Navegando por Palavras-chave "Medicalization"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Contribuições do farmacêutico para o trabalho interdisciplinar com pessoas com diagnóstico de transtorno de pânico: desafios do cuidado em saúde mental em rede(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-09-26) Rocha, Rafaela [UNIFESP]; Zihlmann, Karina Franco [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8737042226108033; http://lattes.cnpq.br/6990455492809048; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: com a reforma psiquiátrica e a implantação de uma rede de atenção psicossocial (RAPS) articularam-se pontos de atenção à saúde no território para pessoas com sofrimento ou transtornos mentais, com objetivo principal de promover aumento de autonomia e cidadania. Entretanto, há ainda, diversas dificuldades na gestão e efetivação dessa rede, como a grande demanda da AB nos CAPS, o que gera consequentemente um cuidado fragmentado focado na prescrição medicamentosa. A equipe interdisciplinar tem importante papel no cuidado com pessoas com sofrimento por transtorno de pânico, entre os profissionais destaca-se o farmacêutico na orientação da utilização de psicofármacos. Objetivos: investigar a percepção de pessoas com transtorno de pânico (TP) quanto seu tratamento em saúde, bem como sua compreensão sobre o cuidado prestado pela equipe interdisciplinar do CAPS. Método: trata-se de um estudo qualitativo, transversal e retrospectivo, realizado de agosto de 2016 a fevereiro de 2018, com oito usuários adultos diagnosticados com TP de um CAPS do município de Santos - SP. Foram realizadas entrevistas em profundidade, semidirigidas com um roteiro temático. Os discursos foram categorizados por meio da Análise de Conteúdo temática segundo Bardin (2011). Resultados e discussão: identificou-se que as pessoas diagnosticadas com TP são muitas vezes encaminhadas para o CAPS sem ao menos uma tentativa de tratamento, e essa demanda não prioritária encontra no equipamento o tratamento baseado apenas em medicamentos. Os entrevistados afirmaram não ter conhecimento sobre diversos aspectos do seu tratamento, apenas uma pessoa fazia outro tipo de acompanhamento interdisciplinar no CAPS, os demais somente médico. Para os entrevistados o profissional farmacêutico é somente um dispensador de medicamentos. Considerações finais: efetivar os espaços da RAPS para oferecer um cuidado singular ainda é um desafio. Cabe também ao profissional farmacêutico viabilizar esse processo na AB através do apoio matricial, que poderá ser efetivado como produto técnico da dissertação por meio da estratégia GAM em uma UBS do território, que além de fomentar o cuidado compartilhado, institui espaços de educação permanente e efetiva esse profissional como educador em saúde tanto para profissionais da AB quanto para a comunidade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Crianças bolivianas na educação pública: medicalização, enquadramentos deficientizadores e estigmatizações com base no transtorno do espectro autista(Inter-Ação, 2021-05-28) Freitas, Marcos Cezar de; http://lattes.cnpq.br/6855478178963979This article analyzed recent schooling experiences of Bolivian children, specifically in the city of São Paulo. With ethnographic records made in the field research that allowed participating in everyday scenes in three municipal public schools and in their surroundings, it was possible to perceive continuous processes of stigmatization, with actions that have reiterated that Bolivian children are prone to Autistic Spectrum Disorder (ASD). The categories of analysis used were “ medicalization” and “ making deficiency”. With these categories, the excerpts of speech presented demonstrate how Bolivian children have been constantly stigmatized and referred to clinical psychological and neurological assessment services, disregarding cultural particularities.
- ItemEmbargo"Drogas da obediência": a prescrição de psicofármacos como estratégia de controle social dos corpos das mulheres(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-13) Gomes, Juliana Teixeira [UNIFESP]; Surjus, Luciana Togni de Lima e Silva [UNIFESP]; Spaziani, Raquel Baptista [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2223649618057544; http://lattes.cnpq.br/8786999221233177; https://lattes.cnpq.br/4637414717272982; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A centralidade da prescrição de psicofármacos nos tratamentos em saúde mental, tem impactado e promovido um crescimento das prescrições de psicofármacos no cenário atual, especialmente entre as mulheres. Sendo assim, entendendo que os sofrimentos são produzidos e atravessados por aspectos sócio-históricos, ambientais, relacionais e políticos; e compreendendo que historicamente as mulheres foram submetidas a diversas formas de controle dos corpos, a partir da criação de critérios diagnósticos e tratamentos em saúde, ou mesmo de perseguição política, o estudo pretende compreender como as dinâmicas de prescrição e consumo de psicofármacos podem estar relacionadas a estratégias de controle social dos corpos das mulheres. Para tal, foram realizados seis encontros nos moldes de um grupo de Gestão Autônoma da Medicação (GAM), com três mulheres em uso de psicofármacos, no âmbito da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista. A GAM é uma estratégia de cuidado que busca promover espaços de reflexão e cuidado, baseada no protagonismo dos sujeitos e no estímulo à autonomia. Ao fim do percurso do grupo GAM, foi construída uma narrativa coletiva a partir das trajetórias narradas no grupo, e devolvida às participantes num sétimo encontro hermenêutico. Os resultados colhidos foram analisados a partir das perspectivas dos estudos feministas e de gênero, como também dos referenciais teórico-críticos do fenômeno da medicalização da vida. Tais resultados apontam para processos de controle de corpos presentes nas dinâmicas de prescrição de psicofármacos para as mulheres, a partir do rechaço