Avaliação da composição corporal e do consumo alimentar em mulheres com síndrome de turner

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Data
2014-11-30
Autores
Torralbo, Daniela Fernandes [UNIFESP]
Orientadores
Lipay, Monica Vannucci Nunes Lipay [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Objetivo: Avaliar a composição corporal de mulheres com síndrome de Turner (ST) por meio de antropometria, impedanciometria e absortometria radiológica de dupla energia e avaliar a correlação entre os indicadores, e descrever o consumo alimentar destas mulheres. Métodos: Foram avaliadas 33 pacientes com ST (19 a 47 anos) com coleta de dados clínicos (idade, cariótipo, doenças associadas, uso de GH e terapia de reposição hormonal), bioquímicos (glicemia, perfil lipídico), antropométricos (peso, altura, circunferências da cintura e quadril, dobras cutâneas), de composição corporal (por meio da absortometria radiológica de dupla energia - DXA - e bioimpedância - BIA, utilizando equação de Guedes et col.) e do consumo alimentar (Questionário de Frequência Alimentar e Registro Alimentar). Foram calculados o Índice de Massa Corporal (IMC), o Índice de Adiposidade Corporal (IAC), a relação cintura/estatura (RC/Est), e o percentual de gordura (%G) por meio das equações de Jackson et col (JPW) e Durnin e Womersley (DW). Resultados: Não foram observadas alterações consistentes na glicemia e no perfil lipídico das pacientes avaliadas. Em média, o IMC foi de 25,2Kg/m²±5,1 (9,1% baixo peso, 42,4% eutrofia, 27,3% sobrepeso e 21,2% obesidade), o IAC: 35,1%±5,1, a RC/Est: 0,56±0,10. O %G estimado pela equação de JPW foi de 26,6%±7,0, e pela DW foi 31,4%±5,4. A média da massa magra estimada pela DXA e BIA foi 33,5Kg±5,8 e 35,2Kg±5,7, respectivamente. A massa gorda pela DXA foi 20,41Kg±8.05, e média de 36,7%±6,1 para o %G total. O método BIA apresentou boa concordância e alta homogeneidade com a DXA em estimar a massa magra (correlação de Pearson r=0,95; Índice de Correlação Intraclasse ICC=0,83), porém superestimou os resultados em relação a esse parâmetro (viés=1.73Kg; p<0,001). O IMC apresentou maior correlação com a massa gorda total (r=0,92), estimada pela DXA, seguido pela equação de JPW (r=0,91). A circunferência da cintura e a equação de DW foram os índices de maior correlação com a massa gorda do tronco (r=0,93 e r=0,91, respectivamente). O IAC foi o índice de menor correlação com a gordura corporal total (r=0,81) e do tronco (r=0,76). Quanto ao consumo alimentar, os grupos que tiveram maior frequência de consumo (em cinco ou mais dias da semana), foram cereais (100%), leguminosas (90,3%) e carnes (75%), seguidos de leite (48,5%); as frutas e hortaliças tiveram o menor percentual, de 24,2% e 30,3%, respectivamente. Os derivados de leite e o café são frequentemente consumidos duas vezes na semana (45,5%) e o café cinco ou mais dias da semana (72,7%). O grupo dos doces e açúcares, incluindo refrigerantes e suco artificial, apresentou 48,5% de frequência de consumo para cinco ou mais dias da semana. O consumo de ovos, oleaginosas e azeite mostrou se reduzido, e as frituras tiveram maior frequência de consumo de uma a duas vezes por semana (33,3%). A média do Valor Energético Total (VET) da dieta, estimado a partir dos registros alimentares, foi 1760,4 kcal/dia (±449,5), sendo 52,3% carboidratos, 31,5% lipídeos e 16,2% proteínas. A contribuição dos lipídeos e proteínas no VET foi alta em 44,83% e 55,2%, respectivamente. O consumo diário de fibras alimentares ficou abaixo do recomendado (12,2g±3,8). Conclusões: A equação de Guedes et col., por meio da bioimpedância, apresentou boa concordância com a DXA em estimar massa magra; o IMC foi o de maior correlação com a gordura corporal total, seguido pela equação de JPW e circunferência da cintura. Observou-se alto percentual de excesso de peso e a adoção de hábitos alimentares inadequados, caracterizados pelo baixo consumo de frutas e hortaliças, associados à elevada contribuição de lipídeos e proteínas no valor energético total da dieta.
Descrição
Citação
TORRALBO, Daniela Fernandes. Avaliação da composição corporal e do consumo alimentar em mulheres com síndrome de turner. 2014. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.