Biomonitoramento citogenético em células da mucosa bucal em mulheres diagnosticadas com câncer de mama e submetidas a quimioterapia após mastectomia

No Thumbnail Available
Date
2016-02-12
Authors
Souza, Ana Carolina Flygare [UNIFESP]
relationships.isAdvisorOf
Ribeiro, Daniel Araki [UNIFESP]
item.page.type-of
Dissertação de mestrado
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Abstract
Breast Cancer (CA) is the second most common neoplasm in the population around the world and it is very common in women, second only to skin cancer nonmelanoma. In Brazil, it is the leading cause of death in women between 40 and 69 years old. In addition to surgery, one of the most current therapies for CA is chemotherapy. Despite the increasing advances in the protocols for chemotherapy, there are still some remaining risks, closely related to further genetic damage in eukaryotic cells. Thus, the aim of this study was to evaluate possible cytotoxic and mutagenic effects caused by chemotherapy in women undergoing mastectomy for treatment of breast cancer.This study was cross-sectional and consisted of 42 women participants aged from 18 to 70 years old, allocated according to the diagnosis and stage of therapy for CA: control group (healthy) (n=15) , chemotherapy group (n=11) and post-chemotherapy group (n=16). Cytotoxicity and mutagenicity were evaluated by micronucleus test in buccal mucosa cells. Statistically significant increases (p<0.05) in the frequency of micronuclei were detected in the chemotherapy groups and post-chemotherapy compared to matched controls. The group undergoing chemotherapy there was also a statistically significant increase (p<0.05) in the frequency of karyorrhexis when compared to control or post-chemotherapy groups. In summary, chemotherapy induced mutagenicity and citotoxicity in oral mucosa cells, being the mutagenicity persistent, even after ending the CA therapy. However, it can be considered that women with breast CA undergoing chemotherapy comprising a risk group for the development of a second tumor.
O câncer (CA) da mama é o segundo tipo mais comum na população mundial e o mais frequente no sexo feminino, ficando apenas atrás do câncer de pele não melanoma. No Brasil, é a principal causa de morte por câncer em mulheres entre 40 e 69 anos de idade. Além da cirurgia, um dos tratamentos mais utilizados para o CA da mama é a quimioterapia. Apesar dos avanços promissores da quimioterapia, ainda existem alguns riscos, tais como adicionais danos ao material genético às células eucarióticas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar possíveis efeitos citotóxicos e mutagênicos causados pela quimioterapia em mulheres submetidas a mastectomia para tratamento do câncer de mama. Este estudo, transversal, consistiu de 42 mulheres com idade entre 18 e 70 anos, alocadas de acordo com o diagnóstico e estágio do tratamento para CA de mama: grupo controle (saudável) (n=15), grupo quimioterapia (n=11) e grupo pós-quimioterapia (n = 16). Para avaliar a citotoxicidade e mutagenicidade foi realizado o teste de micronúcleo no esfregaço da mucosa bucal. Aumentos estatisticamente significativos (p<0,05) na frequência de micronúcleos foram detectados nos grupos de quimioterapia e pós-quimioterapia, em comparação ao controle. No grupo submetido à quimioterapia, também houve um aumento estatisticamente significativo (p<0,05) na freqüência de cariorrexe, em comparação com os grupos controle e pós-quimioterapia. Em suma, a quimioterapia induziu mutagenicidade e citotoxicidade em células da mucosa bucal, e a mutagenicidade foi persistente mesmo após o término do tratamento para CA. Entretanto, pode-se considerar que mulheres com CA de mama, submetidas à quimioterapia compõem um grupo de risco para o desenvolvimento de um segundo tumor.
Description
Citation
SOUZA, Ana Carolina Flygare. Biomonitoramento citogenético em células da mucosa bucal em mulheres diagnosticadas com câncer de mama e submetidas a quimioterapia após mastectomia. 2016. 39 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2016.