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- ItemAcesso aberto (Open Access)Perfil da criopreservação de oócitos e embriões resultantes de hiper-resposta ovariana em ciclos de fertilização in vitro(Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-14) Morishima, Christina Rumi [UNIFESP]; Bonetti, Tatiana Carvalho Souza [UNIFESP]; Donadio, Nilka Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9809872659875195; http://lattes.cnpq.br/4844851515888706; http://lattes.cnpq.br/0859382641883340Introdução: A medicina reprodutiva estima cerca de 12 milhões de bebês nascidos por meio da fertilização in vitro – FIV nas últimas quatro décadas. Entretanto, esta prática vem resultando em um número expressivo de embriões criopreservados, cujo destino ainda é incerto. As pacientes são submetidas ao estímulo ovariano controlado por medicamentos como tentativa de se recuperar o maior número possível de oócitos maduros e em alguns casos é desencadeada uma hiper-resposta ovariana, resultando em um número elevado de oócitos captados. O gerenciamento destes oócitos envolve questões técnicas, éticas, religiosas, legais, morais, financeiras e pessoais. Estabelecer um fluxograma ideal é uma questão frequente do laboratório de FIV. Na prática, o objetivo de alcançar uma gravidez impulsiona à inseminação de todos os oócitos maduros resultando em embriões excedentes. A ausência de um protocolo padrão ou consenso para manuseio de oócitos e embriões é a realidade vivenciada nos laboratórios. Este estudo realizou uma pesquisa explorando condutas frente a um grande número de oócitos captados para tratamento da infertilidade. Objetivo: Analisar o perfil dos laboratórios de FIV quanto ao manuseio de oócitos e embriões frente a hiper-resposta ovariana em ciclos de fertilização in vitro. Metodologia: Pesquisa de campo por meio da aplicação de um questionário de múltipla escolha previamente formulado e validado encaminhado aos centros de reprodução humana assistida de forma aleatória. Resultados: Os participantes em sua maioria pertenciam a centros privados (92.9%), cerca de 47,4% deles foram considerados de médio a grande porte, agrupados em produtividade maior que 30 ciclos por mês. O conceito de hiper-resposta não tem um consenso na literatura, 76% consideraram de 15 a 20 oócitos coletados. A frequência de condutas praticadas foi: 53% injetavam todos os oócitos maduros e vitrificavam todos os blastocistos viáveis, 35% injetavam fracionado e vitrificavam todos os blastocistos viáveis, e 9% alternavam entre as duas vias. A média do custo laboratorial para 15 oócitos coletados foi avaliada em R$ 4.700,00 para via mais frequente e R$ 6.700,00 para via fracionada quando utilizado todos oócitos ficou 40% mais cara. Conclusão: Este estudo demonstrou que a conduta com maior frequência foi utilizar todos os oócitos seguido de vitrificação de todos os blastocistos viáveis, esta via teve um menor custo diante do custo cumulativo da prática fracionada, porém resulta em um maior número de blastocistos armazenados. Os casos devem ter tomadas de decisões compartilhadas com a paciente diante das prioridades com foco na entrega de um nascido saudável e responsabilidade sobre a destinação dos embriões armazenados. Este estudo foi baseado em um questionário qualitativo sendo necessário estudos com base de dados. Este trabalho adiciona à necessidade de mais abordagens técnicas operacionais sobre os processos das técnicas de reprodução assistida.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Zona de Contágio: uma ciência da coexistência para o tempo das catástrofes(Susana Dias, Carolina Rodrigues, Karolyne de Souza e Larissa Bellini, 2021-05-28) Parra, Henrique Zoqui Martins; Moraes, Alana; lattes.cnpq.br/8314245614310718O artigo apresenta algumas questões que constituíram o percurso do Laboratório Zona de Contágio, uma experiência coletiva de pesquisa situada na pandemia do Covid-19 no Brasil, entre março e dezembro de 2020. O texto percorre discussões conceituais sobre o próprio fazer científico do laboratório e lança algumas hipóteses para pensar uma ciência da coexistência em tempos de catástrofes. A Zona de Contágio surge da urgência de refletir, da perspectiva de corpos em regime de confinamento doméstico, como poderíamos rastrear a paisagem produzida pelo acontecimento pandêmico: um evento que conecta de forma interescalar e imediata nossos corpos aos circuitos planetários de patógenos, mas também às formas desiguais e neocoloniais de distribuição do risco. Refletimos sobre a coexistência como fazer ontoepistemológico, experimentações de outros modos de conhecer.