Navegando por Palavras-chave "Pulsão de Morte"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O Caráter Masoquista em Reich Frente ao Além do Princípio do Prazer(Universidade Federal de São Paulo, 2019-12-09) Del Rey Neto, Rubens Casal [UNIFESP]; Casetto, Sidnei José [UNIFESP]; Cipullo, Marcos Alberto Taddeo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6282653423509113; http://lattes.cnpq.br/3498118188722873; http://lattes.cnpq.br/6495228716232553; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O debate acerca do caráter esteve presente desde muito cedo no meio psicanalítico. Durante as três primeiras décadas do séc XX, autores como Wilhelm Reich, Sandor Ferenczi, Karl Abraham, Alfred Adler e Sigmund Freud abordavam o tema em seus escritos. Embora Freud tenha sido o primeiro psicanalista a utilizar o termo caráter em sua obra, cabe dizer que tal termo aparece de forma dispersa, não recebendo um tratamento conceitual propriamente dito. Foi o psicanalista Wilhelm Reich que deu ao caráter um aspecto central em suas discussões. Chegando a propor uma análise do caráter, Reich via neste uma espécie de barreira narcísica que serviria, dentro do processo analítico, como transferência negativa. É com este viés que Reich, em sua obra “Análise do Caráter”, publicada em 1933, coloca em debate aspectos técnicos e teóricos da psicanálise. Dentre tais aspectos, ganham destaque as colocações feitas sobre o caráter masoquista, na qual Reich demonstra uma forte oposição frente à hipótese freudiana da existência de um além do princípio do prazer. Deste modo, objetivou-se, por meio de uma exploração bibliográfica, investigamos a noção de caráter masoquista em Reich em relação à hipótese freudiana de um além do princípio do prazer. Nota-se que Reich constrói sua teoria sobre o caráter com base na primeira dualidade pulsional formulada por Freud (pulsões sexuals - pulsões do Eu). Para ele a pulsão de morte era uma criação metafísica que explicava muitas coisas, mas não era capaz de ser explicada. Em 1932, quando amadureceu seu entendimento em relação ao masoquismo, expôs uma teoria que buscava demonstrar clinicamente a inexistência da pulsão de morte. Para Reich, aquilo que estava sendo atribuído à pulsão de morte podia ser entendido dentro do princípio do prazer. O sujeito não busca a destruição por uma tendência biológica primária que o leva a buscar o sofrimento, mas sim por consequência de frustrações reais Para Reich a única pulsão existente remete à vida. As manifestações destrutivas (masoquismo-sadismo) são formações posteriores que devem a sua existência à miséria neurótica que é propagada por meio de uma sociedade sexualmente rígida.