PPG Cirurgia Cardiovascular (até 2012)
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo do perfil do atendimento telefônico (hotline) para hipertermia maligna(Universidade Federal de São Paulo, 2011-08-11) Almeida, Cléa dos Santos [UNIFESP]; Silva, Helga Cristina Almeida da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0844918862241102; http://lattes.cnpq.br/1033910721685620Introdução- Hipertermia Maligna (HM) é uma síndrome farmacogenética, autossômica dominante, que se manifesta nos músculos esqueléticos, desencadeado por anestésicos halogenados, relaxante muscular despolarizante como succinilcolina, situações como estresse, exercício físico intenso e o uso de drogas ilícitas como o êxtase. O sistema de serviço hotline é um tipo de aconselhamento por telefone que permite que os profissionais que fazem esse tipo de atendimento permaneçam num contato próximo com pessoas consulentes, principalmente em situações de crise e emergências. Assim, essa comunicação tem uma maior rapidez para as pessoas que necessitam da informação ou orientação. Objetivo Descrever o perfil das chamadas atendidas pela linha de hotline de HM, quanto a três aspectos básicos: conteúdo, consulente e consultor e a efetividade da linha de hotline do ponto de vista do consultor/consulente. Casuística e Método- Esse estudo foi um estudo descritivo do perfil do atendimento do hotline quanto a características das chamadas, consulentes e consultores. Foram utilizados três questionários. O primeiro questionário tinha como objetivo a coleta dos dados da ficha de atendimento, levantamento dos dados da pessoa que fez a consulta, dos problemas, se o problema foi resolvido e a solução apresentada. O segundo questionário foi aplicado no intuito de promover entrevista com as pessoas atendidas pelo hotline (consulentes). Esse questionário levantou informações relativas a dados demográficos, formação acadêmica, meio pelo qual conheceu o serviço de hotline, como conseguiu esse número e se foi fácil achá-lo, e se encontrou a resposta para o que procurava. O terceiro questionário foi utilizado para entrevistar os plantonistas que realizaram os atendimentos telefônicos do hotline. Esse questionário levantou dados relativos à formação médica dos consultores, sua opinião sobre a evolução do conhecimento médico sobre hipertermia maligna, se as informações passadas estão atualizadas, e o motivo pelo qual as pessoas procuram o serviço hotline mesmo com as informações sobre HM disponíveis no endereço eletrônico. Foram levantadas as fichas do hotline no período 2001 a 2008, com um total de 140 chamadas registradas, das quais todas foram analisadas para preencher o questionário número 1. Dessas 140 chamadas, 64 (45%) dos consulentes foram encontrados e contatados; o restante não foi encontrado. Dos 64 contatados, 39 (61% do total de chamadas dos contatados) não retornaram as ligações, 23 (36% do total de chamadas dos contatados) retornaram e aceitaram participar da pesquisa, 2 (3% do total de chamadas dos contatados) recusaram, mas não alegaram o motivo. Dos consultores que atenderam a linha de hotline, 89,28% (25) foram avaliados com o questionário três. Resultados: Características das chamadas do Hotline (questionário 1): no período avaliado de oito anos houve uma média de 17,5 + 8,05 chamadas por ano, com maior frequência de chamadas no primeiro e segundo anos de instalação do serviço. A maioria dos atendimentos era para profissionais médicos, provenientes de hospitais, na região sudeste.Observou-se, para a amostra como um todo, o predomínio de chamadas solicitando informação quanto a critério diagnóstico e tratamento para suspeita de crise aguda de HM (36,42,%), seguido por informação sobre onde fazer biópsia (23%), informações científicas sobre HM (15,71%), orientação para aquisição de dantrolene (11,42%), orientação quanto a procedimentos para uma cirurgia segura (3,57%), orientação sobre a lei da obrigatoriedade de ter o dantrolene (3,57%), informação sobre processo de notificação de crise de HM (2,14%), informação sobre dose de dantrolene (1,42%), notificação de crise de HM que resultou a óbito (1,42%). As chamadas solicitando informação quanto a critério diagnóstico e tratamento para suspeita de crise aguda de HM tiveram incremento no período de 2005-2007. Considerando os 78 médicos que consultaram o hotline, a maioria dos profissionais estava vivendo uma suspeita de crise de HM e procurava orientação diagnóstica e tratamento; eles foram seguidos pelos que queriam saber como realizar uma anestesia segura para seu paciente