Navegando por Palavras-chave "Feminicídio"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Estimação dos casos de feminicídio no Estado de São Paulo entre 2018 e 2021: aproximação com os dados de óbitos por agressão(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Gonçalves, Inae dos Santos [UNIFESP]; Siviero, Pamila Cristina Lima [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2819945294368921A violência contra mulher é um problema de saúde pública que tem como consequência mais grave o feminicídio, que é a manifestação extrema da violência de gênero. A incidência alarmante de mortes de mulheres no Brasil demanda uma abordagem substancial. Esta pesquisa apresenta como objetivo a correção das estimativas oficiais de feminicídios no Estado de São Paulo entre 2018 e 2021, assumindo que há subestimação nos dados. De fato, existem evidências de que há subnotificação e subestimação nos dados de feminicídio no Estado de São Paulo. As informações relativas aos óbitos femininos decorrentes de agressão foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/Datasus), utilizando os códigos correspondentes à Classificação Internacional de Doenças (CID 10), especificamente os códigos X85 a Y09, como causa básica de óbito, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2021. Essa abordagem visou corrigir a subestimação dos casos de feminicídio, uma vez que os dados originais são provenientes da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O estudo da relação entre as duas variáveis - meses do ano e o feminicídio observado, obtidos da Secretaria de Segurança Pública - foi conduzido por meio de uma análise de regressão linear, considerando essas variáveis como independentes no processo analítico. As configurações das curvas que representam o número de casos de óbitos por agressão e de vítimas de feminicídio manifestaram uma notável similaridade, sugerindo que a hipótese de que as agressões poderiam ser uma aproximação apropriada dos casos de feminicídio é pertinente. A análise comparativa dos níveis, por sua vez, validou a suposição de que o feminicídio estava subestimado em relação às agressões. Nesse contexto, foram derivadas as equações de regressão e os níveis mensais ajustados. Os principais resultados foram que as estimativas estariam sendo subestimadas entre 54,3% e 70% dos casos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Feminicídio na América Latina: uma análise de Brasil, México e Peru(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08) Rocha, Natasha Sallada [UNIFESP]; Matsuda, Fernanda Emy [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4513663619970521O foco central desta pesquisa é analisar, de forma comparada, as conjunturas que circundam o fenômeno do feminicídio na América Latina, mais especificamente no Brasil, México e Peru, por meio de revisão bibliográfica concernente ao tema. Feminicídio ou femicídio é o assassinato de mulheres pela simples condição de serem mulheres. A região que concentra as maiores taxas deste delito, segundo a ONU Mulheres, é a América Latina. Esse estudo irá investigar, mais especificamente, questões referentes a essa violência no Brasil, México e Peru, abordando particularidades do cometimento do feminicídio em cada um dos países, contribuindo, assim, para o estudo da temática de gênero nas Relações Internacionais. Para conhecer a realidade desses três países, foi realizada análise de documentos referentes às políticas de enfrentamento à violência baseada no gênero e à aderência desses países a instrumentos internacionais de proteção dos direitos das mulheres. O estudo procederá a uma comparação entre Brasil, México e Peru, a partir das dinâmicas específicas do feminicídio e das conjunturas de cada país. Com foco na temática de Direito Internacional e de Direitos Humanos, este trabalho pretende contribuir para a área por ser um estudo comparativo, de revisão bibliográfica e documental, que busca sistematizar a bibliografia existente sobre o assunto. Como referenciais normativos, o presente trabalho aborda a Convenção de Belém do Pará e outros instrumentos internacionais de proteção dos direitos das mulheres.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ficção e realidade: a narrativa da violência contra mulheres em Chicas muertas, de Selva Almada(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-19) Ribeiro, Maria Celeste Soares [UNIFESP]; Martin, Ivan Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/6457760635895902; http://lattes.cnpq.br/2279326791258652O presente estudo analisa o livro Chicas muertas, da escritora argentina Selva Almada, um híbrido entre ficção e reportagem que relata a investigação, empreendida pela autora, de três assassinatos impunes de jovens mulheres, ocorridos no interior da Argentina nos anos 1980. Analisamos os elementos da literatura de ficção presentes no texto – enredo, narradora, espaço, tempo e personagens – e o modo como foram utilizados para propiciar a ressignificação dos crimes. Considerando-o de antemão uma denúncia do feminicídio impune, evidenciamos a presença do discurso feminista em sua tessitura e discutimos os possíveis efeitos de sentido do texto. Além disso, dada a sua hibridez com o gênero reportagem, apontamos os recursos utilizados pela autora para mostrar a conexão da obra com os acontecimentos reais.
- ItemRestritoTramas de vida e de morte: uma narrativa sobre o colonialismo e seus conflitos na obra "Ninguém matou Suhura", de Lília Momplé (1935 - 1974)(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-09) Pereira, Aline Rosa; Santos, Patricia Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5205163871513241A obra “Ninguém Matou Suhura” (1988) de Lília Momplé trata-se de uma coletânea de contos que se passam na Ilha de Moçambique e em Angola no período entre 1935 a 1974. Em cada uma das histórias há a tessitura do conflito colonial que dá a dimensão da trama da vida e da morte, na qual o fim da existência ‒ física ou social ‒ da pessoa colonizada é nitidamente caracterizada como roubo, uma vez que em cada conto algo em comum lhe é roubado: a dignidade, cada um à sua maneira. Sem dúvidas, a maior acusação que se faz ao colonialismo é que ele é usurpador. Assim, a análise crítica aqui proposta seguirá pelos seguintes focos investigativos no primeiro momento: o esforço da autora no campo da disputa narrativa, a morte física e simbólica como uma negação ao direito de expressão e as noções de tempo histórico africano em contraponto à noção de tempo do colonialismo. Posteriormente, os eixos da análise seguirá os passos propostos pela obra discutindo, então, o que foi a exploração do trabalho, a segregação racial e objetificação do corpo feminino e, por fim, o enfrentamento direto das relações estabelecidas entre portugueses e africanos.