Navegando por Palavras-chave "nefropatia diabética"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Influência do número de cópias do gene da ECA sobre o desenvolvimento da nefropatia em camundongos diabéticos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-07-31) Bertoncello, Nadia de Sousa da Cunha [UNIFESP]; Casarini, Dulce Elena [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Nos últimos anos, grande esforço tem sido direcionado não só ao entendimento do genoma humano, mas também à investigação de genes candidatos que possam influenciar o desenvolvimento ou progressão de desordens humanas freqüentes e complexas, como o diabetes melito (DM). Sabe-se que a nefropatia diabética (ND) acomete 30-50% dos pacientes diabéticos tipo 1, e aproximadamente 10-40% dos diabéticos tipo 2. A hiperglicemia crônica não é a única causa responsável pelas complicações renais; fatores genéticos desempenham importante papel. Estudos populacionais em famílias já demonstraram associação entre ND e o polimorfismo de inserção / deleção (I/D) no íntron 16 do gene da enzima conversora de angiotensina I (ECA), resultando em diferenças nas concentrações plasmática e tecidual de ECA (I/I, 76%; I/D, 100%; D/D, 126% em média). Além disto, o sistema renina angiotensina (SRA) e o sistema calicreína cinina (SCC) podem ser ativados pela hiperglicemia. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a modulação exercida pelo número de cópias do gene da ECA associado ao DM, sobre a expressão, atividade e balanço entre os componentes dos sistemas renina angiotensina renal, e correlacionar com indicadores de função renal, ao final de 12 semanas de protocolo experimental. Os resultados do presente estudo mostram que o aumento do número de cópias do gene da ECA, associado ao DM induz disfunção renal significativa, evidenciada por alterações morfológicas e funcionais do órgão. A susceptibilidade para o desenvolvimento da ND, apresentada pelos animais 3-cópias, está associada a um desequilíbrio da atividade de diversas enzimas do SRA (renina, ECA e ECA2) levando ao aumento da síntese de Ang II e principalmente de Ang-(1-7). Este aumento da concentração renal de Ang-(1-7) parece potencializar o efeito deletério desencadeado pela Ang II sobre a estrutura e função renal. Além do envolvimento do SRA no desenvolvimento da ND, nossos resultados também mostram importante participação do SCC, evidenciado pelo aumento da bradicinina apenas no grupo 3-cópias diabético. Em conjunto, estas alterações mostram-se extremamente relevantes para o desenvolvimento da ND no grupo 3-cópias diabético, e estão associadas ao significativo aumento da taxa de mortalidade do grupo. Em suma, estas adaptações indicam que os efeitos deletérios desencadeados sobre a função renal dos animais 3- cópias diabéticos são, ao menos em parte, decorrentes de uma combinação de fatores não usualmente descrita na literatura científica. Desta forma, os dados aqui apresentados mostram-se inovadores e contribuem na busca pelo entendimento dos complexos mecanismos envolvidos no desenvolvimento da ND, com vistas à otimização do tratamento dos pacientes acometidos por esta complicação.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Modulação do sistema renina angiotensina por alta glicose nas células do ducto coletor em cultura(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-11-30) Leite, Ana Paula de Oliveira [UNIFESP]; Farah, Vera de Moura Azevedo [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O Diabetes Mellitus é uma doença crônica, metabólica, degenerativa e multifatorial caracterizada principalmente pela hiperglicemia. Com complicações potencialmente devastadoras que afeta todas as faixas etárias e abrange todos os estágios de desenvolvimento econômico-social. Há no mundo 382 milhões de pessoas com diabetes. Sabe-se a diabetes pode causar danos renais e sugere-se que o Sistema Renina Angiotensina (SRA) intrarrenal seja o principal responsável por injúrias locais, pois esse estado hiperglicêmico prolongado pode aumentar as ações pró-inflamatórias e pró-fibróticas, as complicações macrovasculares do diabetes, a nefropatia diabética, a lesão de órgão alvo e a hipertensão associada com a síndrome metabólica, efeitos estes mediados pela Angiotensina II (ANGII). O nosso grupo descreveu em células mesangiais, aumento da produção de RNAm da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e da renina, sendo esses dados diretamente associados ao aumento de ANGII induzida pela alta concentração de glicose. No entanto, essa relação no ducto coletor ainda não foi estudada. Portanto o objetivo do trabalho foi avaliar a modulação do SRA, na atividade das enzimas, na síntese e expressão de proteínas e níveis de peptídeos dos SRA intracelulares e extracelulares em células da medula interna do Ducto Coletor (mIMCD-3) submetidas a uma alta concentração de glicose. As células foram cultivadas em meio DMEM (Dulbecco?s modified Eagle?s medium, Gibco) suplementado com soro bovino fetal (SBF, 5% v/v, GIBCO), NaHCO3 2 g/L, penicilina 10.000 UI/L. As células foram mantidas em placas 100 mm e incubadas a 37°C. Ao atingirem subconfluência (80%), iniciou-se o tratamento com os meios seletivos, obtendo então os grupos: NG (normal glucose, NG; high glucose HG e manitol, M). As atividades da ECA e ECA2 foram avaliadas fluorimetricamente. Os peptídeos do SRA foram avaliados por western blotting e as angiotensinas por HPLC-UV. A localização celular da ECA foi realizada por imunofluorescência. A atividade da ECA foi menor no HG em relação aos grupos NG e M tanto intracelular como extracelularmente. A atividade intracelular da ECA2 foi maior nos grupos HG e M (68 e 73%). A expressão proteica da ECA (69kDa) apresentou-se menor nos grupos HG e M em relação ao NG e a expressão da renina foi maior no HG quando comprados ao NG e M. Sem alteração da expressão no AGT, renina, ECA2 e os receptores AT1, AT2 e MAS. As Angiotensinas I, II e 1-7 foram maior nos grupos HG em comparação ao NG e M tanto intracelular quanto extracelularmente. Com relação a localização, a ECA migrou para o núcleo da célula no grupo HG. Em suma, nesse trabalho observamos que a glicose levou ao aumento das angiotensinas, redução da expressão e a atividade da ECA, aumento da expressão da ECA2 além de proporcionar uma migração da ECA. Diante desses resultados, podemos sugerir que a alta concentração de glicose no DC ativa um mecanismo de compensação que evita os efeitos deletérios desencadeados pela ANG II, e também que a ECA somática ligada à membrana da célula pode possivelmente ser processada e direcionada ao núcleo das células mIMCD-3, mecanismo esse a ser estudado no futuro, que poderá envolver receptores/endossomos/lisossomos.