Participacao da quinase GCN2 no processo de remissao da encefalomielite autoimune experimental(EAE) em camundongos

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Data
2012
Autores
Orsini, Heloisa de Souza [UNIFESP]
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Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
A desmielinizacao do sistema nervoso central (SNC) e uma condicao observada em algumas importantes doencas humanas, tais como a esclerose multipla (EM). A maioria dos estudos acerca desta doenca provem de modelos animais como o da encefalomielite autoimune experimental (EAE). Diversas evidencias sugerem que infiltracoes de linfocitos Th1 e Th17 sao importantes para o desencadeamento das lesoes no tecido nervoso. No entanto, muitos dos aspectos envolvidos na patogenia do processo sao ainda pouco compreendidos. Estudos recentes demonstraram que a inducao quimica da resposta de carencia de aminoacidos suprimia a atividade inflamatoria no SNC; entretanto, os mecanismos exatos envolvidos neste processo ainda nao sao conhecidos. Alem disso, ainda nao e possivel determinar se a resposta de carencia de aminoacidos poderia estar fisiologicamente envolvida na modulacao da inflamacao do SNC durante a EAE. Este estudo verificou a participacao da quinase GCN2 (general control nonrepressed 2), reguladora-chave da resposta de carencia de aminoacidos, no curso da EAE. Por meio da imunizacao de camundongos C57BL/6 wild-type (WT) e GCN2-KO (deficientes para a proteina GCN2) com peptideos derivados da proteina mielinica associada ao oligodendrocito (MOG 35-55), foi observado que animais GCN2-KO demonstraram maiores niveis de scores clinicos e de infiltracoes inflamatorias, compostas por celulas efetoras Th1 e Th17, no SNC, especialmente na fase de remissao da doenca. Tais animais tambem apresentaram menores niveis de expressao de celulas Treg em comparacao aos animais WT. Altos niveis de IDO (indoleamina 2,3-dioxigenase) e de celulas dendriticas plasmocitoides (pDCs) foram encontrados no pico da doenca no SNC de animais WT. Alem disso, as pDCs provenientes de animais WT foram aptas a induzir maiores niveis de diferenciacao de celulas Treg a partir de linfocitos T CD4+ naive provenientes de animais WT. Em conjunto, os resultados obtidos indicam que na fase de remissao da EAE, enquanto animais WT apresentam um perfil mais anti-inflamatorio de resposta, os GCN2-KO apresentam uma prevalencia de respostas mediadas por celulas Th1 e Th17, de forma associada a sintomas mais graves. E possivel sugerir que a presenca de GCN2, frente a ativacao da resposta de carencia de aminoacidos, contribui para a fase de remissao da EAE, suprimindo a inflamacao do SNC e promovendo a diferenciacao de celulas Treg
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2012. 97 p.
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