PPG - Ensino de Ciências e Matemática

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    Tecnologias digitais no ensino de química: potencialidades e dificuldades em contexto pandêmico (Covid-19)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-29) Silva, Érica Regina [UNIFESP]; Rosalen, Marilena Aparecida de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4999365849570415; https://lattes.cnpq.br/0159851176823277
    Em 2020, as aulas presenciais foram suspensas e os professores e as instituições escolares tiveram que se adaptar às aulas remotas emergenciais devido a pandemia de SARS-CoV2 (COVID-19), por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Esta pesquisa se propôs a analisar e compreender como foi a apropriação de TICs, principalmente em relação às tecnologias digitais, por professores de química do Ensino Médio, como ferramenta pedagógica a partir de uma abordagem comparativa do ensino antes da pandemia, durante o ensino remoto emergencial e após o retorno das aulas presenciais no processo educativo. Esse método comparativo também nos ajudou a compreender de forma mais aprofundada os problemas enfrentados pelos docentes, em escolas públicas e particulares, nos âmbitos sociais, estruturais e até emocionais e quais foram as estratégias adotadas pelos professores para minimizar os impactos na educação. Para isso, este estudo contou com duas etapas. Na primeira etapa, foi aplicado um questionário por meio do Google Forms para 47 professores de química do ensino médio de vários estados brasileiros, sendo que 3 professores aceitaram participar da segunda etapa da pesquisa. A segunda etapa, por sua vez, consistiu na realização de uma entrevista semi-estruturada para coleta de depoimentos conforme os objetivos da pesquisa. A partir dessas etapas, temos que: em geral, os docentes já haviam utilizado as TICs no processo educativo antes da pandemia, porém, devido à falta de estrutura em algumas escolas ou pela dificuldade que o docente enfrentava em utilizar algum tipo de TIC, o uso de tecnologias ocorria com menos frequência do que o desejado. No entanto, os resultados nos mostram que mesmo já tendo determinada experiência com uso de TICs, ter que se adaptar ao universo de aulas remotas emergenciais foi um desafio para esses professores. Mesmo assim, os docentes se mostraram empenhados em buscar por novas TICs desenvolvidas para o ensino de química e de ciências, além disso, fizeram novas descobertas que mudaram sua prática pós pandemia levando-os a aumentar a frequência de uso das TICs em sala de aula, bem como a variedade de ferramentas. O uso de TICs, no ensino de química, foi usado pelos professores, principalmente, para ajudar no entendimento de conceitos abstratos ou na demonstração de experimentos.
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    Explorando a energia nuclear no Ensino Médio: um mapeamento de pesquisas
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-23) Caetano, Eduardo Ferreira [UNIFESP]; Pommer, Wagner Marcelo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4262149292744127; http://lattes.cnpq.br/0336450184606642
    O objetivo deste trabalho foi realizar um mapeamento do tema da Energia Nuclear em teses e dissertações acadêmicas brasileiras de 2011 a 2021, envolvendo a Física Nuclear no Ensino Médio. Realizou-se uma fundamentação pedagógica e científica para situar o tema da Energia Nuclear no âmbito da proposta curricular do Ensino Médio. Para a abordagem metodológica, utilizou-se o Estado da Arte, escolhendo-se, dentre 22 pesquisas (1 tese e 21 dissertações) do banco MNPEF (2023) e CAPES (2023). O ato de mapear as documentações tem obtido espaço no meio acadêmico, argumento que nesta pesquisa foi utilizado para identificar e analisar algumas articulações entre a temática da Energia Nuclear e as possibilidades de adaptação para o ensino na Educação Básica. Como resultados da pesquisa, identificou-se que a região Sudeste possui a maior concentração de trabalhos, com 64% da produção. Outro elemento de destaque foi que 82% das produções tiveram o foco científico na área da Física. Foi constatado que o sujeito de pesquisa mais recorrente são estudantes do Ensino Médio, representando 82%, e o objeto de pesquisa mais frequente foi a sequência didática, com abrangência de 91%. As principais abordagens teóricas dos estudos foram Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), com 36%, seguido da aprendizagem significativa, com 18%. A compilação das principais contribuições sobre o conteúdo, métodos e o porquê do ensino de Física Nuclear na Educação Básica evidenciou que, no geral, na categoria ‘o que ensinar’, os resultados mais frequentes apontam para os tópicos de radiação (68%), aplicações da energia nuclear e radiação (55%), benefícios e riscos associados (50%) e acidentes nucleares (45%). Na categoria ‘como ensinar’, despontam as estratégias do uso de vídeos (73%), levantamento dos conhecimentos prévios (63%), exposição oral dos alunos (50%) e o uso de textos (50%). Por fim, na categoria ‘o porquê ensinar’, fornecem uma série de razões e justificativas, mas pode-se resumir a tornar cidadãos mais críticos e conscientes em um mundo cada vez mais moldado pela ciência e pela tecnologia. Verificou-se a ausência de pesquisas que utilizaram a transposição didática de Chevallard (2000).
