Navegando por Palavras-chave "Lixiviado"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização, particionamento e toxicidade de bitucas de cigarro em zonas costeiras(Universidade Federal de São Paulo, 2020-04-24) Lima, Christiane Freire [UNIFESP]; Castro, Ítalo Braga [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0426330018731301; http://lattes.cnpq.br/1044002777296465; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O descarte inadequado de lixo no mar tem sido motivo de crescente preocupação uma vez que gera inúmeros impactos sociais, econômicos e ambientais. Neste contexto, as bitucas de cigarro são o item mais reportado em ações de limpeza e estudos de abundância e composição do lixo marinho. Os objetivos deste estudo foram realizar a caracterização qualitativa das bitucas encontradas em praias de Santos - SP, analisar em qual compartimento ambiental esses resíduos particionam preferencialmente e avaliar a toxicidade do lixiviado de bitucas sobre o crustáceo Nitokra sp verificando a taxa de fecundidade após 96 horas (água) e 10 dias (sedimento) de exposição. Os resultados mostraram que a bituca foi o primeiro e segundo item mais encontrado nas coletas de verão e inverno representando cerca de 51% e 34% dos resíduos coletados, respectivamente. Os testes de sedimentação em condições estáticas e de agitação mostraram que as bitucas permaneceram na coluna d’água por período variável e superior a 3 dias. Entretanto, os tempos de sedimentação em ambos os tratamentos não apresentaram relação com a salinidade sugerindo que outros parâmetros, como a porosidade dos materiais, podem influenciar a flutuabilidade das bitucas. Os ensaios de toxicidade indicaram que pequenas quantidades de bitucas de cigarro podem ser suficientes para induzir efeitos deletérios sobre a reprodução de Nitokra sp. Os testes em meio aquoso apresentaram CE50 – 96h = 10,736% ± 6,145, CENO = 6,25% e CEO = 12,5%. Os resultados dos ensaios com sedimento apontaram maior toxicidade em relação aos testes de água. A CE50 - 10 dias foi de 0,2384% e CEO = 0,78%. Considerando que as bitucas de cigarro constituem uma mistura complexa de substâncias químicas e que podem ser descartadas em ambientes marinhos e costeiros, organismos aquáticos podem estar sob potencial ameaça. Diante deste cenário, estudos adicionais para compreender outros aspectos do comportamento de bitucas em ambientes aquáticos bem como ensaios ecotoxicológicos que envolvam outros grupos tróficos são altamente recomendados.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Toxicidade de contaminantes lixiviados de bituca de cigarro em ambiente marinho(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-07) Mandelli, Wanessa Gentil [UNIFESP]; Moreira, Lucas Buruaem [UNIFESP]; Choueri, Rodrigo Brasil [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0408418557980214; http://lattes.cnpq.br/8251258719894689; http://lattes.cnpq.br/5209075236705771; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As bitucas de cigarro (BC) são o lixo mais frequente nas praias do mundo e o seu descarte incorreto leva a um quadro de contaminação pelos filtros fumados, incluindo às substâncias tóxicas que são associadas a este resíduo. Ao entrar em contato com a água, as bitucas podem liberar contaminantes gerados pela queima do cigarro, e que podem ter seu potencial tóxico aumentado. Agrotóxicos, pesticidas, conservantes além de compostos nitrogenados gerados durante o cultivo do tabaco e da própria fabricação dos cigarros são os compostos mais relevantes e não existem valores máximos legais de adição de produtos ou aditivos químicos. O presente estudo consiste em dois objetivos, sendo o primeiro fornecer informações ecotoxicológicas dos contaminantes presentes em lixiviados das BC, enquanto o segundo é avaliar a toxicidade dos lixiviados sobre invertebrados marinhos, ambos num contexto de Avaliação de Risco Ecológico (ARE). Para o primeiro objetivo, dados de efeitos tóxicos para organismos aquáticos (marinhos e dulcícolas) foram obtidos através da base de dados de toxicidade da agência ambiental Norte-americana EPA (Environmental Protection Agency), e curvas de sensibilidade de espécies (SSD) foram construídas para obtenção das concentrações preditivas de efeito sobre 10% da comunidade hipotética (EC10). Como resultado, as substâncias mais tóxicas para os ambientes dulcícolas foram os HPAs benzo(a)antraceno, benzo(a)pireno, acenafteno e fluoreno, o Pb e a nicotina. Já para ambientes marinhos, os HPAs mais tóxicos foram o benzo(a)pireno, acenafteno, fluoreno e naftaleno, além do Cu, Pb, Cd. No segundo objetivo, foram determinados efeitos agudos e crônicos de lixiviados da bituca de cigarro sobre os crustáceos Artemia sp., Tiburonella viscana e Tisbe biminiensis e para larvas dos echinozoas Echinometra lucunter e Mellita quinquiesperforata, através de testes de toxicidade de fase líquida, para a produção da SSD e EC10. Níveis de efeito para a 50% dos organismos testados foram estimados como métrica de toxicidade (CL50 para efeitos agudos e EC50 para os crônicos). Como resultado, os testes em meio aquoso apresentaram CL50 de 3,79% para E. lucunter, 1,36% para M. quinquiesperforata, 0,95% para T. viscana e EC50 de 0,94% para T. biminiensis. Com base na SSD foi possível observar que a partir de 0,004 BC.L-1 os efeitos tóxicos na comunidade aquática já podem ocorrer. Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para o avanço do conhecimento sobre a contaminação de ambientes costeiros por BC, bem como riscos ecológicos associados à sua toxicidade.