Navegando por Palavras-chave "Contrarreforma psiquiátrica"
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- ItemEmbargoCAPS: o que são e como estão? Um encontro junto aos/às trabalhadores/as dos Centros de Atenção Psicossocial do Vale do Ribeira-SP(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-23) Silva, Thaís Ishimoto Tanabe da [UNIFESP]; Pezzato, Luciane Maria [UNIFESP]; Lima, Laura Camara [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6277780648747957; http://lattes.cnpq.br/0088988136074066; http://lattes.cnpq.br/1803911890668842; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) foi um marco regulatório para a sociedade brasileira em se tratando da luta social por um modelo de atenção à saúde mental de base territorial e em liberdade. Ancorada na Lei 10.216/01, instituiu os direitos e a proteção das pessoas acometidas por transtornos mentais, priorizando a inserção comunitária e reconhecendo, a partir das Reformas Psiquiátrica e Sanitária, a complexidade e multicausalidade do universo da Saúde Mental e seus agravos. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços substitutivos de cuidado em saúde mental na comunidade, originados na década de 1980, ocupam um espaço estratégico nesta Política. Ao longo da última década (2013-2023), contudo, alterações promovidas pelo Estado brasileiro, como as que recaíram sobre a PNSM na chamada “Nova Saúde Mental” (2019), propuseram a ampliação de leitos psiquiátricos, o financiamento de serviços de caráter asilar e o retraimento do controle social na construção da Política de Atenção Integral em Álcool e Outras Drogas, alterando de maneira substancial o sentido desta política de saúde e seus serviços. Isto posto, esta pesquisa tem como objetivo geral colocar em análise as práticas cotidianas dos CAPS do Vale do Ribeira (SP) junto aos/às seus/uas trabalhadores/as e identificar como se articulam com a PNSM e com a contrarreforma psiquiátrica e, como objetivo específico, 1) Discutir coletivamente sobre as práticas cotidianas dos CAPS do Vale do Ribeira junto aos seus/suas trabalhadores/as; 2) Fortalecer os espaços de discussão das práticas cotidianas antimanicomiais junto aos trabalhadores dos CAPS do Vale do Ribeira. Trata-se de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, desenvolvida por meio de revisão bibliográfica narrativa e de três Rodas de Conversa junto aos/as trabalhadores/as de Saúde Mental de quatro CAPS da região do Vale do Ribeira. Os resultados foram explorados a partir de uma análise temática que possibilitou identificar dois núcleos de sentidos principais: o cuidado libertário e as práticas manicomiais. Este material foi interpretado à luz de referenciais teórico-metodológicos críticos dos campos da Saúde Mental e Saúde Coletiva. A pesquisa mostrou a prevalência de práticas alinhadas à Reforma Psiquiátrica Brasileira e a coexistência com práticas contrarreformistas, além de uma cronificação em saúde mental. O Produto Técnico Educacional construído a partir deste trabalho se apresenta na forma de um roteiro de oficina para sensibilização em Saúde Mental, cujo objetivo geral é fomentar espaços de Educação Permanente em Saúde que considerem os saberes dos/as usuários/as da Saúde Mental como referências para ações de EPS.
- ItemAcesso aberto (Open Access)(Re)produção da opressão patriarcal em hospitais psiquiátricos: uma realidade?(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-17) Barroso, Maria Fernanda Ohnuma [UNIFESP]; Nogueira, Claudia Mazzei [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8369552901224819; http://lattes.cnpq.br/1571573432443511; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente trabalho de conclusão de curso tem como debate central a reprodução da opressão patriarcal em hospitais psiquiátricos na atualidade, em um contexto em que o hospital se reinsere na política de Saúde Mental, através da portaria GM/MS n. 3.588, de 21 de dezembro de 2017 (BRASIL, 2017). São abordadas questões como manicômio, loucura, medicalização e contrarreforma psiquiátrica. Dessa maneira, o objetivo principal deste estudo foi investigar a prevalência das expressões da opressão das relações patriarcais em internação psiquiátrica. Os objetivos secundários foram: 1. Resgatar o caráter patriarcal do manicômio; 2. Identificar a medicalização feminina; 3. Compreender o processo de contrarreforma psiquiátrica sob uma perspectiva feminista. Partindo do pressuposto que a violação de direitos das mulheres nesta instituição se dá de maneira histórica, a metodologia utilizada foi pesquisa qualitativa bibliográfica-documental, a fim de identificar a perpetuação desta realidade sob uma ótica crítica em saúde mental. A temática fundamental é discutida a partir de Cunha (1989), para analisar a questão feminina nos manicômios no passado e, no presente, a discussão é facilitada pelo Relatório de Inspeção dos Hospitais Psiquiátricos, realizado pelo Conselho Federal de Psicologia (2019).