e como encaminhá-los para um especialista em HM que realizasse a biópsia. Observou-se que a maioria das soluções apresentadas pelo consultor foi adequada. O hotline recebeu no total 93 notificações relacionadas a crise de HM sendo 56 notificações de casos recentes e 37 notificações de crises ocorridas no passado. A maior parte das crises de HM ocorreu em homens, na segunda década de vida e esteve relacionada a cirurgias de cabeça e pescoço e ortopedia. Em sete casos inicialmente suspeitos de uma crise aguda de HM, na verdade diagnosticou-se a Síndrome Neuroléptica Maligna. Em relação aos agentes desencadeantes da HM, os halogenados foram os mais frequentes, seguidos pela succinilcolina. Os sinais mais frequentes relatados na crise de HM foram hipertermia, aumento de CPK e taquicardia. Na presente casuística, os principais diagnósticos diferenciais foram sepse, hipóxia, pneumotórax e obstrução do sistema ventilatório. Com relação ao Dantrolene, ele foi empregado em cerca de 20% dos casos. Este estudo também avaliou o atendimento realizado por nossos consultores médicos (questionário 2). Foram obtidos dados de menos de 20% da amostra total de consulentes. Os dados revelaram que grande parte dos consulentes era de médicos anestesiologistas formados em faculdades particulares, trabalhando em hospitais do SUS na região sudeste e que conheceram o serviço há mais de cinco anos e através do laboratório Cristália ®. A maioria dos consulentes conseguiu o número na internet e considerou fácil completar a ligação. Houve excelente (mais de 80%) contribuição do hotline ao atendimento das crises, na opinião dos consulentes, que ainda indicaram, na sua maioria, terem sido bem atendidos e não terem ficado com perguntas sem resposta. Os consulentes consideraram o atendimento objetivo. Os dados desse estudo revelaram que a maioria dos consulentes procurou atendimento precocemente durante a suspeita da crise de HM. Os consulentes sugeriram uma maior divulgação do serviço para diagnóstico e biópsia muscular, e um serviço de apoio ao profissional anestesista para notificação do resultado da investigação dos pacientes após encaminhamento ao CEDHIMA. O questionário 3 foi aplicado aos consultores. A maioria era do sexo masculino, na quarta década de vida, e formada por médicos intensivistas. A maioria dos consultores considerou que não houve dificuldades no atendimento, além de que o atendimento contribuiu para melhorar o conhecimento em HM e o recomendam, mas metade referiu ter deixado perguntas sem resposta e a maioria considerou que as informações não seriam atualizadas com os últimos progressos em HM. A maioria dos consultores considerou que a busca por segurança seria o principal motivo que levaria alguém a buscar o hotline, em vista de haver materiais disponíveis no endereço eletrônico e materiais impressos, além da percepção de que a maioria das pessoas que procuram o serviço do hotline já possui alguma informação sobre o assunto. Os consulentes apontaram como maior dificuldade a falta de educação médica continuada e experiência prática. As principais sugestões para melhoria do hotline foram ligadas à melhoria da atualização sobre HM e atendimento por consultores anestesiologistas. Conclusões: O número de chamadas é inferior ao esperado no hotline de HM, tanto em número total quanto em representatividade dos estados brasileiros, indicando necessidade de maior divulgação do serviço e de aprimoramento da educação médica continuada para HM. As chamadas se concentram no perfil básico esperado, de assistência adequada a médicos, para manejo de crises de HM, seguido pela informação de como investigar a suscetibilidade à HM no período pós-crise. As características das crises de HM relatadas ao hotline brasileiro mostram em geral padrão semelhante ao relatado em outros países, com exceção do sinal hipertermia, que foi mais frequente que a hipercapnia; isso pode indicar indisponibilidade de capnografia e diagnóstico mais tardio em nosso meio. O hotline, apesar de primariamente voltado para HM, é procurado para assistência em outra síndrome hipertérmica, no caso, a síndrome neuroléptica maligna. O perfil das chamadas atendidas pelo Hotline de HM, quanto ao consulente, revela facilidade de acesso e satisfação com o atendimento. O perfil das chamadas atendidas pelo hotline de HM, quanto ao consultor, revelam, ao lado de percepção de que o serviço contribui para o atendimento à HM, sugestões para aprimoramento organizacional do serviço. Do ponto de vista do consultor/consulente, o hotline de HM foi efetivo.
