Navegando por Palavras-chave "Assunção de riscos"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O fenômeno de "esquenta" entre jovens: características e fatores associados ao beber pré-balada(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014) Santos, Mariana Guedes Ribeiro [UNIFESP]; Sanchez, Zila van der Meer [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9110200572507368; http://lattes.cnpq.br/5062357625511226; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O álcool e a droga psicotrópica mais consumida em praticamente todas as regiões do mundo, e tem sido reconhecido como um importante problema de Saúde pública, uma vez que não afeta somente quem bebe, mas toda a sociedade. O atinge brinquinho ou o episódio de beber pesado o e a ingestão de uma grande quantidade de álcool, caracterizado pelo consumo de no mínimo 4 doses de álcool em uma única ocasião para mulheres e 5 para os homens. Esse tipo de comportamento e encontrado mais entre os jovens e vem sendo praticado nas madrugadas de finais de semana, inclusive antes de irem para as baladas, fenômeno conhecido como ”esquenta”. Durante os “esquentas” ocorre o abuso do álcool e também de outras drogas, o que aumenta o risco de acidentes, violência e comportamentos de risco. Na tentativa de compreender essa problemática relacionada ao consumo de álcool entre obaladeiroso brasileiros, esse estudo teve como principal objetivo identificar e avaliar os principais padrões de consumo de álcool e outras drogas durante os “esquentas” e os fatores associados à sua pratica. Foi feito um estudo epidemiológico transversal nas baladas de São Paulo através da técnica de inquérito de portal com uso de bafômetro e aplicação de entrevistas guiadas por questionários sobre consumo de álcool, outras drogas e outros comportamentos de risco. Os baladeiras responderam a entrevista na fila de entrada da balada e na saída do estabelecimento. Os questionários foram respondidos pela mesma pessoa, que era identificada por um código individual e anônimo registrado em uma pulseira. Foram feitas 2.422 entrevistas em 31 baladas (dez/2012 u jul/2013), através de amostragem com probabilidade proporcional ao tamanho dos estabelecimentos e sistemática quanto aos entrevistados na fila destes locais. Do total, 41,3% (IC95%=33,7-49,3) praticaram ”esquenta” no dia da entrevista. Os principais motivos foram: ochegar desinibido na baladao (39,0%; IC95%=35,3-42,9) e oeconomia de dinheiroo (31,7%; IC95%=25,7-38,4). Os locais nos quais o “esquenta” foi praticado foram: em casa (33,0%; IC95%=27,1-39,4), na rua (30,7%; IC95%=23,3-39,3) e em bares (26,5%; IC95%=21,5-32,1). Observou-se que 22,8% (IC95%=17,9-28,6) de quem fez “esquenta” estavam com dosagem alcoólica no hálito equivalente ao padrão obinge drinkingo de consumo de álcool na entrada da balada (vs 0,3% - IC95%=0,13-0,97 de quem não fez); na saída, quem fez “esquenta” também saiu com maior padrão obingeo (44,3% - IC95%=36,0-53,0) do que quem não fez ”esquenta” (22,6% - IC95%=14,4-33,6). A média de dosagem alcoólica no hálito de quem fez “esquenta” foi de 0,23 mg/L (IC95%=0,19-0,27) na entrada da balada e 0,34 mg/L (IC95%=0,29-0,40) na saída da balada. Quem fez ”esquenta” bebeu mais dentro da balada do que aqueles que não fizeram (p<0,001). O resultado interessante e que a porcentagem de jovens alcoolizados que foram embora dirigindo foi maior no grupo que fez “esquenta” (56%; IC95%=46,4-64,8; p<0,001), do que não fez (20%; IC95%=13,1-28,9). De um modo geral, a pratica de diversos comportamentos de risco foi mais frequente entre quem fez ”esquenta”. Ser homem (OR= 1,98 - IC95%=1,45-2,71), fumantes (OR 1,64 u IC95%=1,00-2,70 - p=0,051), e que o histórico de pratica de obinge drinkingo (OR= 2,28 u IC95%=1,70-3,07 - p<0,001), efeitos severos da embriaguez (OR= 1,77 u IC95%=1,40-2,22 - p<0,001) e praticas de comportamento sexual de risco (OR= 1,67 u IC95%=1,20-2,33 - p=0,004) aumentam a chance de praticar ”esquenta”. Identifica-se que o comportamento de ”esquenta” influencia negativamente na intoxicação alcoólica de saída da balada. Políticas públicas e fiscalização das mesmas precisam ser implantadas a fim de reduzir os riscos associados a este comportam