Navegando por Palavras-chave "Militarization"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A cultura periférica como resistência frente ao estado penal-racial: do batuque á batida a crônica da vida do samba ao funk(Universidade Federal de São Paulo, 2021-07-16) Dias Filho, Odair [UNIFESP]; Souza, Edvânia Ângela de; http://lattes.cnpq.br/7361975407662731; http://lattes.cnpq.br/6791560897832834; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A atual forma do Estado penal-racial implementa territórios carcerários, por meio de uma política de repressão e de exclusão da população negra e pobre dos processos de trabalho e da sociedade em geral. Se apresenta nesses espaços através do processo de necropolítica e militarização das periferias. O conceito de necropolítica, a partir de Mbembe (2018), se relaciona ao poder de decisão sobre quem vive e quem morre, com destaque para a destruição de grupos populacionais considerados descartáveis. O direito de matar é acompanhado de justificativas de extermínio, ou o estado de exceção como dito por Agambem (2004) quando a morte contra outrem, já não é assassinato ou homicídio e ocorre impunimente, em geral, sob o pretenso discurso de “segurança”. Todavia, nesses territórios sitiados se consolida também expressões culturais de resistência protagonizadas especialmente pelos jovens, seja na sua forma de vestir, andar, se divertir - neste caso, com destaque para o funk “proibidão” e os “pistões”, mas também na forma como denunciam a violência de Estado, a desigualdade social e temas cotidianos expressados por meio das letras de músicas de funk. Frente ao cenário atual de aprofundamento do Estado neoliberal que destitui direitos mas garante a repressão contra a população periférica, cabe a problematização: o Funk pode ser visto como uma crônica das desigualdades oriundas das relações sociais constituídas no capitalismo? Esse estudo objetivou analisar as formas de resistência das classes subalternizadas a partir de suas expressões artísticas musicais, com foco no funk, especificamente, as letras de músicas críticas ao Estado Penal. A metodologia consta de pesquisa bibliográfica e a seleção e análise de músicas de uma dupla de MC 's moradora de uma comunidade da Baixada Santista. Esperamos com este estudo contribuir para identificar elementos que se particularizam nas letras de funk, mas que são mediações necessárias para o entendimento do Estado penal-racial, numa perspectiva de totalidade e a partir de autores da periferia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Sujeito-cachimbo: a produção da subjetividade anormal em um território em confinamento(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2020-06-03) Pescarmona, Danilo De Paiva [UNIFESP]; Teles, Edson Luis De Almeida [UNIFESP]; Universidade Federal de São PauloThe objective of this dissertation is to understand how power relations are arranged in the territory known as Cracolândia, as a current political catalyst. Considering this, it is assumed that this area has been conceived - by various political forces - as a field of experimentation, a production laboratory for successive regimes that simultaneously combines testing, implementation and propagation of sophisticated control strategies upon the social fabric. Thus, I adopt the concept of the subject-pipe as a tool to analyze the forces that are willing to produce a state of abnormality. The pipe is the immediate connector to the social meanings attributed to crack. It simultaneously conveys its user as an individual who has lost their reason, an abject failure who acts impulsively and violently to satisfy their immediate interest in using the substance. What we intend to investigate is the idea that this concept serves very specific political functions, implicated in subjection strategies related to the production of abnormal figures, pathologized and conceived as enemies that, in the end, can be eliminated. The operability of this mechanism occurs, first, by the dissemination of psychiatric power in its function of distinguishing individuals between normal and abnormal or between those who must live or die as a consequence of contemporary biopolitics. As the enemy (pipe-subject) is personified and pathologically conceived, the fight is given by the increasing militarization and mechanisms of securitization of life that perpetuate the logic of war in regions considered vulnerable, building themselves as true open-air jails, which legitimizes the state of exception.