Navegando por Palavras-chave "Pacientes desistentes do tratamento"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Adesão ao tratamento antirretroviral e fatores individuais associados com não-adesão na província da Zambézia, Moçambique(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-11-06) Filimão, Dércio Belo Cesar [UNIFESP]; Castelo Filho, Adauto [UNIFESP]; Senise, Jorge Figueiredo [UNIFESP]; Moon, Troy ; Jorge Figueiredo Senise : http://lattes.cnpq.br/0363646811603656 ; http://lattes.cnpq.br/0107536337908259 ; http://lattes.cnpq.br/2581391009667368 ; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Esquemas de tratamento antirretroviral (TARV) de primeira linha em Moçambique são baseados em inibidores não-nucleosídoes da transcriptase reversa (INNTR) de primeira geração, que têm baixa barreira genética. Objetivos: determinar 1) o nível de adesão dos pacientes que iniciaram TARV, durante período mínimo de dois anos, na província da Zambézia, Moçambique, entre janeiro de 2013 e 30 de junho de 2014; 2) o percentual de abandono do tratamento; e 3) fatores associados com não-adesão. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo. Em três centros foram incluídos pacientes que iniciaram TARV no período de estudo. Com base na retirada de ARVs da farmácia, não-adesão foi definida como atraso na retirada de ARVs por mais de 14 dias e abandono por atraso superior a 60 dias. Resultados: Um total de 1413 foram incluídos: 76,7% eram mulheres, 65,5% moravam em zona rural e 14,4% pertenciam a um grupo de apoio à adesão comunitária (GAAC). A média de idade foi de 32 anos (15 a 75) e o número médio de células CD4 no início de TARV foi de 398,19/mm3. Durante todo o período do estudo, somente 19% (268) dos pacientes permaneceram aderentes e 66,5% (939) abandonaram o tratamento. Ter 35 anos ou mais (OR: 0,843; p=0,012), ser atendido em zona urbana (OR: 0,754, p<0,001), receber esquema contendo Efavirenz (OR: 0,932; p=0,026) se associaram, de forma independente, com menor chance de não-adesão. Ser viúvo se associou com adesão significantemente maior que aqueles casados/união estável e solteiros, na análise univariada (p=0,01); Não pertencer a um GAAC se associou de forma independente a maior chance de não-adesão (OR: 1,431; p<0,001). Discussão e conclusões: Maior percentual de perda de adesão (44%) ocorreu já nos primeiros três meses de tratamento. Taxa de 19% adesão encontrada constitui o cenário mais otimista, uma vez que a retirada de ARVs não assegura a ingestão dos mesmos. Baixas taxas de adesão sugerem maior risco de desenvolvimento de mutações de resistência aos INNTRs e a mera adoção de esquemas significantemente mais potentes não se traduzirá em maiores taxas de supressão viral. Intervenções de melhoria devem focar o período pré-tratamento e os primeiros três meses de TARV. Ações em nível nacional e comunitário para redução do estigma, aceitação comunitária da infecção pelo HIV, descentralização do atendimento e dispensação de ARVs para melhorar o acesso dos pacientes à medicação.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Dificuldades para enfrentar sozinho as demandas do tratamento: vivências do adolescente hemofílico(Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012-01-01) Vrabic, Ana Claudia Acerbi; Ribeiro, Circéa Amália [UNIFESP]; Ohara, Conceicao Vieira da Silva [UNIFESP]; Borba, Regina Issuzu Hirooka de [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)OBJECTIVE: To understand the reasons why the adolescent hemophiliac does not adhere to hemophilia treatment. METHODS: A qualitative study, conducted with seven adolescents, whose data were collected through semistructured interviews, using symbolic interactionism as the theoretical reference and interpretive interactionism as the methodology. RESULTS: Adolescents can not meet the demands and difficulties of the recommended treatment alone, they do not assume responsibilities inherent in this, and at the same time, judge what is appropriate treatment, while not valuing as essential the preventive aspects and feeling disbelief of its effectiveness against complications, as well as being dissatisfied with the care received in the service. CONCLUSIONS: The results reinforced the importance of family support to guarantee continuity of treatment for the adolescent hemophiliac and to provide additional subsidies to rethink care provided to them in specialized services, in order to facilitate the delivery of assistance geared to the demands of this population.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Não conseguindo enfrentar sozinho as demandas e dificuldades do tratamento: vivências e razões do adolescente hemofílico(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2009) Vrabic, Ana Claudia Acerbi [UNIFESP]; Ribeiro, Circéa Amália [UNIFESP]; Ohara, Conceição Vieira da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4605728272646234; http://lattes.cnpq.br/2300731487624854A hemofilia é um distúrbio de coagulação, hereditário, transmitido geneticamente e caracterizado pela deficiência dos fatores de coagulação circulantes no sangue, ocasionando sangramentos espontâneos ou pós-traumáticos. Acomete quase exclusivamente indivíduos do sexo masculino e, por ser uma condição crônica, demanda a necessidade de tratamento durante toda a vida, com envolvimento da equipe multidisciplinar e participação ativa do hemofílico e sua família. A resistência ao acompanhamento da hemofilia ocorre com frequencia na população de adolescentes, implicando não só na falência de seu êxito como no