da raiva e do estímulo da culpa, que provocam o silenciamento e a docilização das mulheres. No entanto, as narrativas das mulheres também trazem a importância do uso dos psicofármacos no auxílio do alívio às angústias quando as mulheres podem dispor de autonomia de manejo nos seus usos cotidianos — apesar de também notar-se que as relações de poder e controle que constituem as tessituras do corpo social se introjetam nas subjetividades das mulheres, que tem reverberações nas dinâmicas de uso e prescrição. Mesmo assim, as mulheres demonstram criar espaços para o cuidado de si entre outras mulheres, promovendo espaços de escoamento de afetos, escuta, acolhimento e cuidado mútuo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Grupo de acupuntura: articulação entre práticas integrativas e promoção da saúde(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-04) Oliveira, Andréa Mauricio de Gouveia [UNIFESP]; Pezzato, Luciane Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0088988136074066; http://lattes.cnpq.br/8995599870823260; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são práticas terapêuticas com abordagem holística que não tomam como critério de verdade a biomedicina. São reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e englobam várias práticas corporais e comportamentais, sendo uma delas a Acupuntura. Tais práticas são cada vez mais aceitas e institucionalizadas, porém, percebe-se que ainda são desconhecidas por grande parte dos usuários que buscam atendimentos nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste sentido, foi criado um grupo semanal de Acupuntura para usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF), na perspectiva de ampliar a oferta de cuidado e introduzir as PICS. Esta pesquisa teve como objetivo refletir sobre essa experiência inovadora que articulou o trabalho de um grupo de Acupuntura realizado numa Unidade de Saúde da Família no município de Santos com estratégias de promoção da saúde com utilização de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, no âmbito da Atenção Primária em Saúde. Foi um estudo descritivo e analítico, de natureza qualitativa, que utilizou rodas de conversas como estratégia para produção de dados e registros em diário de campo. Pretendeu-se com este estudo possibilitar uma ampliação no acolhimento das demandas dos usuários, com estreitamento de vínculo entre a equipe de saúde e a comunidade, contribuindo para a desmedicalização do cuidado. Como resultados percebemos a ampliação da oferta da clínica, o aumento do conhecimento das PICS, com incentivo à desmedicalização, autocuidado, participação de atividades em grupo, troca de saberes e inserção de estratégia que seja capaz de colaborar com o processo de reconstrução de modos de viver a vida de pessoas que buscam o serviço de saúde. O grupo de acupuntura possibilitou ampliar as relações dos sujeitos com outras formas de produzir cuidado, que vão para além dos procedimentos clássicos presentes nas agendas médicas, pôde construir vínculo entre os participantes e profissionais da equipe de saúde da unidade, indo ao encontro da promoção da saúde.
- ItemSomente MetadadadosItinerários terapêuticos de usuário de um CAPS infantojuvenil e práticas de saúde de seu território: um estudo de caso(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2020-10-09) Silva, Alexandre Morais Da [UNIFESP]; Jurdi, Andrea Perosa Saigh [UNIFESP]; Universidade Federal de São PauloChild and adolescent mental health care in the Brazilian Unified Health System (SUS) is faced with the challenge of the split between scientific and popular knowledge, in addition to frequently being impacted by the medicalization process of society. This work started from the premise that the community adopts a varied range of health practices and the knowledge of the path in search of solutions from different sources, from the point of view of the users, offers conditions to understand the gaps between their needs and the possibilities in a given socio-cultural context, in this case a peripheral neighborhood in the host city of one of the metropolitan regions of the state of São Paulo. This qualitative research is a socio-anthropological study whose main objective is to investigate, through Therapeutic Itineraries, the health practices sought or adopted by the family of an eleven- year-old child, user of a child mental health service in Santos, Brazil. The ethnographic practice related to the production of the data took place from July/2019 to March/2020; had as main instrument of the research the participant observation with the fourteen local community agents, and later with the mother, the maternal grandmother and Pedro, the participant boy. In a complementary way, semi-structured interviews were conducted with the child's mother and the coordinator of the primary healthcare unit. Pedro's journey revealed connections between his needs (met by different knowledge practices) and those of other children in his environment; there were several popular health practices, such as daily care, provided by people in the support network, involving resources such as popular herbal medicine, the massive use of electronic devices and self-medication. Healing practices related to spirituality, among others of traditional knowledge, have shown greater dominance among older people and have suffered impacts due to greater access to biomedical resources recently. In terms of professional mental health practices for children, the trend towards specialized care by looking for doctors and psychologists was verified, with a tendency towards medicalizing practices; the community's interest in alternative health practices and lack of information regarding the forecast of the provision of integrative and complementary practices by SUS were found. This research identified desired and not accessible practices and proposes that they start to be categorized, in the studies of Therapeutic Itinerary, as latent possibilities of care.