Valores de paratormônio obtidos com ensaios imunométricos dependem da especificidade do anticorpo amino terminal empregado

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Data
2004-08-01
Autores
Vieira, Jose Gilberto Henriques [UNIFESP]
Nishida, Sonia Kiyomi [UNIFESP]
Camargo, Maria Tereza
Obara, Leda H.
Kunii, Ilda Sizue [UNIFESP]
Ohe, Monique Nakayama [UNIFESP]
Hauache, Omar Magid [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
Introduction of 2nd generation immunometric assays for the measurement of serum parathyroid hormone (PTH), turned them more available, simple and rapid. These methods, based on double identification of the PTH molecule, supposedly measure the intact, bioactive molecule, with the sequence 1-84. Recent works showed that they also measure forms with amino-terminal deletions, like the 7-84 form, which are not able to activate the traditional PTH receptor (PTH1R). Thus, an important practical aspect is the definition of the PTH forms measured by the immunometric assays, a fact that depends on the specificity of the antibodies employed. In this report we compare the results obtained with an in-house immunofluorometric assay that presents a cross-reactivity of 50% with the 7-84 PTH sequence, and two commercial 2nd generation assays, that react 100%. In a first study, 135 samples were measured using our assay and an electrochemiluminescent assay, resulting in a correlation coefficient of 0.961 (P<0.0001) and medians of 35.0 and 51.0ng/L (P<0.0001). In a second study, 252 samples were analyzed using our assay and an immunochemiluminometric assay, resulting in a correlation of 0.883 (P<0.0001) and medians of 36.0 and 45.5ng/L (P<0.0001). In both studies results obtained with the in-house assay were significantly lower, as expected by the specificity of the anti-amino-terminal antibody employed. Our data support the need of a precise description of the specificity of the amino-terminal antibodies employed in 2nd generation PTH assays in order to better compare results and define normal ranges.
A introdução de ensaios imunométricos (EIM) de 2ª geração, tornaram a medida de paratormônio (PTH) sérico mais disponível, simples e rápida, aumentando sua utilização. Esses métodos, baseados em dupla identificação da molécula de PTH, mediriam supostamente a molécula intacta, bioativa, de seqüência 1-84. Recentes trabalhos mostraram que eles também medem formas com deleções amino-terminais, como a forma 7-84, que não ativam o receptor tradicional de PTH (PTH1R). Em função disto, um aspecto prático importante é a definição das formas de PTH medidas pelos EIM, sendo que estas dependem da especificidade dos anticorpos empregados. Neste trabalho, comparamos um ensaio imunofluorométrico por nós desenvolvido, que apresenta reatividade cruzada de 50% com a seqüência 7-84 do PTH, com dois ensaios comerciais de 2ª geração, que reagem 100%. Numa 1ª. comparação, 135 amostras de soro foram dosadas com o nosso ensaio e com um ensaio eletroquimioluminescente, obtendo-se uma correlação de 0,961 (P<0,0001) e medianas de 35,0 e 51,0ng/L (P<0,001). Numa 2ª. comparação, 252 amostras foram dosadas com nosso ensaio e com um ensaio imunoquimioluminométrico, obtendo-se uma correlação de 0,883 (P<0,0001) e medianas de 36,0 e 45,5ng/L (P<0,0001). Em ambos os casos, os dados obtidos com nosso ensaio foram significativamente mais baixos, dados condizentes com a especificidade do anticorpo amino-terminal empregado. Nossos dados reiteram a necessidade de descrição precisa da especificidade dos anticorpos amino-terminais empregados em ensaios de PTH de 2ª geração, de maneira a melhor comparar resultados e definir faixas de normalidade.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 48, n. 4, p. 518-524, 2004.
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