Navegando por Palavras-chave "Saúde da população rural"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Cercas a serem rompidas: as desigualdades de gênero entre juventude do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) no Paraná.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-05-24) Zanatta, Luiz Fabiano [UNIFESP]; Bretas, Jose Roberto da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9720478681165248; http://lattes.cnpq.br/4149777891529649; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)It is a qualitative research that aimed to understand the social representations about the gender inequalities present in the context of daily life the Landless Rural Workers’ Movement State of Paraná. The research was based on the assumptions of the Theory of Social Representations and assumed as analytical category gender. The study was conducted through three methodological plans: the first one refers to the bibliographic review; the second the observation participants and; the third interview was conducted with 10 youths of both sexes, aged between 18 and 27, members of the Youth Collective. The field research of this study covers the period from August 2014 to January 2018. The thematic field of Social Representations, emerging from the results of this research, evidences six thematic fields that express gender inequalities: 1 Sexuality: a wound to be touched ; 2 Norms and gender stereotypes: the basis of the naturalization of inequalities; 3 Labor and Income: inequalities that intend the exit of youth from the countryside; 4 Power of decision: expressions of inequalities; 5 The cry of the oppressed: symbolic manifestations against oppression. It was found that the gender inequality among MST youth in the State of Paraná was based on the terrain of masculinities. Their mouros find strength to remain fixed and "inert" in patriarchal conceptions, and distinct gender regimes intend to maintain inequalities.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ciranda de roses: vulnerabilidades, demandas e necessidades de saúde de trabalhadoras em assentamento rural(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-12-17) Cabral, Fernanda Beheregaray [UNIFESP]; Bretas, Ana Cristina Passarella [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4622233921947299; http://lattes.cnpq.br/0832540827412200; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Compreender as vulnerabilidades, demandas e necessidades de saúde para trabalhadoras que vivem em assentamento rural e como elas desenvolvem o cuidado em saúde. Método: Estudo de caso social, com abordagem qualitativa, desenvolvido no Assentamento 16 de Março, em Pontão/RS. Os dados foram produzidos mediante entrevistas, observação participante e oficinas problematizadoras. Participaram do estudo em torno de 40 mulheres. Da análise temática dos dados emergiu a categoria Vulnerabilidades Programáticas para trabalhadoras em assentamento rural: elementos produtores e protetores, composta por cinco temas. Resultados: Do primeiro tema, apreendem-se dificuldades estruturais e contextos de vulnerabilidade incidentes nas trajetórias dessas mulheres desde o acampamento, com repercussões nos processos saúde/não saúde/Cuidado. No assentamento, a cooperação foi o princípio organizativo dessas famílias, tendo por limites programáticos ações pontuais de assentamento e a ausência de política efetiva de reforma agrária. O segundo tema problematiza o trabalho reprodutivo na agricultura, a dupla jornada feminina e outras vulnerabilidades de gênero. O trabalho cooperado mais flexível favorece a participação em atividades políticas, sociais e de lazer, e o morar em agrovila fortalece redes sociais. Ambos promovem saúde e reduzem vulnerabilidades. No terceiro tema, estressores laborais, risco de acidentes, exposição aos agrotóxicos, relações interpessoais conflituosas, rede social restrita, pouco lazer e baixa estima geram estresse, ansiedade e depressão, potencializando vulnerabilidades. No quarto tema, as concepções sobre saúde das trabalhadoras variaram de enfoques prevencionistas e medicalizantes a promocionais, associados aos aspectos objetivos e subjetivos do conceito ampliado de saúde como direito de cidadania. O uso de plantas medicinais emerge como a principal prática de cuidado ante limites programáticos, conferindo visibilidade à negação da integralidade do Cuidado em serviços de saúde. O quinto tema analisa vulnerabilidades, demandas e necessidades de saúde para trabalhadoras e sua interface com o plano programático da vulnerabilidade. Em todos os temas, além de demandas e necessidades em saúde, foram apontados elementos produtores ou redutores de vulnerabilidades individuais, sociais, programáticas e de gênero. Conclusões: Caminhos possíveis para a reconstrução das práticas de saúde no SUS demandam organização e fortalecimento dos serviços em redes, garantia e ampliação de acesso, acessibilidade e produção de perspectivas mais próximas da longitudinalidade do Cuidado, da integralidade, da humanização, da universalidade e da equidade. Também investimentos na formação profissional para ampliação de horizontes normativos (ofertas não biomédicas), com ênfase em posturas inclusivas, receptivas e acolhedoras, pautadas na escuta e troca de saberes. A fusão de horizontes em busca de solo comum (a compreensão de que só cuida quem se afeta) emerge como potente dispositivo produtor de encontros entre sujeitos, que assumem conjuntamente, a partir da dialogicidade, o desafio de se tornarem mais capazes no cuidado em saúde. O êxito técnico e sucesso prático dessas ações em prol da promoção da saúde e construção de projetos de felicidade para trabalhadoras em assentamento rural implica o reconhecimento da diversidade e transitoriedade de seus modos de andar a vida e dos interesses que as movem para o atendimento de suas demandas e necessidades de saúde.