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    Adesão de fisioterapeutas brasileiros à diretriz de prática clínica para o tratamento da fasciopatia plantar: um estudo observacional transversal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-21) Castro, Iago Amancio Alves de [UNIFESP]; Yi, Liu Chiao [UNIFESP]; Rosa, Matheus Augusto Braga Marques Vieira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1710471897404108; http://lattes.cnpq.br/6106154677645509; https://lattes.cnpq.br/2428190144524299; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: A adesão da Prática Baseada em Evidências pelos fisioterapeutas brasileiros contribui para a otimização do tempo tanto do paciente quanto do profissional, além de possibilitar a aplicação de intervenções mais eficazes e o uso racional dos recursos de saúde. No entanto, ainda não está claro se as condutas adotadas por esses profissionais no tratamento de pacientes com Fasciopatia Plantar estão alinhadas com as melhores evidências disponíveis. Objetivo: Investigar se as condutas adotadas por fisioterapeutas brasileiros no tratamento de pacientes com Fasciopatia Plantar estão fundamentadas nas melhores evidências científicas disponíveis, de acordo com as recomendações da American Physical Therapy Association (APTA) de 2023. Método: A amostra foi composta por fisioterapeutas de ambos os sexos, com diferentes tempos de experiência profissional, que atualmente atendem ou já atenderam pacientes com Fasciopatia Plantar. Os participantes que atenderam aos critérios de inclusão, responderam a um questionário sobre intervenções fisioterapêuticas no tratamento da Fasciopatia Plantar, incluindo intervenções recomendadas e não recomendadas pela APTA. Os dados foram coletados por meio da plataforma online (Google Forms). Em seguida, os participantes foram classificados com base na adesão de suas práticas às melhores evidências científicas disponíveis, conforme as diretrizes clínicas da APTA de 2023 para o tratamento da Fasciopatia Plantar. Resultados: O estudo contou com a participação de 234 fisioterapeutas, com idade média de 35 (±9) anos e tempo médio de experiência de 10 anos (±9). Em relação ao sexo, 129 participantes eram mulheres (55%) e 105 (45%) eram homens. Entre os participantes, apenas 1% (2 fisioterapeutas) apresentaram adesão total às diretrizes, enquanto 26% (60) apresentaram adesão parcial, 35% (82) tiveram baixa adesão e 38% (90) não apresentaram adesão. A única variável associada de forma significativa a uma maior adesão às diretrizes foi a pós-graduação lato sensu em traumato-ortopedia (p=0,015). Outras variáveis, como formação acadêmica, tempo de experiência profissional, modalidades de atendimento e métodos de atualização profissional, não apresentaram associação significativa com a adesão às diretrizes. Conclusão: A maioria dos fisioterapeutas brasileiros apresenta baixa ou nenhuma adesão às diretrizes da American Physical Therapy Association (APTA) de 2023. Esse cenário ressalta a necessidade de adotar estratégias eficazes para a disseminação e conscientização da prática baseada em evidências, a fim de assegurar que as intervenções realizadas pelos fisioterapeutas no Brasil estejam fundamentadas nas melhores evidências científicas disponíveis.