Navegando por Palavras-chave "Education, medical, undergraduate"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação na sessão tutorial do curso de medicina na Unimontes: aprendendo concepções e práticas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2009-05-01) Oliveira, Vanessa Teixeira Duque de [UNIFESP]; Batista, Nildo Alves [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho traz como objeto de pesquisa a Avaliação Formativa, referenciada a critério, que acontece durante as sessões tutoriais do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros, no qual desde 2002 foi implantada a metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning – PBL). Especificamente, objetivou apreender, na ótica de discentes e docentes, as concepções dessa avaliação, as dificuldades enfrentadas durante o processo avaliativo e a contribuição da avaliação para o processo de aprendizagem e para o crescimento pessoal dos estudantes. Os sujeitos da pesquisa foram 11 tutores e 45 discentes do sétimo período do curso. Os dados foram coletados por meio de questionário com assertivas relacionadas à temática pesquisada e análise do grau de concordância e/ou discordância que foram quantificados, tabulados e dispostos em gráficos. Para o aprofundamento dos dados, utilizamos a entrevista semiestruturada, cujos dados foram submetidos à Análise Temática. Os entrevistados percebem a proposta formativa da avaliação na sessão tutorial, definindo-a como processual, reflexiva, dialógica, diagnóstica; enfatizam a possibilidade de feedback como fator motivador e determinante para solucionar as deficiências detectadas e reforçar as potencialidades percebidas. Os participantes têm vivenciado dificuldades durante o processo avaliativo relacionadas ao desempenho dos docentes (falta de preparo e de compromisso), ao desempenho dos estudantes (falta de sinceridade, maturidade e preparo) e outras decorrentes de fatores institucionais, como a inadequação dos critérios utilizados nos instrumentos avaliativos. Os resultados apontam para a necessidade de programas de desenvolvimento docente e também discente em avaliação, assim como maior compromisso das instituições que utilizam a metodologia PBL na busca contínua e reflexiva, em coerência com os pressupostos pedagógicos estabelecidos pelo currículo. Apesar das dificuldades, emerge a percepção dos entrevistados em relação à contribuição do momento avaliativo, para a aprendizagem, permitindo a construção do conhecimento, identificação de lacunas, análise crítica das fontes bibliográficas, compromisso com o aprendizado coletivo; e promovendo uma retroalimentação das atividades, fator contributivo para melhorias no curso. Acresça-se, ainda, o avanço quando apresentam um olhar para além do biológico identificando a avaliação como possibilidade de desenvolvimento de habilidades de relacionamento interpessoal, de comunicação, capacitação para a educação permanente, valorização da ética e dos aspectos psicossociais dos pacientes, enfatizados como essenciais para a prática médica.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A interdisciplinaridade na construção dos conteúdos curriculares do Curso Médico da Unimontes(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2009-11-25) Machado, Maria das Merces Borem Correa [UNIFESP]; Batista, Sylvia Helena Souza da Silva [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este estudo teve como objetivo dimensionar o exercício da interdisciplinaridade na perspectiva dos professores coordenadores e construtores de módulos do Curso Médico da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Adotou-se o método descritivo e transversal, utilizando como instrumentos de coleta de dados o questionário e a entrevista. Constituíram-se sujeitos deste estudo 42 professoresconstrutores de conteúdo e 6 professores-coordenadores do 1º ao 7º período do referido Curso. Para mapear as vivências da interdisciplinaridade por professoresconstrutores foi utilizado o questionário composto, com alternativas de respostas organizadas pela Escala de Likert de cinco pontos, e para apreender as concepções de interdisciplinaridade dos professores-coordenadores foi utilizada a entrevista semiestruturada. Os dados obtidos com as entrevistas foram analisados por meio da análise de conteúdo, do tipo temática. Identificou-se que dos 48 professores participantes desta pesquisa a maioria possui curso de especialização e/ou mestrado e, exercem a docência universitária por mais de cinco anos. Todos os docentes trabalham na equipe de construção de módulos há mais de 1 ano e são de diferentes origens disciplinares: Medicina, Psicologia, Farmácia/Bioquímica, Medicina Veterinária, Enfermagem, Ciências Biológicas, Arquitetura e Urbanista e Ciências Sociais. Em relação às concepções dos docentes-construtores, apreendeu-se que a interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior do projeto político pedagógico e da prática pedagógica. As concepções sobre interdisciplinaridade para os docentes-construtores centram-se na comunicação interativa entre os campos do conhecimento como condição indispensável à concepção de interdisciplinares e a ação coletiva das pessoas e/ou do grupo como via de superação do modelo da educação tradicional. No âmbito das dificuldades, os docentes-construtores apontaram que há desconexões entre as disciplinas e falta da vivência ampla da interdisciplinaridade nas atividades pedagógicas. Para os docentes-coordenadores, as dificuldades abrangem a falta de interatividade entre os pilares do curso médico na escolha de alguns temas e conteúdos e das técnicas e estratégias de aprendizagem; a dissociação entre os eixos do curso, principalmente na integração entre os eixos do curso: conteúdos temáticos, IAPSC (interação aprendizagem, pesquisa, serviço e comunidade), habilidades e atitudes, além do desconhecimento do Programa Saúde da Família e sua abrangência. A análise dos dados e o diálogo com a literatura permitem delinear o desafio de estimular a construção participativa dos conteúdos, a presença dos construtores de conteúdo específico nos cenários de aprendizagem na saúde na comunidade, além de desenvolver uma escuta ativa dos sujeitos partícipes (estudantes, docentes, gestores, profissionais dos serviços, usuários).
