. High quality evidence suggests that the use of AA for the treatment of chronic phase DVT after discontinuation of standard initial treatment with anticoagulants reduces the risk of recurrent VTE from 3 to 24 months of follow-up (relative risk RR 0.52 , Confidence interval 95% CI 0.31 to 0.87, three studies, 318 participants, P = 0.01, I2 = 37%). There was no significant difference between the groups regarding mortality up to 3 months of follow-up, with evidence of moderate quality (RR 0.33, 95% CI 0.01 to 7.55, two studies, 66 participants, P = 0.49, I2 not applicable) or in incidence of adverse events at 18 months of followup, with evidence of moderate quality (RR 7, 95% CI 0.39 to 126.92, one study, 38 participants, P = 0.19, I2 not applicable). Low quality evidence based on only one ECR (224 participants), wich evaluated AA in chronic DVT without placebo control, suggest a reduction in the risk of recurrent VTE with no additional risks, such as increased bleeding, mortality, and any adverse events. In the acute phase of DVT, we found a study that presented a lower risk of post-thrombotic syndrome in the use of AA (RR 0.74, 95% CI 0.61 to 0.91, P = 0.003, I2 = 50%) , with a higher risk of adverse events (RR 2.88, 95% CI 1.06 to 7.80, P = 0.04, I2 = 0%), with very low quality evidence. Conclusions: With the evidence found, the use of AA in chronic phase DVT seems to have a balance between its benefits and its damages, being able to be incorporated into BMP for these patients.
Introdução: Os agentes antiplaquetários (AA) podem ser úteis para melhorar o tratamento da trombose venosa profunda (TVP) juntamente com a melhor prática médica (MPM), que inclui anticoagulação, meias de compressão elástica graduada e cuidados clínicos. Os AA poderiam minimizar complicações como síndrome pós-trombótica (SPT) e embolia pulmonar (EP) e diminuir a recorrência da doença, embora isso possa aumentar a chance de eventos hemorrágicos. Há também um potencial em alterar a morbidade e a mortalidade relacionadas à TVP, EP e SPT com o seu uso. No entanto, as evidências de maior qualidade disponíveis ainda são conflitantes. Objetivos: Avaliar os efeitos dos AA em adição à MPM atual, comparado com os efeitos da MPM (com ou sem placebo) para tratamento da TVP através de uma revisão sistemática Cochrane. Método: Foi realizada a busca de maneira sistemática, de acordo com o método Cochrane e com finalidade de se condensar todos os ensaios clínicos randomizados (ECR) que avaliaram o uso de algum tipo de AA como única diferença entre os grupos em adição à MPM para TVP, com ou sem uso de placebo. Resultados: Foram incluídos cinco estudos com 1.042 participantes e os resultados foram apresentados por 24 meses de acompanhamento. Das quatro comparações préespecificadas, apenas uma (AA com uso da MPM versus MPM mais placebo) para TVP em fase aguda não teve ECRs incluídos. Evidências de qualidade moderada sugerem que o uso de AA para o tratamento da TVP em fase crônica, após a interrupção do tratamento inicial padrão com anticoagulantes, reduz o risco de tromboembolismo venoso (TEV) recorrente de 3 a 24 meses de seguimento [risco relativo (RR) 0,52; intervalo de confiança (IC) 95% de 0,31 a 0,87; três estudos; 318 participantes; P = 0,01; I2 = 37%]. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação à mortalidade até 3 meses de seguimento, com evidência de qualidade moderada (RR 0,33; IC 95% de 0,01 a 7,55; dois estudos; 66 participantes; P = 0,49; I2 não aplicável) nem em incidência de eventos adversos aos 18 meses de seguimento, com evidência de qualidade moderada (RR 7; IC 95% de 0,39 a 126,92; um estudo; 38 participantes; P = 0,19; I2 não aplicável). Evidências de baixa qualidade baseadas em apenas um ECR (224 participantes), que avaliou AA em TVP em fase crônica sem controle de placebo, sugerem uma redução no risco de TEV recorrente sem riscos adicionais, como sangramento maior, mortalidade e qualquer eventos adversos. Na TVP em fase aguda, encontrou-se um estudo que apresentou menor risco de síndrome pós-trombótica no uso do AA (RR 0,74; IC 95% de 0,61 a 0,91; P = 0,003; I2= 50%), com maior risco de eventos adversos (RR 2,88; IC 95% de 1,06 a 7,80; P = 0,04; I2= 0%), com evidências de qualidade muito baixa. Conclusões: Evidências de qualidade moderada favorecem o uso de AA para o tratamento da TVP em adição à MPM em fase crônica, e são baseadas no aparente equilíbrio entre os benefícios e os danos dessa intervenção.
Descrição
Citação