Navegando por Palavras-chave "Fator de crescimento de fibroblastos 23"
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- ItemRestritoPerfil do FGF23 e 25-hidroxivitamina D séricos em indivíduos residentes na comunidade com 80 anos ou mais e suas associações com qualidade musculoesquelética e parâmetros de saúde(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-28) Foroni, Mariana Zuccolotto [UNIFESP]; Castro, Marise Lazaretti [UNIFESP]; Cendoroglo, Maysa Seabra [UNIFESP]; Maeda, Sergio Setsuo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6897068755022692; http://lattes.cnpq.br/1233402691190603; http://lattes.cnpq.br/8253870907570489; http://lattes.cnpq.br/3260315911109799Introdução: Com o envelhecimento populacional, doenças crônicas como osteoporose e eventos como quedas e fraturas tornam-se mais frequentes levando a maior morbimortalidade, dependência funcional, diminuição da qualidade de vida e custos sociais. Conhecer marcadores relacionados a osteoporose, quedas e ao próprio envelhecimento faz-se fundamental, aumentando nosso entendimento sobre este processo. O fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF23) tem sido relacionado ao envelhecimento biológico, mas dados em indivíduos idosos são escassos ainda mais correlacionado com desempenho físico, metabolismo ósseo e parâmetros de saúde. A 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] já foi mais explorada, porém, ainda permanece com lacunas, principalmente em países de baixa e média renda e especialmente na faixa etária de 80 anos ou mais. Objetivos: Assim, os objetivos deste estudo foram conhecer, o perfil do FGF23 e da 25(OH)D e suas distribuições e avaliar suas correlações com parâmetros de desempenho físico, qualidade e metabolismo ósseo e outros marcadores de saúde. Metodologia: Estes foram estudos transversais que incluíram 182 indivíduos para avaliação do FGF23 (artigo 1) e 212 para a 25(OH)D (artigo 2). Concentrações séricas de FGF23, 25(OH)D, PTH, cálcio, albumina, fósforo, creatinina, CTX, P1NP e a densidade mineral óssea (DMO) foram analisadas. O desempenho físico foi avaliado com os testes de marcha estacionária (Step), Flamingo e alcance funcional, juntamente com questionários para avaliar quedas e fraturas no último ano, questionário internacional de atividade física (IPAQ), gasto energético (MET) e o índice de Charlson (IC). Resultados para o artigo 1: A maioria dos participantes (75%) tinha níveis de FGF23 entre 30-120 RU/mL (intervalo: 6,0-3.170,0 RU/mL). As maiores correlações das concentrações do FGF23 foram com Step (r: -0,344; p < 0,001), Clearance de creatinina (ClCr; r = -0,335; p = 0,001) e PTH (r = 0,318; p < 0,001). Indivíduos com FGF23 no tercil mais alto tiveram mais quedas no último ano (p = 0,032), pior desempenho no Flamingo (p = 0,009) e Step (p < 0,001), pior IC (p = 0,009) e tendência ao sedentarismo (p = 0,056). Na regressão múltipla, os tercis FGF23 permaneceram significativos, independentemente do ClCr, para quedas no último ano, desempenho nos testes Flamingo e Step, índice de massa magra e classificação do IPAQ. Resultados para o artigo 2: Deficiência de vitamina D (<20 ng/mL) foi observada em 56% e deficiência grave de vitamina D (<10 ng/mL) em 13% destes indivíduos. As concentrações séricas de 25(OH)D foram significativa e positivamente associadas à DMO do fêmur total (p = 0,001), colo do fêmur (p = 0,011) e rádio de 33% (p = 0,046), MET (p = 0,030) e teste de alcance funcional (p = 0,037) e negativamente com idade (p = 0,021), PTH (p = 0,004) e diagnóstico de osteoporose (p = 0,012). Indivíduos com 25(OH)D ≥ 20 ng/mL apresentaram maior DMO do fêmur total e colo do fêmur (p = 0,012 e p = 0,014, respectivamente) e menor PTH (p = 0,030). Na análise de regressão linear múltipla, idade e diagnóstico de osteoporose mantiveram-se negativamente associados às concentrações de 25(OH)D (p = 0,021 e p = 0,001, respectivamente), enquanto o cálcio corrigido e uso de colecalciferol permaneceram positivamente associados (p = 0,001 e p = 0,024, respectivamente). Conclusões: Nestes indivíduos muito idosos, as concentrações séricas de FGF23 foram inversamente associadas com desempenho físico. Concentrações maiores foram relacionadas a maior número de quedas, menor força muscular e capacidade aeróbica e pior equilíbrio, independentemente da função renal, sugerindo um potencial papel deletério das altas concentrações de FGF23 na saúde musculoesquelética. Além disto, observamos alta prevalência de inadequação de vitamina D nestes idosos longevos da comunidade no Brasil. Concentrações séricas de 25(OH)D foram positivamente associadas com massa óssea e equilíbrio dinâmico, e negativamente com PTH e diagnóstico de osteoporose. Além disso, concentrações séricas de 25(OH)D ≥ 20 ng/mL foram associadas a melhor massa óssea e níveis mais baixos de PTH.