PPG - Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia
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Navegando PPG - Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia por Palavras-chave "Ácido acetilsalicílico"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação dos níveis plasmáticos de micropartículas e da efetividade do ácido acetilsalicílico sobre marcadores de disfunção vascular em pacientes com esclerose sistêmica(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-06) Oliveira, Sandra Maximiano [UNIFESP]; Kayser, Cristiane [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7532183424281965; http://lattes.cnpq.br/8773736491037755Introdução: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença reumática autoimune cujo evento patogênico primário é a injúria vascular à microcirculação. Objetivo: Neste estudo, pretendemos avaliar a eficácia do ácido acetilsalicílico (AAS) sobre marcadores de dano vascular (tromboxano B2 [TX], fator de von Willebrand [fvW] e micropartículas derivadas de plaquetas [MPP], células endoteliais [MPE], e monócitos [MPM]) em pacientes com ES. Objetivamos ainda comparar os níveis plasmáticos de micropartículas (MPs) entre pacientes com ES e controles saudáveis. Métodos: Realizamos ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, no qual os pacientes com ES foram alocados para receber AAS 100 mg/dia (n=35) ou placebo (n=35) durante quatro semanas. Os níveis plasmáticos de MPP (FITC-CD42+/PE-CD31+), MPE (APC-CD105+) e MPM (FITC-CD14+) foram dosados nos tempos basal (T0) e final (T1) pelo método de citometria de fluxo. Os níveis plasmáticos de TX e fvW foram dosados por ELISA nos tempos T0 e T1. O desfecho primário estipulado foi a mudança nos níveis de TX entre T0 e T1. Um grupo controle composto por 35 indivíduos saudáveis, pareados para sexo e idade, também foi incluído para comparação dos níveis de MPs entre estes e os pacientes com ES. Resultados: Foram avaliados 70 pacientes com ES (idade média de 48,9 anos, 90% sexo feminino), com tempo médio de duração de doença de 6,4 anos. Após quatro semanas de intervenção, houve redução significativa nos níveis plasmáticos de TX (13,0 ± 7,8 ng/ml no T0, versus 10,3 ± 5,1 ng/ml no T1) no grupo AAS, sem diferença no grupo placebo (15,5 ± 6,8 ng/ml no T0, versus 13,9 ± 6,8 ng/ml no T1) (p = 0.044). Os níveis plasmáticos de MPs foram significativamente maiores em pacientes com ES comparados a controles saudáveis (média ± DP): 79,2% ± 17,3% versus 71,0% ± 19,8% para MPP (p = 0,033); 43,5% ± 8,7% versus 37,8% ± 10,4% para MPE (p = 0,004); e 3,5% ± 1,3% versus 1,1% ± 0,5% para MPM (p < 0,0001). Efeitos adversos graves foram observados em três pacientes, mas não foram relacionados ao estudo. Conclusão: O uso de AAS 100 mg/dia por quatro semanas foi seguro e eficaz em reduzir os níveis plasmáticos de tromboxano B2 em pacientes com ES. Adicionalmente, micropartículas derivadas de plaquetas, células endoteliais e monócitos estão elevadas em doentes com ES, indicando um possível papel desses agentes nos mecanismos patogênicos da doença.