desgaste da relação equipe-paciente. Este estudo teve como objetivo compreender as razões pelas quais o adolescente hemofílico não adere ao tratamento recomendado para a hemofilia. O referencial teórico foi o Interacionismo Simbólico cujo foco de estudo é a natureza da interação. Como referencial metodológico, utilizou-se o Interacionismo Interpretativo que busca identificar vivências que afetam e moldam o significado que as pessoas dão a elas próprias, a seus projetos e que deixam marcas em suas vidas, denominadas epifanias. Participaram do estudo sete adolescentes cadastrados e atendidos no ambulatório do Serviço de Hemofilia de um hospital universitário da cidade de São Paulo, que não estão aderindo ao tratamento preconizado. A estratégia empregada para a coleta de dados foi a entrevista semiestruturada apoiada na questão norteadora: “Conte-me o que leva você a não seguir o tratamento recomendado para a hemofilia?”. A análise dos dados revelou a emergência de quatro temas representativos que se configuraram como epifanias: Tendo que assumir a responsabilidade do tratamento; Enfrentando dificuldades para realizar o tratamento; Julgando que faz o tratamento adequado; e Desacreditando na eficácia do tratamento e na eficiência do serviço que permitiram compreender que, embora lhes seja atribuída a responsabilidade do seguimento de seu tratamento, o adolescente vivencia essa experiência Não conseguindo enfrentar sozinho as demandas e dificuldades do tratamento. Os resultados oferecem subsídios para que se possa repensar a assistência prestada aos adolescentes hemofílicos e a organização do serviço com a complexidade, que lhe é característica e necessária e favorecer a condução de um atendimento voltado às demandas dessa população, o que é essencial para seu sucesso com bons resultados.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Taxa de aceitação e fatores preditivos para recusa e desistência ao tratamento conservador no manejo de mulheres com Incontinência Urinária(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-22) Felippe, Mariana Rhein [UNIFESP]; Almeida, Fernando Gonçalves de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9336208077764596; http://lattes.cnpq.br/0086394148222524Introdução: O manejo conservador, como modificação de comportamento, treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TFMAP) e estimulação do nervo tibial posterior (PTNE) têm sido recomendados como terapia de primeira linha para incontinência urinária (IU). Estudos avaliando abordagens conservadoras incluem pacientes altamente motivados. No entanto, esses pacientes não são a maioria e existem várias barreiras para os pacientes iniciarem, completarem e manterem a terapia proposta. No presente estudo, avaliamos as taxas de recusa e adesão a tratamentos conservadores e realizamos uma análise de dados para identificar potenciais variáveis clínicas associadas à aceitação e adesão ao tratamento. Materiais e métodos: Neste estudo de Coorte prospectivo todas as mulheres foram avaliadas por equipe multiprofissional incluindo enfermeira, fisioterapeuta e urologista por meio de anamnese, exame físico, incluindo Sistema de Qualificação de Prolapso de Órgão Pélvico (POP-Q); exame digital do assoalho pélvico (New Perfect Scheme), teste do absorvente de 1 hora e questionários auto-respondidos, incluindo Questionário de Consulta Internacional sobre Incontinência (ICIQ-SF); Questionário de Bexiga Hiperativa (OAB-Q) e Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-Breve). Os pacientes foram orientados sobre o tratamento conservador e questionados se gostariam de iniciar o programa. O programa incluiu modificações de comportamento, TMAP (6 sessões supervisionadas) e PTNS (12 sessões supervisionadas) isoladamente ou em associação com TMAP dependendo do diagnóstico. As mulheres que recusaram o tratamento conservador retornaram ao tratamento médico de acordo com o diagnóstico clínico. Os critérios de exclusão foram a presença de doenças neurológicas, prolapso de órgãos pélvicos > estágio II, síndromes de dor pélvica, infecção do trato urinário inferior e radioterapia pélvica prévia. Todas as variáveis clínicas e demográficas foram avaliadas como possíveis determinantes para a recusa e não adesão do paciente ao tratamento conservador por meio de modelo de regressão logística linear. XIII Resultados: Foram avaliadas 605 mulheres com IU, com idade média de 58,72 (DP 12) anos. Após a explicação do programa conservador, 171 mulheres (28,2%) se recusam a iniciá-lo. Dos 434 (71,8%) pacientes que iniciaram o tratamento conservador, 215 (35,5%) mulheres completaram o tratamento proposto em 3 meses de seguimento, taxa de não adesão de 36,3% (219). Nossos resultados mostram que aproximadamente um terço dos pacientes (171/605; 28,2%) recusou-se a iniciar a fisioterapia, 36,3% (219/605) desistiram durante o seguimento e pouco mais de um terço das mulheres (215/605- 35,5 %) até mesmo finalizar o programa proposto. Identificamos que idade, presença de prolapso uterino e gravidade da incontinência urinária, força do assoalho pélvico, urgência miccional, fatores psicológicos e físicos desempenham papel relevante na aceitação e adesão ao tratamento. Conclusão: Este estudo demonstrou que pacientes com IU encaminhados ao tratamento conservador apresentam alta recusa e baixa taxa de adesão. Concomitante prolapso e perda urinária mais grave parecem estar associados a maior taxa de recusa. A qualidade da contração do assoalho pélvico e os sintomas graves parecem estar associados à não adesão do paciente.