- ItemSomente MetadadadosResultados da experiência clínica com a fístula arteriovenosa safeno-femoral superficial como acesso à hemodiálise(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Correa, Joao Antonio [UNIFESP]; Miranda Júnior, Fausto [UNIFESP]
- ItemSomente MetadadadosAvaliação da eficácia intra e inter-avaliadores do emprego de volúmetro com câmaras comunicantes para medida do volume do segmento punho-mão(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Carvalho, Rogerio Mendonca de [UNIFESP]; Miranda Junior, Fausto [UNIFESP]Introdução: A volumetria por deslocamento de água tradicional, que utiliza o princípio do transbordamento de Arquimedes, é considerada o padrão-ouro da avaliação do volume de membros, porém tem seu uso rotineiro prescindido por apresentar uma série de desvantagens. O método é embaraçoso ao paciente, pouco prático e desprovido de higiene, além de consumir muito tempo do examinador. Objetivo: Avaliações intra e inter-avaliadores da reprodutibilidade, repetitividade e precisão dos volumes do segmento punho-mão, obtidos com um novo dispositivo criado para a volumetria de membros, o volúmetro com câmaras comunicantes. Métodos: Este estudo apresentou o protótipo de um aparelho inédito que utiliza o princípio dos vasos comunicantes de Pascal, para a avaliação direta do volume de membros ou de partes dos mesmos. Para avaliar sua eficácia em gerar medidas precisas e reprodutíveis, trinta mãos de 15 participantes (9 mulheres e 6 homens) foram medidas três vezes cada uma, por três avaliadoras, compondo-se um total de 270 avaliações volumétricas realizadas. Resultados: Verificou-se que o volúmetro com câmaras comunicantes é rápido em gerar medidas (média de 3 minutos e 42 segundos por avaliação). Os coeficientes de correlação intraclasse (ICC) foram de 0,9977 para a avaliadora 1 e de 0,9976 para ambas as avaliadoras 2 e 3. O ICC inter-avaliadoras foi de 0,9998. Os erros-padrão de medição (SEM) foram de 2,99 mL para a avaliadora 1, de 3,05 mL para a avaliadora 2 e de 3,07 mL para a avaliadora 3, tendo sido de 0,88 mL inter-avaliadoras. A precisão calculada para o método foi de 0,42%, com repetitividade de 1,15% para as séries de nove medidas coletadas de um mesmo segmento, e variabilidade intra-avaliadora de 1,20 % e inter-avaliadoras de 0,36%. Conclusões: Foi criado um novo dispositivo para a volumetria de membros e os resultados dos valores gerados com o protótipo para o segmento punho-mão foram reprodutíveis, repetitivos e precisos para ambas as análises intra-avaliador e inter-avaliadores, mesmo quando consideradas as possíveis interações isoladas ou conjuntas dos fatores tempo, temperatura, sexo, lado do segmento avaliado e interação entre lado do segmento e sexo.
- ItemSomente MetadadadosTeste de caminhada de 6 minutos na avaliação pre-transplante cardíaco(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Cipriano Junior, Gerson [UNIFESP]; Branco, João Nelson Rodrigues [UNIFESP]Fundamento: O teste de caminhada dos 6 minutos (TC6) tem sido utilizado como forma de avaliação da capacidade funcional, estadiamento clínico e prognóstico cardiovascular. A segurança e impacto metabólico são pouco descritos na literatura, principalmente em pacientes com a insuficiência cardíaca grave com indicação clínica para transplante cardiovascular. Objetivo: Avaliar a ocorrência de arritmias e alterações cardiovasculares durante o TC6. Correlacionar o desempenho no TC6 com o estadiamento clínico e prognóstico cardiovascular. Método: Doze pacientes, sendo 10 masculinos, com idade de 52 ±8 anos, foram submetidos à avaliação inicial. Realizaram o TC6 monitorando eletrocardiografia por telemetria, sinais vitais e lactato. Foram acompanhados por 12 meses. Resultados: Os pacientes percorreram 399,4±122,5 (D, m), atingindo um esforço percebido (EP) de 14,3±1,5 e variação de 34% na freqüência cardíaca basal. Dois pacientes apresentaram arritmia de maior gravidade pré-TC6, que não pioraram frente ao esforço, quatro, elevação significativa nos níveis de lactato sanguíneo (>5 mmol/dL) e três, interromperam o exame. A distância percorrida evidenciou correlação com a fração de ejeção (%) e classificação funcional (NYHA). Após 12 meses de seguimento, três pacientes foram a óbito sendo que sete re-internaram por descompensação cardíaca. A relação (D/EP) e freqüência cardíaca de recuperação no 2º. minuto (FCR2, bpm) foram inferiores no grupo óbito. Conclusão: O comportamento clínico e eletrocardiográfico sugere que o método é seguro, mas pode ser considerado de alta intensidade para alguns pacientes com insuficiência cardíaca grave. Variáveis relacionadas ao desempenho no TC6 podem estar associadas com a mortalidade no seguimento de um ano.
- ItemSomente MetadadadosAvaliação do grau de refluxo venoso à ecografia vascular em portadores de varizes primárias de membros inferiores classificados pela CEAP(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Andrade, Aurea Regina Teixeira de [UNIFESP]; Miranda Júnior, Fausto [UNIFESP]