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    Miniestação meteorológica como ferramenta didática: as aprendizagens sobre climatologia dos alunos do ensino fundamental II
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Brito, Rosangela Aparecida Oliveira [UNIFESP]; Viana, Hélio Elael Bonini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0454985988605652; http://lattes.cnpq.br/9207048766050208
    Na busca de um aprendizado significativo que saia dos moldes comuns de ensino, onde na maioria das vezes os alunos são meros receptores de conteúdo e o professor apenas narrador, é de suma importância encontrar alternativas para mudar essa situação. Dentre os principais problemas, nos deparamos com conceitos básicos que deveriam ser assimilados em sua totalidade, mas por falta de um aprendizado que os estimule, isto não acontece, deixando lacunas que os alunos levarão para as demais séries. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi planejar, aplicar e avaliar uma proposta de intervenção didática com o uso de uma miniestação meteorológica após a caracterização dos conhecimentos prévios dos alunos e suas percepções sobre temas relacionados à Climatologia. A pesquisa foi realizada em uma escola pública, com duas salas do 9º ano do ensino fundamental II, totalizando 74 alunos. E a pergunta que buscamos responder é “em que medida o uso de uma miniestação meteorológica em um percurso didático pode contribuir com o ensino-aprendizagem de Climatologia Escolar?”. No que se refere a sua construção, a miniestação foi equipada com aparelhos básicos de monitoramento como: barômetro, higrômetro, pluviômetro, galo dos ventos e termômetros de máxima e mínima. Durante a pesquisa foram realizadas atividades pedagógicas para avaliar o aprendizado dos alunos, e atividades para analisar os dados coletados, em seguida apresentados à comunidade escolar. Trata-se de uma pesquisa-ação, que segundo Tripp (2005) “é uma forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas para informar à ação que se decide tomar para melhorar a prática”. Os dados coletados consistiram em observações, questionários, anotações em diário, atividades avaliativas, entrevistas, seminários e rodas de conversa, e foram analisados utilizando a Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (1977). As categorias a priori foram: Conhecimentos prévios, O meio ambiente e a relação homem e natureza e A Climatologia como objeto de estudo. Os resultados evidenciaram que um percurso didático que utiliza aulas teóricas e práticas, desperta a curiosidade e a vontade de aprender dos alunos, e propicia um ambiente de construção de conhecimentos que estimula a investigação científica, valoriza as singularidades dos indivíduos, suas vivências e suas contribuições no coletivo.
