Navegando por Palavras-chave "Antinegritude"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Do conceito de necropolítica à experiência de genocídio brasileiro: discurso da legítima defesa e o corpo negro como campo estratégico de intervenção estatal(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-25) Martins, Rosângela Cristina; Teles, Edson Luis de Almeida; http://lattes.cnpq.br/5980075193497120; http://lattes.cnpq.br/5586514043275030A presente dissertação oferece uma reflexão sobre como a violência racial perpetrada pelo Estado, fundamentada no escopo da legítima defesa, anula os limites entre o estado democrático de direito e o estado de exceção e, em consequência, produz um corpo-vítima, matável por sua alteridade territorial negra. Em diálogo com Achille Mbembe e outros referenciais teóricos que abordam a violência antinegra como dispositivo colonial, a pesquisa sustenta que a legítima defesa empregada pela polícia brasileira para justificar os assassinatos de civis não é apenas um instituto legal, previsto em lei, mas também o fundamento de um discurso mobilizador da política de extermínio do corpo negro. Dito de outra forma, é uma estratégia de gestão política da morte. Uma aproximação cuidadosa com a realidade brasileira significa dizer que se trata de uma continuidade do "genocídio do povo negro brasileiro", como aponta Abdias Nascimento, engendrado pelo sistema jurídico-político que legitima a violência institucional em nome da autopreservação do Estado e de sua ordem. Para tanto, se estabelece um diálogo com o pensamento negro de Denise Ferreira da Silva, Sueli Carneiro, além de teóricos Charles W. Mills e Abdias do Nascimento, para uma interpretação da guerra antinegra como base normativa do direito de matar o sujeito racializado visto como inimigo.