Síntese de novos copolímeros de estireno e divinilbenzeno contendo diferentes grupamentos fenilmetilamínicos: aplicação como suporte sólido para a síntese de peptídeos

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Data
2014-03-26
Autores
Souza, Sinval Estevam Gregorio de [UNIFESP]
Orientadores
Nakaie, Clovis Ryuichi Nakaie [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
o objetivo principal desta dissertação envolveu a síntese química inédita de três tipos de copolímeros de estireno-divinilbenzeno (DVB) funcionalizados com diferentes tipos de grupamentos fenilmetilamínicos para possível uso como resinas alternativas principalmente na metodologia da síntese peptídica em fase sólida (SPFS). O grupamento fenilmetilamínico inserido n~ estrutura do DVB e onde se inicia o crescimento da cadeia peptídica, tem sido até o momento, derivado apenas com hidrogênio ou metila na posição para de seu anel aromático, obtendo-se as benzidrilbenzilamina-resina (BAR) e metilbenzidrilamino-resina (MBAR), respectivamente. Ambas são diferentes no quesito labilidade ao tratamento ácido, tanto para hidrólise de aminoacil-resinas quanto para a c1ivagem final das cadeias peptídicas da resina após a síntese, em função deste detalhe estrutural. Por conter o grupo doador eletrônico metila, as ligações de aminoácidos ou peptídeos na MBAR são bem mais lábeis e portanto, mais fáceis de serem rompidas que na BAR, tomando-se até o momento, a de escolha para uso na obtenção de peptídeos com terminações ucarboxamidas no método da síntese de peptídeos em fase sólida (SPFS). Como no entanto, a labilidade da ligação aminoacil- ou peptidil-MBAR ainda não é a ideal porque comprovamos anteriormente que a c1ivagem não é integral no tempo de reação proposto na literatura, procuramos desenvolver copolímeros aminados alternativos nas quais o grupo metila foi substituído pelo grupo tert-butila (t-But-BAR), mais volumoso e hidrofóbico, gerando o que denominamos BUBAR. Por conter aparentemente um grupo também doador eletrônico como na MBAR (metila), o presente estudo comparou a estabilidade desta nova resina em termos de eficiência da remoção, tanto de cadeias peptídicas (em HF anidro, a O°C) quanto apenas de simples aminoácidos (Phe ou Gly) em HCI 12 mol.L": ácido propiônico (1:1), a 130°C para posterior análise de aminoácidos. Para o estudo do primeiro caso (clivagem peptídica), escolhemos o peptídeo hipertensor angiotensina II (DRVYIHPF, AngII) e o seu análogo Gly8-AngII como modelos. Mesmo com esta diferença estrutural, os dados obtidos indicaram, no geral, uma labilidade equivalente entre a BUBAR e a MBAR, embora tivéssemos detectado rendimento de síntese melhor na primeira em um dos peptídeos, além de indícios de solvatação também mais otimizados por RPE. Em contraposição a esta estratégia, desenvolvemos complementarmente a síntese de copolímeros fenilmetilaminados mas agora contendo grupamentos receptores eletrônicos. O objetivo foi o de checar realmente se o efeito oposto em termos de eletroficilicidade do átomo de carbono onde se liga o grupamento amínico afetava a labilidade na ligação amídica formada com peptídeos ou aminoácidos isolados. Os escolhidos para este estudo foram os com um (posição para) ou dois (posições para e orto) átomos de cloro no anel benzênico da fenilmetilamina que foram denominados ClBAR ou diClBAR, respectivamente. Como se esperava, diferentemente da BUBAR ou MBAR, estas resinas cloradas apresentaram exagerada estabilidade da ligação aminoacil- ou peptidil-resina em meio ácido (maior na diClBAR que na ClBAR), não sendo portanto muito apropriados para o uso em SPFS pois tempos de clivagem em HF igualou acima de 25 horas foram necessários para a remoção total, por exemplo, das cadeias da AngII destas resinas. E no caso de aminoacil-resinas, necessitaram-se de tempos maiores do que 120 h no caso das duas resinas cloradas. Deste modo, em termos de estabilidade comparativa entre as resinas, considerando-se as duas etapas ácidas.
Descrição
Citação
SOUZA, Sinval Estevam Gregorio de. Síntese de novos copolímeros de estireno e divinilbenzeno contendo diferentes grupamentos fenilmetilamínicos: aplicação como suporte sólido para a síntese de peptídeos. 2014. 98 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.