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- ItemAcesso aberto (Open Access)Modulação do sistema renina angiotensina por alta glicose nas células do ducto coletor em cultura(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-11-30) Leite, Ana Paula de Oliveira [UNIFESP]; Farah, Vera de Moura Azevedo [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O Diabetes Mellitus é uma doença crônica, metabólica, degenerativa e multifatorial caracterizada principalmente pela hiperglicemia. Com complicações potencialmente devastadoras que afeta todas as faixas etárias e abrange todos os estágios de desenvolvimento econômico-social. Há no mundo 382 milhões de pessoas com diabetes. Sabe-se a diabetes pode causar danos renais e sugere-se que o Sistema Renina Angiotensina (SRA) intrarrenal seja o principal responsável por injúrias locais, pois esse estado hiperglicêmico prolongado pode aumentar as ações pró-inflamatórias e pró-fibróticas, as complicações macrovasculares do diabetes, a nefropatia diabética, a lesão de órgão alvo e a hipertensão associada com a síndrome metabólica, efeitos estes mediados pela Angiotensina II (ANGII). O nosso grupo descreveu em células mesangiais, aumento da produção de RNAm da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e da renina, sendo esses dados diretamente associados ao aumento de ANGII induzida pela alta concentração de glicose. No entanto, essa relação no ducto coletor ainda não foi estudada. Portanto o objetivo do trabalho foi avaliar a modulação do SRA, na atividade das enzimas, na síntese e expressão de proteínas e níveis de peptídeos dos SRA intracelulares e extracelulares em células da medula interna do Ducto Coletor (mIMCD-3) submetidas a uma alta concentração de glicose. As células foram cultivadas em meio DMEM (Dulbecco?s modified Eagle?s medium, Gibco) suplementado com soro bovino fetal (SBF, 5% v/v, GIBCO), NaHCO3 2 g/L, penicilina 10.000 UI/L. As células foram mantidas em placas 100 mm e incubadas a 37°C. Ao atingirem subconfluência (80%), iniciou-se o tratamento com os meios seletivos, obtendo então os grupos: NG (normal glucose, NG; high glucose HG e manitol, M). As atividades da ECA e ECA2 foram avaliadas fluorimetricamente. Os peptídeos do SRA foram avaliados por western blotting e as angiotensinas por HPLC-UV. A localização celular da ECA foi realizada por imunofluorescência. A atividade da ECA foi menor no HG em relação aos grupos NG e M tanto intracelular como extracelularmente. A atividade intracelular da ECA2 foi maior nos grupos HG e M (68 e 73%). A expressão proteica da ECA (69kDa) apresentou-se menor nos grupos HG e M em relação ao NG e a expressão da renina foi maior no HG quando comprados ao NG e M. Sem alteração da expressão no AGT, renina, ECA2 e os receptores AT1, AT2 e MAS. As Angiotensinas I, II e 1-7 foram maior nos grupos HG em comparação ao NG e M tanto intracelular quanto extracelularmente. Com relação a localização, a ECA migrou para o núcleo da célula no grupo HG. Em suma, nesse trabalho observamos que a glicose levou ao aumento das angiotensinas, redução da expressão e a atividade da ECA, aumento da expressão da ECA2 além de proporcionar uma migração da ECA. Diante desses resultados, podemos sugerir que a alta concentração de glicose no DC ativa um mecanismo de compensação que evita os efeitos deletérios desencadeados pela ANG II, e também que a ECA somática ligada à membrana da célula pode possivelmente ser processada e direcionada ao núcleo das células mIMCD-3, mecanismo esse a ser estudado no futuro, que poderá envolver receptores/endossomos/lisossomos.