Síndrome metabólica no diabetes melito tipo 1

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Data
2006
Autores
Dib, Sergio Atala [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Tese de livre-docência
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Resumo
Introdução: a mortalidade e morbidade da Doença Cardiovascular (DCV) estão aumentadas 2 a 4 vezes nos indivíduos com Diabetes Melito do Tip01 (DM1). A Síndrome Metabólica (SM) é uma das bases para o desenvolvimento da DCV. De modo que, estudos explorando a SM no DM1 são necessários. Objetivo: avaliar a prevalência da SM em um grupo de DM1 brasileiros e detectar os fatores associados á sua presença. Pacientes e Métodos: em um estudo de corte multicêntrico (Faculdades de Medicina de São Jose do Rio Preto / Universidade Estadual do Rio de Janeiro / Universidade Federal de São Paulo) foram avaliados 520 DM1 (52 por cento do sexo feminino, mediana (Mi) de idade 18 anos, duração do diabetes igual a 6 anos (Mi). A SM foi caracterizada pelos critérios da International Diabetes Federation (I DF), do National Cholesterol Educational program (NCEP) Adult Treatment Panel III (ATPIII) e Organização Mundial de Saúde (OMS). Como também por um critério, um denominado de Síndrome Metabólica do Jovem (SMJ), que consiste de diabetes mais dois dos seguintes fatores IMC e Pressão Arterial percentil 90 de acordo com a idade, sexo e altura, Triglicérides = 100 mg/dL para menores de 10 anos ou = 130 mg/dL para maiores de 10 anos, HDL-colesterol :s; 40 mg/dL para menores de 10 anos e = 35 mg/dL para maiores de 10 anos. As prevalências de SM foram avaliadas no grupo total e com relação a idade, sexo, tempo de diagnóstico do diabetes (TDDM), valor da HbA1c (VN: 3,6 - 6,8 por cento) e presença de microalbuminuria (MA) (=20 µg/minuto). Resultados: As prevalências de SM foram: 19,0 por cento (SMJ); 18,1 por cento (I DF); 14,1 por cento (OMS) e 12,5 por cento (ATPIII). As prevalências da SM pelos critérios da SMJ e da IDF foram semelhantes entre si e diferentes (p = 0,00) das encontradas nos outros dois (OMS e ATPIII). Os coeficientes de Cohen Kappa entre a SMJ e a IDF, OMS e ATPIII foram respectivamente de 0,46 (IC: 95 por cento; 0,32 ¬0,60), 0,40 (IC: 95 por cento; 0,29 - 0,51) e 0,46 (IC: 95 por cento; 0,31 - 0,61). A prevalência da SMJ (36 por cento) foi maior nos DM1 com mais de 19 anos de idade (p = 0,000). Houve maior prevalência de SM no sexo feminino pelos critérios da IDF (25 vs 10,2 por cento; p = 0,001); ATPIII (17,8 vs 6,6 por cento; p = 0,004) e SMJ (32,4 vs 20,0 por cento; P = 0,002). Nos critérios da OMS (28,4 por cento; P = 0,000) e da SMJ (43,7 por cento; P = 0,000) a prevalência de SM foi maior nos DM1 com> 12 anos de TDDM em relação aos com :s; 2anos. Os pacientes com TDDM > 12 anos apresentam um Odds ratio (OR) de 8,64 (IC: 4,56 - 16,35; P = 0,000) em relação aos com :s; 2 anos de TDDM para SMJ. Também nos critérios da OMS (26,2 por cento; P = 0,000) e da SMJ (41,9 por cento; P = 0,000) a presença da SM foi maior no ultimo quartil da HbA1c (> 10,4 por cento). Neste quartil o OR para SMJ foi de 6,42 (IC: 95 por cento ; 3,54 - 11,65; P = 0,000) em relação ao primeiro (= 7,3 por cento) de HbA1c. Pelos critérios da IDF (52,2 vs 36,7 por cento; p = 0,003) e da SMJ (58,9 vs. 36,4 por cento; P = 0,000) a prevalência de SM foi maior nos DM1 com MA. Conclusão: a síndrome metabólica pode ser freqüentemente encontrada em DM1 brasileiros e a sua prevalência é maior no sexo feminino e aumenta com a idade cronológica, tempo de diagnóstico do DM1, pior controle da glicemia e com a presença de microalbuminuria#4#Resistência à Insulina#Síndrome
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2006. Tese112 - Memorial227 p.