Efetividade de interferon peguilado e ribavirina para tratamento da hepatite c cronica em pacientes infectados pelo HIV no Brasil

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Data
2013
Autores
Ferreira, Paulo Roberto Abrão [UNIFESP]
Orientadores
Mendes-Correa, Maria Cassia [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introdução: Atualmente, no Brasil, o tratamento para a hepatite C cronica, em pacientes coinfectados pelo virus da imunodefiCiência humana (HIV), se faz com interferon peguilado (IFN-Peg) e ribavirina (RBV). No entanto, sao poucos os estudos que avaliaram a efetividade desse tratamento, nesse grupo de pacientes. A identificacao destes fatores, na ovida-realo, pode ajudar ao clinico a avaliar de forma mais acurada a probabilidade de se atingir resposta virologica sustentada (RVS) e assim tomar decisoes mais corretas sobre o tratamento, particularmente, na era dos antivirais diretamente ativos (DAA) contra o virus da hepatite C (HCV). Objetivos: O objetivo principal do nosso trabalho foi avaliar a RVS, em contexto de ovida realo. Os objetivos secundarios foram: 1- Avaliar os fatores previsores de reposta sustentada no pre-tratamento e durante o tratamento; 2-Avaliar as causas de interrupcao de tratamento. Metodos: A partir de uma coorte de pacientes, coinfectados HCV-HIV, acompanhados em doze unidades de servico publico no Brasil, analisamos retrospectivamente individuos tratados com interferon peguilado (IFN-Peg) e ribavirina (RBV), no Brasil. Resultados: Dentre os 382 individuos analisados, 118 apresentaram RVS pelo tratamento [Prevalencia: 30,9% (IC95%: 26,3 u 35,8)], sendo 25,9% (75/289) nos genotipos 1-4 e 48,2% (41/85) nos genotipos 2 e 3. Os previsores independentes positivos para RVS apos o tratamento da hepatite C cronica, com IFN-Peg e RBV foram: presenca de genotipos 2-3, carga viral baixa do HCV ao inicio do tratamento, alaninoaminotransferase (ALT) elevada ao inicio do tratamento, ausencia de historia previa de doenca definidora de sindrome de imunodefiCiência humana adquirida (aids) e utilizacao de IFN-Peg alfa 2a. Observamos descontinuacao do tratamento em 25,6% (98/382) dos pacientes, sendo 11,3% (43/382) por eventos adversos, 7,8% (30/382) por falha virologica e 6,5% (43/382) por abandono. Os principais eventos adversos observados foram as citopenias e disturbios psiquiatricos. Conclusoes: No Brasil, em nossa casuistica, a taxa de RVS, na ovida realo, se assemelhou aquela observada em outros estudos. Estiveram associados a RVS: a presenca de genotipos 2-3, baixa carga viral e ALT elevada ao inicio do tratamento, ausencia de doenca definidora de aids e a utilizacao do IFN-Peg 2a. Em nossa casuistica, citopenias e disturbios psiquiatricos estiveram fortemente associados a interrupcao de tratamento.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 109 p.