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    Hypatia de Alexandria: narrativas e contribuições acerca da filósofa, matemática, astrônoma e mestra da Antiguidade Tardia
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Pereira, Crislanda Lima [UNIFESP]; Forato, Thaís Cyrino de Mello [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1268757747150909; http://lattes.cnpq.br/6177562775117657
    As contribuições das mulheres na Ciência vêm sendo discutidas na literatura há um bom tempo. Nesse contexto de discussão, o presente trabalho explora, por meio de narrativas históricas, aspectos da vida e de algumas contribuições de Hypatia de Alexandria, para saberes filosóficos, astronômicos e matemáticos. Essas narrativas, que estão inseridas em questões suficientemente problematizadoras, podem ser pautadas na educação científica, perpassando por questões de gênero e justiça social a serem introduzidas na formação de professores (as). O objetivo da pesquisa é construir uma abordagem histórica didática, descrevendo algumas das potenciais narrativas sobre aspectos de sua vida, articulando-as em suas relevâncias ao Ensino de Ciências e à formação docente. Ademais, objetiva-se também problematizar o estereótipo eurocentrado sobre a filósofa, predominante nas narrativas mais divulgadas sobre ela. A metodologia consistiu em selecionar e explorar fontes primárias e secundárias, que ao longo dos séculos se tornaram base para a construção da figura simbólica e de mártir, mas que também corroboraram para a entrega da visibilidade da filósofa em seus trabalhos intelectuais. Assim, damos destaque, por exemplo, para os comentários de Hypatia no Book III do Almagesto, destacando algumas implicações desta análise. Como resultado da pesquisa, buscamos a elaboração de uma narrativa histórica didática voltada para a formação de professores(as), tendo em vista um contexto educacional específico de um curso de licenciatura em ciências (e matemática), de uma Universidade Federal em São Paulo. Em nossas considerações, pautamos a importância das narrativas sobre a Hypatia no que tange às particularidades de Ensino e de gênero.
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    A "produção do frio" e a pós apropriação do frasco Dewar: disputas, colaborações e discórdias em uma narrativa histórica para o ensino de ciências
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-15) Cardeira, Francisco Aparecido [UNIFESP]; Forato, Thaís Cyrino de Mello [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1268757747150909; http://lattes.cnpq.br/7985549236507194
    Esta pesquisa de cunho teórico, adotando a análise documental de fontes historiográficas primárias e secundárias, para estudar alguns antecedentes históricos do desenvolvimento e da posterior apropriação dos conceitos e técnicas envolvidos na criação do artefato científico, Frasco Dewar (Dewar flask - 1892). Inicialmente pensado para pesquisas com a liquefação de gases, sua idealização foi patenteada por Reinhold Burger (1866-1954) para o uso como artefato social e comercial, a garrafa térmica (Thermosflasche - 1903), o que motivou disputas e controvérsias. Para compreender tal contexto, pesquisamos alguns aspectos filosóficos, conjecturas científicas e sondagens da mente humana que contribuíram para a liquefação dos gases ditos permanentes e motivaram o desenvolvimento do Frasco Dewar, elaborado por James Dewar (1842-1923). Suas configurações lhe davam as propriedades de bloquear as três formas de transferência de calor, por condução, convecção e radiação. Tais características propiciaram a liquefação do gás hidrogênio, sua manutenção em estado líquido e motivaram as apropriações posteriores de seus conceitos termodinâmicos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar este episódio histórico buscando elementos pertinentes para a formação de professores(as) de ciências, que pudessem mobilizar aspectos controversos de apropriação de ideias, refletir sobre juízos de fato e de valor, além de favorecer o aprendizado de conceitos científicos, de epistemologia das ciências e sobre influências que a prática científica e seus produtos recebem de seu contexto social. Como resultado, foi elaborada uma narrativa histórica para docentes formadores(as) de professores(as), destacando conceitos científicos, aspectos da natureza das ciências, epistêmicos e não epistêmicos, com enfoque sobre a ética na apropriação de invenções. Como desdobramento, espera-se que tal narrativa possa ser implementada em um curso de Graduação em Ciências - Licenciatura, sobretudo nas trajetórias temáticas de Física e de Química, em disciplinas de Práticas Pedagógicas e em disciplinas específicas de cada área que tenham o foco em conceitos, teorias e modelos científicos, nas quais tal perspectiva historiográfica favorece reflexões sobre a natureza das ciências e as práticas científicas.