Navegando por Palavras-chave "Feminismo negro"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Com a minha carapinha: a poesia de Cristiane Sobral e o feminismo negro(Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-26) Oliveira, Patricia Anunciada de [UNIFESP]; Gandolfi, Leonardo Garcia Santos; http://lattes.cnpq.br/6521198821657715; http://lattes.cnpq.br/1518726419228781O objetivo deste trabalho é ler a obra poética de Cristiane Sobral, escritora negra, relacionando-a a algumas concepções do pensamento feminista negro. Para isso, seus poemas – principalmente do livro Só por hoje vou deixar o meu cabelo em paz (2014) – são interpretados ao lado de outros poemas de autoria negra brasileira, com enfoque na representação do corpo a partir da imagem dos cabelos crespos, “minha carapinha”, conforme escreve Sobral. Busca-se, assim, analisar como a constituição do eu-lírico constrói e expressa uma subjetividade da mulher negra, instaurando-a como sujeito que questiona o discurso patriarcal e racista vigente na sociedade. A análise dos poemas de Cristiane Sobral, proposta aqui, leva em conta obras teóricas de Lélia Gonzalez, bell hooks, Grada Kilomba, Angela Davis, Audre Lorde, Sueli Carneiro, Luiza Bairros, dentre outras. A pesquisa situa os poemas de Sobral no âmbito da chamada literatura negro-brasileira, uma vez que possuem características estéticas próprias a esse campo literário. Ao longo da leitura dessa obra, são privilegiados aspectos estéticos relacionados ao corpo da mulher negra, em especial o cabelo crespo, e a constituição desse corpo como sujeito em uma sociedade na qual é constantemente estereotipado e subalternizado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Contribuições de Bell Hooks, Angela Davis e Lélia Gonzalez para o Serviço Social(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-15) Silva, Maíra Gabriel [UNIFESP]; Guanais, Juliana Biondi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3375921270633687; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Neste estudo bibliográfico pretendeu-se apresentar algumas contribuições do pensamento feminista negro para o Serviço Social brasileiro a partir de três obras centrais: “Por Um Feminismo Afro-Latino-Americano” de Lélia Gonzalez (2020), “O Feminismo é para Todos” (2016), de Bell Hooks e “Mulheres, Raça e Classe” (2018), de Angela Davis. Buscou-se apresentar os principais aspectos da conjuntura social, histórica e política dos movimentos sociais feministas e negros, bem como analisar os fatores de constituição dessas organizações e seus impactos na sociedade de classe. Em um segundo momento, foi feita uma breve contextualização da trajetória histórica da profissão do Serviço Social brasileiro, desde seu surgimento e longa caminhada firmada na matriz Conservadora, até o período de transição de perspectiva teórica na Fase de Intenção de Ruptura dentro do Movimento de Reconceituação, em um momento em que os anseios democráticos e a forte mobilização social aproximavam as pautas da classe trabalhadora da categoria de assistentes sociais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Meninas negras na literatura infantil: infâncias, identidades e representatividades(Universidade Federal de São Paulo, 2023-04-28) Chaves, Rosa Silvia Lopes [UNIFESP]; Finco, Daniela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5868721280642490; http://lattes.cnpq.br/4083620802309630Esta pesquisa de doutorado tem como objetivo refletir sobre o processo de valorização e fortalecimento das identidades das meninas negras, a partir da literatura negra brasileira infantil contemporânea. Busca analisar as possibilidades de representação, identificando como as narrativas, mensagens e materialidades acerca das personagens meninas negras podem favorecer a visibilidade e a afirmação de suas identidades racial e de gênero. A pesquisa tem como base os resultados de investigações que revelam como as perversas experiências de discriminação racial na pequena infância estão entre os elementos centrais para a construção de um processo de reconhecimento identitário. Aborda o corpo como um construto sociocultural e um importante marcador da identidade, elemento central para se pensar nas infâncias de meninas negras e busca refletir sobre os aspectos materiais e simbólicos sob os quais as representações permeadas de desigualdades étnico-raciais e de gênero são socialmente construídas. Os referenciais teóricos dos Estudos Feministas Negros, dos Estudos Sociais da Infância e dos Estudos Culturais ajudam a construir um diálogo com diferentes campos de estudos, possibilitando elaborar reflexões sobre as questões relacionadas às representações da criança negra, mais especificamente da menina negra na literatura infantil. Os procedimentos metodológicos delineiam-se por meio da realização de 05 entrevistas com mulheres negras, profissionais que atuam na Educação Infantil - professoras e/ou gestoras - e 04 escritoras negras de literatura infantil, buscando compreender as formas de representatividade de meninas negras e sua relação com os processos de construção identitária nas infâncias. A pesquisa contou também com 01 entrevista realizada com a rapper MC Soffia, a fim de trazer a voz de uma jovem menina negra cuja produção artística cultural é destinada às meninas negras. A pesquisa teve o conceito de “imagens de controle” (COLLINS, 2019) como uma importante ferramenta analítica para compreender as matrizes de dominação, revelando como os marcadores sociais da diferença de raça e etnia, gênero, e idade se imbricam e evocam diferentes significados e reflexões. Os resultados ajudam a refletir sobre as possibilidades de autorrepresentação e a criação de espaços seguros para a infância. Apontam para a transformação nas possibilidades do trabalho educativo com as literaturas infantis, para a construção de práticas emancipatórias que problematizam as formas de sub-representação e que reconheçam a diversidade racial na sua dimensão afirmativa e valorativa, como parte do direito à existência e da dignidade humana. Destacam a potência da literatura negra brasileira infantil contemporânea, e trazem subsídios para pensar a educação no sentido da garantia dos direitos das crianças negras e dos princípios preconizados no Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 3/2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. A pesquisa busca contribuir para a construção de pedagogias feministas antirracistas para a educação da primeira infância brasileira, a fim de estabelecer práticas educativas, desde a pequena infância, voltadas à valorização identitária da cultura negra feminina.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Mulheres da periferia em movimento : um estudo sobre novas trajetórias do feminismo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-02-03) Correia, Ana Paula de Santana [UNIFESP]; Silva, Jose Carlos Gomes da [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The study presented here as a Master's thesis aims to understand different views of feminism, particularly black feminism. The main empirical focus is on women who work in the periphery of São Paulo?s Eastern Zone. An ethnographic methodology was used to carry out this study. For about two years, we followed the practices and representations of women, narratives of family life drama, mostly focused on domestic violence - a theme which appeared forcefully in these narratives, though it was not the central focus of our study. We also placed the actions and reactions of women in historical perspective. The AMZOL study was strategic to establishing connections with the recent past. We understand that women's struggles in the periphery have specificities and are linked with the urban social movements of the 70s. We also noted later that in contemporary times problems of socio-spatial segregation, racism and economic inequality are tied to gender issues. The ethnographic study of two entities that act in support of women, Casa Viviane dos Santos and Casa Anastasia, revealed connections with the past struggles of the 70s, but also indicated that new themes and strategies are being defined. Racism, for example, appears as an important issue faced by the militants, beneficiaries and technicians of Casa Anastasia. Our results indicate that women from the periphery face unique issues. The condition of black women and the localities in which they live, marked by problems of urban segregation, racism, socioeconomic and gender inequalities, structure a specific framework, leading to particular reflections and experiences, which explain the alternatives and approaches of feminist practices in line with the experiences of poor and black women.