- ItemAcesso aberto (Open Access)O Mundo do Trabalho na Graduação Médica: a visão dos recém-egressos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-05-26) Macedo, Douglas Henrique de [UNIFESP]; Batista, Nildo Alves [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O desenvolvimento tecnológico após a Revolução Industrial fez com que a prática médica fosse calcada num modelo tecnicista em detrimento ao modelo humanista. Em virtude disto, muito se tem discutido sobre a influência das Humanidades e das Ciências Biomédicas no processo de formação médica. No entanto, a visão econômica e trabalhista do exercício profissional do médico, numa dimensão individual, foi negligenciada. Este estudo se propôs a responder a questão: A graduação prepara os futuros médicos para lidarem com as influências das variáveis econômicas e trabalhistas do Mundo do Trabalho sobre o seu exercício profissional? Para tal foi realizado um estudo quanti-qualitativo com residentes médicos recémegressos de vários cursos de Medicina do Brasil. Num primeiro momento, 26 residentes responderam questões fechadas acerca da presença desta temática durante a graduação e dos aspectos trabalhistas e econômicos do exercício profissional. Num segundo momento, 10 residentes foram entrevistados, a fim de aprofundar a temática da pesquisa. Os dados quantitativos foram dispostos em gráficos, tabelas e quadros, e os dados obtidos da entrevista foram submetidos a uma análise de conteúdo. As 276 unidades de registro obtidas neste momento e os resultados obtidos na primeira fase foram agrupados em três partes: preparação, visão atual e expectativa em relação aos aspectos econômicos do exercício profissional. Nós verificamos que houve uma carência da temática durante a graduação em virtude do tradicionalismo educacional, de uma inércia (discente e institucional) e de uma supervalorização de áreas tecnicistas. Quando houve contato, ele foi tangencial tanto no currículo informal, quanto no formal. Uma maior profundidade da temática no currículo formal esteve restrita a disciplinas eletivas. Os residentes referiram que saem da graduação com dificuldades para interagir com a temática. Eles também constataram que há a necessidade de se abordar tal temática durante a graduação, não necessariamente na forma de disciplina. Ao entrar no mercado de trabalho, os residentes tiveram dificuldades em caracterizar as diversas formas de inserção no mercado e a tipologia da tributação. Além disto, eles reconhecem que a Residência Médica é um momento, onde se pode corrigir esta deficiência. Ao caracterizar o mercado de trabalho, os recém-egressos identificaram a dificuldade da prática exclusiva como profissional liberal, a necessidade da multiplicidade de vínculos trabalhistas, a carga excessiva de plantões no início da carreira, a ênfase na prática especializada da profissão médica e a possibilidade de queda da qualidade dos formandos em virtude do aumento recente na oferta de vagas nas escolas médicas. Os residentes associaram a maior remuneração com especialização, atividade em consultório e realização de procedimentos. Eles apresentaram uma boa expectativa em relação à remuneração laboral, apesar de relatarem dificuldades em estabelecer metas profissionais a médio e longo prazo. A fase da aposentadoria, de certa forma, foi negligenciada pelos residentes, embora tivessem se posicionado a favor de uma reflexão sobre o tema no início da carreira. Acreditamos que alguma forma de aproximação sistematizada do estudante de Medicina com os aspectos econômicos e trabalhistas do Mundo do Trabalho é inevitável para que ocorra um início da carreira mais consciente por parte do médico recém-formado.