Navegando por Palavras-chave "acuidade visual"
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- ItemEmbargoAvaliação da acuidade visual e do eletrorretinograma multifocal em pacientes com alterações visuais e história pregressa de febre reumática(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-11) Borges, Milena Leal [UNIFESP]; Sacai, Paula Yuri [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6877836442964718Objetivos: Condições inflamatórias sistêmicas podem repercutir na saúde ocular, especificamente na retina. Os objetivos desse estudo foram avaliar a acuidade visual e os achados do eletrorretinograma multifocal em pacientes com alterações visuais e histórico pregresso de febre reumática e identificar as principais queixas visuais. Metodologia: estudo observacional, retrospectivo e descritivo foi realizado a partir dos prontuários de pacientes com queixas visuais encaminhados para um Laboratório Especializado de Eletrofisiologia Visual, nos últimos 10 anos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, histórico prévio de febre reumática e submetidos ao procedimento de eletrorretinograma (ERG) multifocal e avaliação por médico oftalmologista especialista em retina. Os principais critérios de exclusão foram doenças oculares prévias, história positiva para doenças oculares hereditárias ou consanguinidade. A acuidade visual (AV) melhor corrigida foi medida monocularmente para longe, em tabela ETDRS (4 metros) e foram classificados sem deficiência visual quando melhor ou igual a 20/40. O eletrorretinograma multifocal foi realizado compreendendo anéis concêntricos em 0, 5, 10, 15, 20 e 25 graus de excentricidade retiniana. Resultados: De um total de 62 prontuários de pacientes com histórico de febre reumática, foram elegíveis para o estudo 26 pacientes (14 homens), com idades variando de 41 a 63 anos. As principais queixas visuais incluíram nictalopia (96,15%), alteração de campo visual (84,61%), baixa acuidade visual (57,70%), discromatopsia (53,84%) e fotofobia (53,84%). Todos os pacientes tiverem a AV de 20/40 ou melhor, em pelo menos um dos olhos. A média de acuidade visual no melhor olho foi de 0,07 (20/20) ± 0,12 logMAR e AV no pior olho foi de 0,30 (20/40) ± 0,42 logMAR com diferença interocular significante de acuidade visual entre os olhos (t= -2,726; p=0,01). Em 24 pacientes (92,31%), o eletrorretinograma multifocal demonstrou alterações na função macular em ambos os olhos. Na análise do olho de melhor acuidade visual e das amplitudes do ERG multifocal em 0 grau não houve correlação estatisticamente significante (r= -0,315; p=0,124). Conclusões: Todos os pacientes foram classificados sem deficiência visual, ao considerar a acuidade visual no melhor olho. As alterações retinianas na região macular foram evidenciadas pelos achados do ERG multifocal com perda da função na maioria dos pacientes, confirmando que os achados eletrorretinográficos podem preceder a perda da acuidade visual. As principais queixas visuais foram nictalopia e alteração de campo visual. Dessa forma, destaca-se a importância da investigação da saúde ocular, com diferentes exames funcionais complementares nesse pequeno grupo de pacientes com história pregressa de febre reumática e queixas visuais.
- ItemSomente MetadadadosEstudo dos potenciais visuais evocados em crianças amblíopes: acuidade visual e integridade da via máculooccipita(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-11-30) Andrade, Eric Pinheiro de [UNIFESP]; Salomao, Solange Rios Salomao [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A ambliopia é uma forma de deficiência visual cerebral na ausência de uma causa orgânica, caracterizada pela diminuição unilateral ou bilateral da acuidade visual causada pela privação da visão de forma e/ou pela interação binocular anômala durante o período crítico de desenvolvimento visual. O objetivo deste estudo foi comparar, em crianças amblíopes, a acuidade visual de optotipos e a acuidade visual de resolução de grades, pelo método dos potenciais visuais evocados, considerando a magnitude da ambliopia e a integridade funcional da via máculo-occipital. Este estudo prospectivo transversal observacional envolveu 21 pacientes com ambliopia estrabísmica, 15 com ambliopia anisometrópica e quatro com ambliopia mista (estrabísmica e anisometrópica), além de um grupo controle com 19 crianças saudáveis. Todos os participantes tiveram sua acuidade de resolução de grades determinada pelo exame dos potenciais visuais evocados de varredura e o estado da via máculo-occipital avaliado pelo exame dos potenciais visuais evocados transientes por reversão de padrões para três tamanhos de estímulos subtendendo ângulos visuais de 1o, 15? e 7,5?. Olhos amblíopes apresentaram acuidade visual de optotipos (média = 0,58±0,30 logMAR) e acuidade visual de resolução de grades (média = 0,42±0,25 logMAR) estatisticamente piores (p < 0,001) às dos olhos contralaterais tanto para optotipos (média = 0,04±0,07 logMAR) como para resolução de grades (média = 0,08±0,05 logMAR) e às dos olhos de crianças saudáveis (média = 0,00±0,00 logMAR para optotipos e média = 0,05±0,04 logMAR para resolução de grades). A magnitude da ambliopia foi significantemente maior (p<0,001) quando determinada pela acuidade de optotipos (média = 0,54±0,31logMAR) quando comparada à determinada pela acuidade de resolução de grades (média = 0,34±0,25 logMAR). A integridade da via máculo-occipital para estímulos de 7,5? foi afetada pela diminuição da amplitude N75-P100 dos olhos amblíopes (média = 9,5±6,3?V) em comparação aos olhos contralaterais (média = 15,7±8,4?V) e aos olhos de crianças saudáveis (média = 16,3±5,04?V). Pelos achados do presente estudo conclui-se que nos olhos amblíopes a acuidade visual de optotipos foi pior do que a de resolução de grades, assim como a magnitude da ambliopia. Amblíopes também sofrem alterações na integridade da via máculo-occipital como mostrado pelas amplitudes reduzidas e latências prolongadas especialmente para os estímulos menores. Estudos futuros com controle da utilização de terapia oclusiva, delineamento longitudinal e com casuística maior permitirão melhor compreensão dos déficits visuais causados pela ambliopia em crianças.